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Endometrite: você sabe o que é e como ela pode afetar a sua fertilidade?

Diversas doenças podem atingir os órgãos do sistema reprodutor e prejudicar a saúde reprodutiva feminina. Entre elas, temos a endometrite, que provoca um processo inflamatório na cavidade uterina, mais especificamente no endométrio, camada interna do útero.

A presença desse distúrbio pode levar à infertilidade, pois altera as condições do útero de receber o embrião para dar início à gravidez.

Se você quer saber o que é endometrite e como ela se relaciona com a infertilidade, então esse texto é para você! Vamos mostrar também os seus sintomas, causas, fatores de risco e como a reprodução assistida pode ajudar mulheres com dificuldade para engravidar devido a essa doença.

Boa leitura!

O que é endometrite?

A endometrite é caracterizada pela inflamação do endométrio. Porém, antes de abordarmos a doença em si, é importante conhecermos mais sobre essa parte do útero. O endométrio é a camada interna uterina e a sua importância para a fertilidade é enorme, pois é o local em que o embrião se fixa e a placenta se forma para dar início à gravidez.

A endometrite acontece quando agentes infecciosos migram da vagina através do colo do útero para o útero e provocam um quadro inflamatório no endométrio. Ela é classificada como aguda ou crônica. De forma geral, a falta de tratamento da endometrite aguda pode evoluir para um quadro crônico e mais grave para a saúde da mulher.

Causas

A endometrite é provocada por bactérias, sendo as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) a causa mais comum. A clamídia e a gonorreia, em especial, são ISTs provocadas por bactérias que podem causar a doença inflamatória pélvica (DIP), levando a infecção até o endométrio.

Além das ISTs, ela também está relacionada a procedimentos ginecológicos invasivos. Entre eles: a colocação do dispositivo intrauterino (DIU), o parto (vaginal ou por cesariana) e a curetagem devido a um abortamento.

Fatores de risco

A partir da análise das principais causas da endometrite, podemos observar alguns fatores que aumentam o risco de endometrite, entre eles:

  • relações sexuais sem o uso de preservativos;
  • colocação de DIU;
  • procedimentos ginecológicos, abortamentos e partos.

Qual é a relação entre a endometrite e a infertilidade?

A principal consequência da endometrite para a fertilidade é o risco de falhas de implantação do embrião. Isso acontece porque, ao longo do ciclo menstrual, o corpo da mulher se prepara para a gravidez e o endométrio se torna mais espesso para se tornar mais receptivo ao embrião.

No entanto, o processo inflamatório provocado pela endometrite altera as características naturais do endométrio, tornando mais difícil para o embrião se fixar. Ou seja, aumenta o risco de infertilidade feminina. Além disso, ela também está relacionada ao abortamento de repetição, condição marcada por perdas gestacionais consecutivas.

Quais são os sintomas e o tratamento da doença?

A endometrite é uma doença silenciosa, pois não apresenta sintomas na maioria dos casos, o que dificulta o seu diagnóstico. Os sinais estão mais relacionados aos casos agudos do que crônicos. Entre os sintomas mais comuns estão:

  • sangramento uterino anormal;
  • corrimento vaginal com odor, cor ou consistência anormais;
  • dor pélvica;
  • distensão abdominal;
  • dor durante a relação sexual;
  • menstruação dolorosa.

Os sintomas da paciente levantam suspeita de endometrite, que é confirmada com o exame pélvico realizado no consultório e outros exames complementares. Os mais solicitados são a ultrassonografia transvaginal, a biópsia do endométrio e os laboratoriais de sangue e urina.

No entanto, a endometrite tem tratamento e o casal pode engravidar naturalmente após a sua conclusão. Por ser causada por uma bactéria, antibióticos são receitados para conter a infecção. Os anti-inflamatórios também podem ser administrados para o alívio dos sintomas.

Para os casos mais graves da doença, caracterizados pela formação de abscessos e de aderências na cavidade uterina, o tratamento cirúrgico é o mais indicado. As técnicas mais utilizadas são as cirurgias por videolaparoscopia ou por histeroscopia cirúrgica.

Como a reprodução assistida pode ajudar casais inférteis devido à endometrite?

A endometrite é um dos fatores que podem dificultar a gestação, seja de forma natural, seja por meio da reprodução assistida. Por isso, é recomendado que a paciente finalize o tratamento da doença antes de tentar engravidar.

Para os casos de infertilidade por endometrite, a fertilização in vitro (FIV) apresenta os melhores resultados. Além disso, ela é a única que possibilita o uso de ferramentas específicas para avaliar as condições do endométrio antes da transferência embrionária, evitando falhas de implantação e abortamentos.

Dependendo do caso, é importante fazer a pesquisa de endometrite antes do início da reprodução assistida, já que a doença pode provocar falhas de implantação também nesse contexto.

Neste texto, o nosso foco foi mostrar a relação entre essa doença e a infertilidade. Para saber mais detalhes sobre ela, acesse a nossa página sobre a endometrite!

O que é aborto espontâneo e por que ele ocorre?

Segundo estimativas, 20% das gestações não chegam até o final devido ao abortamento espontâneo. A perda gestacional involuntária ocorre, na maioria das vezes, até a 20ª semana da gravidez. Apesar de ser um processo relativamente comum, esse momento pode causar dor e frustração para o casal, especialmente para aqueles que estão tentando engravidar.

Em geral, as pessoas têm receio de falar sobre esse assunto por não terem muitas informações a respeito dele. Por isso, neste texto vamos mostrar as suas causas e consequências para a saúde da mulher, e, ainda, como a reprodução assistida pode ajudar os casais a terem filhos mesmo após passarem pela experiência da perda gestacional.

Continue a leitura e confira!

O que é aborto espontâneo?

Apesar de o termo aborto ser o mais conhecido, ele não é o mais adequado. A perda gestacional é chamada de abortamento, ocorrendo até a 22ª semana da gestação e com o feto pesando, no máximo, 500 gramas. E o produto do abortamento é que é chamado de aborto.

O abortamento espontâneo é um evento bastante comum e muitas vezes acontece antes de a mulher saber que está grávida. Por isso, saber mais sobre ele e suas principais causas são também uma forma de prevenir novos abortamentos.

A interrupção da gravidez, de forma involuntária, pode ocorrer por diversos motivos, como mostraremos a seguir.

Quais são as principais causas do abortamento espontâneo?

É comum que o motivo do abortamento espontâneo não seja diagnosticado, especialmente quando ele ocorre durante as primeiras semanas da gestação. Os sintomas podem não ser aparentes e, quando a gravidez é muito recente, a mulher pode confundir esse momento com o sangramento menstrual normal.

Entre as principais causas desse tipo de abortamento temos: as anormalidades cromossômicas, os fatores uterinos e endócrinos, e as infecções.

Anormalidades cromossômicas

A maioria dos casos de abortamento espontâneo acontece até a 12ª semana e, em geral, a causa está relacionada a anormalidades cromossômicas. Ela ocorre devido a um problema na divisão celular do embrião ou por serem originados de gametas com alterações, impedindo o seu desenvolvimento.

Fatores uterinos

As alterações uterinas podem ser congênitas ou adquiridas ao longo da vida. No primeiro grupo temos as malformações, como o útero bicorno, septado e unicorno. Eles reduzem o espaço para o feto se desenvolver de forma adequada.

Os fatores adquiridos são consequências de doenças que podem provocar lesões e aderências na cavidade uterina, dificultando o desenvolvimento da gestação. Entre as doenças mais comuns estão os miomas e os pólipos endometriais.

Fatores endócrinos

As condições endócrinas estão relacionadas a problemas hormonais, fator muito importante para o desenvolvimento saudável do feto. Assim, problemas na produção de progesterona e dos hormônios da tireoide podem causar abortamento espontâneo.

Infecções

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem causar graves consequências para a saúde reprodutiva da mulher, incluindo o risco de abortamento espontâneo. Os agentes infecciosos podem ser bactérias, vírus ou outros microrganismos. Entre as ISTs mais comuns temos: gonorreia, clamídia, HIV e sífilis. Outra doença que pode causar abortamento é a rubéola.

Passar por um processo de abortamento não significa que você passará novamente, mas isso pode acontecer, dependendo da causa do abortamento. Quando há mais do que 2 ocorrências consecutivas, ele é chamado de abortamento de repetição.

Nesses casos, é importante que o casal procure ajuda médica para investigar a causa das perdas gestacionais, que podem estar relacionadas a outros fatores e demandar providências diferentes do abortamento espontâneo.

Existem consequências físicas ou psicológicas?

Nos casos de abortamento espontâneo, as consequências físicas são pequenas. As complicações são raras e em pouco tempo a mulher está bem fisicamente. Para uma melhor recuperação, a paciente deve receber orientações dos próximos passos e apoio psicológico para lidar com a dor da perda. O suporte emocional do parceiro e da família também é muito importante nessa fase.

Se for do desejo da mulher tentar engravidar novamente, recomenda-se um intervalo de 3 meses entre o abortamento e o início da nova tentativa.

Após casos de abortamento, como casais podem ter filhos?

O abortamento espontâneo não impede que a mulher engravide naturalmente no futuro e tenha uma gestação saudável. No entanto, uma investigação médica deve ser feita se o casal tiver dificuldade para engravidar após um ano de tentativas ou em caso de abortamento de repetição.

A reprodução assistida pode ser indicada para esses casos em que o casal quer engravidar e não consegue, em especial a fertilização in vitro (FIV). Ela possui a maior taxa de sucesso entre as técnicas de reprodução assistida.

Além disso, a FIV também possibilita a utilização de técnicas complementares para aumentar as chances de uma gestação. Para os casais com histórico de abortamento, as mais indicadas são o teste genético pré-implantacional (PGT) e o teste de receptividade endometrial (ERA), mas cada caso é individualizado. Estudamos cada um para fazer a melhor indicação de tratamento.

Caso a paciente passe por abortamentos espontâneos consecutivos, a conduta mais indicada é investigar o motivo, embora nem sempre seja possível encontrá-lo. Para saber mais sobre o abortamento de repetição, as suas causas e alternativas de tratamento, confira a nossa página sobre o assunto!

Clamídia: veja quais são os possíveis sintomas dessa doença

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem causar graves consequências para a saúde e a fertilidade. Hoje, sabemos que elas podem ser prevenidas com o uso de preservativos durante as relações sexuais, fato que nem sempre acontece. Segundo pesquisas, o uso de preservativos diminuiu entre os jovens, enquanto o número de casos de ISTs aumentou. Entre elas, a clamídia se destaca.

Um dos maiores desafios para contê-la está no fato que, em geral, a clamídia não apresenta sintomas. Com isso, a pessoa infectada pode passar a IST para o seu parceiro sem saber. E ainda, os efeitos a longo prazo da falta de tratamento pode causar outras doenças e até infertilidade.

Ao longo do texto, vamos mostrar os sintomas mais comuns da clamídia e as consequências que a falta de tratamento pode causar na saúde e na fertilidade de homens e mulheres.

Confira!

O que é clamídia?

A clamídia é uma IST provocada por uma bactéria (Chlamydia trachomatis), transmitida por contato sexual. Ela afeta os órgãos genitais de homens e mulheres e, em casos raros, a garganta e os olhos. A transmissão vertical, em que o bebê é infectado pela mãe durante o parto, também pode ocorrer.

A principal diferença entre a clamídia e outras ISTs é o fato de que ela não se manifesta de forma clara. Em muitos casos, ela é assintomática e a pessoa infectada descobre a doença por acaso.

Quais são os sintomas da clamídia?

A clamídia é uma doença silenciosa e pode se manifestar de formas diferentes em homens e mulheres. Quando apresenta sintomas, os primeiros sinais aparecem cerca de duas semanas após a contaminação.

Entre os sintomas mais comuns estão a dor pélvica e complicações no sistema urinário, como sentir dor ou ardência ao urinar. Nas mulheres, entre os sintomas mais frequentes de clamídia, temos:

  • dor durante a relação sexual;
  • corrimento vaginal amarelado e com odor;
  • coceira vaginal;
  • sangramento vaginal fora do período menstrual;
  • sangramento durante a relação sexual.

Nos homens, a clamídia também pode se manifestar com a presença de:

  • dor nos testículos;
  • inchaço nos testículos;
  • corrimento na uretra com pus.

Casos assintomáticos de clamídia

A ausência de sintomas é uma questão muito importante ao tratarmos sobre esse assunto. Em cerca de 70% dos casos, a clamídia é assintomática. Por isso, a pessoa infectada não procura ajuda médica para investigar o que está acontecendo.

E mais: há o risco de infectar outras pessoas devido à falta de proteção. A presença ou não dos sintomas não impede que o paciente transmita a doença para os seus parceiros.

Quais são as consequências da ausência de tratamento?

Como vimos, a maioria dos pacientes infectados por clamídia é assintomática. Porém, mesmo quando apresentam sintomas, eles podem ser leves e passarem despercebidos. A demora ou a falta de tratamento da clamídia causa problemas graves, pois aumenta o risco da infecção se alastrar e atingir outros órgãos do sistema reprodutor.

Nas mulheres, a clamídia pode resultar em doença inflamatória pélvica (DIP) e endometrite. Elas podem ocorrer quando a infecção invade o útero, as tubas uterinas e os ovários, provocando obstruções e aderências. Além disso, a DIP aumenta o risco de gravidez ectópica.

Nos homens, a infecção pode desencadear quadros inflamatórios na próstata, nos epidídimos e na uretra, causando a prostatite, a epididimite e a uretrite, respectivamente. Elas podem alterar a qualidade dos espermatozoides e impedir a sua passagem.

Ou seja, ausência de tratamento da clamídia pode provocar infertilidade, seja devido a obstruções e aderências que dificultam a fecundação e a implantação do embrião no útero, seja por afetar a qualidade e a quantidade dos gametas masculinos.

O que fazer em caso de infertilidade causada pela clamídia?

A clamídia é curada com a administração de antibióticos e em pouco tempo os sintomas desaparecem. No entanto, o fim do tratamento não impede uma nova contaminação, por isso a prevenção continua sendo essencial.

Quando a doença afeta a capacidade reprodutiva da paciente, o dano pode ser irreversível. Nesses casos, a fertilização in vitro (FIV) é recomendada para o casal. Os gametas da mulher e do seu parceiro são coletados e preparados para que apenas os óvulos e espermatozoides de mais qualidade sejam utilizados durante o processo.

A fecundação ocorre em laboratório e os embriões formados são transferidos para o útero materno para que a gestação tenha início. A técnica oferece uma alta taxa de sucesso, sendo a mais indicada para os casos de infertilidade provocados pela infecção por clamídia.

A infecção por clamídia não provoca sintomas na maioria dos casos, fazendo com que ela não seja identificada. A ausência de tratamento no longo prazo pode desencadear outras doenças que podem causar infertilidade. Entre os sintomas mais comuns estão: dores abdominais, corrimento com pus ou amarelado e ardência ao urinar. Por fim, o uso de preservativos é a melhor forma de preveni-la.

Para ter uma visão mais ampla sobre uma das ISTs mais comuns do mundo, acesse a nossa página sobre a infecção por clamídia!

Miomas: veja como é feita a classificação e a relação com a infertilidade

Os miomas estão entre as diversas doenças que podem causar a infertilidade feminina por fatores uterinos. Eles ocorrem devido a um crescimento desordenado de células do miométrio, que forma tumores benignos de tamanhos variados.

As mulheres em idade reprodutiva, principalmente entre 30 aos 50 anos, são as mais atingidas pelos miomas. Eles são divididos em 3 tipos, sendo essa classificação feita a partir da sua localização.

Se você quer saber mais sobre isso, esse texto é para você. Ao longo da leitura, vamos mostrar como é feita a classificação dos miomas e qual é a sua relação com a infertilidade. Por fim, iremos abordar as possibilidades de tratamento e reprodução assistida para os casais com dificuldade para engravidar.

Vamos lá?

O que são miomas?

Miomas são tumores benignos localizados na cavidade uterina. Eles são formações que surgem na camada intermediária do útero, o miométrio. Conhecer a formação desse órgão é importante para entendermos melhor os miomas.

O útero é composto por 3 camadas:

  • o endométrio, camada interna, formada por tecido epitelial e conjuntivo;
  • o miométrio, camada intermediária, formada por tecido muscular;
  • o perimétrio, camada externa ou serosa, formada por tecido epitelial.

Os miomas se formam no miométrio, podendo ir em direção ao endométrio ou ao perimétrio. A localização é um fator muito importante para entendermos os efeitos dos miomas na saúde reprodutiva da mulher.

Como é feita a classificação dos miomas?

Os miomas são classificados de acordo com a sua localização, fator que também pode influenciar a capacidade reprodutiva da mulher. Na maioria dos casos, eles são assintomáticos. Porém, quando apresentam sintomas, eles estão relacionados com a localização, o tamanho e a quantidade de miomas.

Eles são divididos em: submucosos, intramurais e subserosos. A seguir, conheça mais detalhes de cada um.

Miomas submucosos

Os miomas submucosos se desenvolvem próximos do endométrio, em direção à cavidade uterina. Esse é o tipo que oferece mais risco à fertilidade feminina (seja qual for o seu tamanho) e, em geral, apresenta mais sintomas.

Miomas intramurais

Os miomas intramurais estão localizados no miométrio, na parede uterina. Eles podem ficar muito grandes e, se atingirem mais do que 5 cm, há um risco maior de comprometerem a fertilidade feminina. Na maior parte dos casos, esse tipo de mioma não apresenta sintomas.

Miomas subserosos

Os miomas subserosos estão localizados na camada serosa uterina, outro nome dado ao perimétrio, a camada mais externa. Assim como os intramurais, os miomas subserosos também podem atingir grandes dimensões, formando uma protuberância para o lado externo do útero.

Nesse caso, o tamanho dos miomas pode reduzir o espaço de órgãos próximos e prejudicar o funcionamento deles, provocando sintomas específicos, mas a infertilidade é incomum.

Qual é a relação entre os miomas e a infertilidade?

Os miomas são, frequentemente, associados à infertilidade, mas a realidade não é bem assim. Os miomas submucosos são os que mais podem afetar a fertilidade feminina, seja qual for o seu tamanho, enquanto os tipos intramurais e subserosos são menos relacionados com a infertilidade, mas também podem prejudicá-la, de acordo com a sua localização e tamanho.

A presença dos miomas — principalmente os submucosos — pode dificultar a implantação do embrião no endométrio e o desenvolvimento da gestação, aumentando o risco de abortamentos.

Os miomas intramurais podem atr

apalhar a fertilidade quando apresentam grandes dimensões e estão localizados próximos do endométrio. Nesses casos, assim como os miomas submucosos, eles podem dificultar a implantação embrionária.

Quais são as opções de tratamento para esses casos?

Diversos fatores influenciam nas opções de tratamento dos miomas, como os sintomas, a localização e o tamanho dos miomas, a idade da paciente e a presença ou não de infertilidade. Por isso, cada caso deve ser avaliado individualmente. A individualização dos casos é fundamental para o sucesso do tratamento.

Entre as opções estão o tratamento medicamentoso, o cirúrgico e a conduta expectante. O primeiro é indicado para pacientes com sintomas leves, com miomas de tamanho controlado sem prejudicar o funcionamento dos órgãos e que não desejam engravidar. Os anticoncepcionais orais e outros medicamentos hormonais são utilizados para controlar os sintomas.

A cirurgia é indicada para os casos mais graves da doença, em que a mulher apresenta sintomas mais graves, dificuldade para engravidar e abortamentos. Os miomas são retirados utilizando a videolaparoscopia ou a histeroscopia cirúrgica.

Nos casos em que a paciente é assintomática e o tamanho dos miomas está controlado, nenhum tratamento é necessário. Assim, a conduta expectante é a mais indicada. Nesse cenário, reavaliações periódicas são essenciais para o acompanhamento da saúde da mulher.

Mesmo após o procedimento cirúrgico, o casal pode ter problemas para engravidar, sendo indicada a reprodução assistida. A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais recomenda para a infertilidade por fatores uterinos, como os miomas.

Para se aprofundar nesse tema, confira a nossa página sobre os miomas uterinos!

Miomas: você sabe o que são?

Os miomas são tumores benignos comuns, especialmente, durante a fase reprodutiva das mulheres. Eles podem ter diferentes tipos e tamanhos, por isso em alguns casos não é necessário nenhum tratamento. Por outro lado, há pacientes que precisam de cirurgia para retirá-los devido à infertilidade provocada por eles e outros sintomas.

Parece complexo, mas fique tranquila. Primeiro, precisamos entender a estrutura do útero, órgão onde os miomas aparecem. Ele é formado pelo endométrio (camada interna), miométrio (camada intermediária) e perimétrio (camada serosa externa). Cada uma delas é formada por, respectivamente, tecido epitelial e conjuntivo, musculatura lisa e revestimento epitelial.

Os miomas se formam no miométrio, podendo desenvolver sintomas ou não, característica que pode dificultar o diagnóstico precoce. Para saber mais sobre eles, continue a leitura!

O que são miomas?

Os miomas são formações que se desenvolvem no miométrio. As células da camada intermediária do útero começam a se desenvolver de forma desproporcional, formando tumores benignos sólidos. A probabilidade de eles se tornarem um tumor maligno é extremamente baixa, com menos de 1% de chance.

Eles podem ter tamanhos e formas variadas e também podem invadir a cavidade uterina ou se direcionar para fora do órgão. Além de serem chamados de miomas uterinos, eles são conhecidos como leiomiomas, fibromas ou fibromiomas.

Os miomas são classificados como uma doença estrogênio-dependente. Ou seja, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona influenciam nos sintomas e no tamanho dos tumores. Alguns ficam por muito tempo do mesmo tamanho, enquanto outros podem crescer rapidamente.

O seu aparecimento está ligado a causas genéticas e, por estarem relacionados a hormônios sexuais, os miomas tendem a diminuir com a chegada da menopausa.

Quais são os tipos de miomas?

Eles são classificados de acordo com a sua localização na cavidade uterina, sendo divididos entre: submucosos, intramurais e subserosos. Abaixo, confira mais detalhes sobre cada um deles e a sua relação com a infertilidade.

Submucosos

Os miomas submucosos se desenvolvem dentro da cavidade uterina, em direção ao endométrio. Esse tipo está ligado à infertilidade e é um dos mais comuns entre as mulheres. A sua localização pode dificultar a implantação e o desenvolvimento do embrião, aumentando o risco de abortamento.

Intramurais

Os miomas intramurais estão localizados na parede uterina e podem ficar muito grandes, sendo um fator que influencia a infertilidade. Quanto maior ele for, maior o risco de uma alteração na anatomia do útero. Resultado: a paciente pode ter dificuldade para engravidar devido à dificuldade para implantar o embrião e manter a gestação até o final.

No entanto, os intramurais oferecem menos risco à fertilidade que os submucosos. Muitas mulheres conseguem engravidar sendo portadoras de miomas intramurais.

Subserosos

Os miomas subserosos recebem esse nome por se desenvolverem na camada externa uterina, a serosa. Os tumores maiores podem prejudicar o funcionamento de órgãos próximos, pois eles crescem para fora do útero.

Esse tipo de miomas oferece ainda menos risco à fertilidade.

Quais são os sintomas mais comuns?

A maioria dos casos de miomas são assintomáticos. No entanto, a paciente pode perceber alguns sintomas dependendo do tamanho, da localização e da quantidade dos tumores. A presença deles prejudica a qualidade de vida das mulheres, afetando as suas atividades diárias e até mesmo a sua fertilidade.

Na lista de sintomas mais comuns, temos:

  • sangramento fora do período menstrual;
  • aumento do fluxo menstrual;
  • inchaço abdominal;
  • micção frequente;
  • constipação;
  • infertilidade.

Como é o diagnóstico e o tratamento dos miomas?

Os casos assintomáticos são mais difíceis de serem diagnosticados. Em geral, eles são identificados durante exames ginecológicos de rotina. Os exames de imagem são os mais indicados para visualizar a cavidade uterina, em especial a ultrassonografia pélvica e a histeroscopia.

A escolha do tratamento deve ser individualizada, de acordo com a localização, o tamanho e os sintomas de cada paciente. Os contraceptivos orais e o dispositivo intrauterino (DIU) são alternativas para as mulheres que não desejam engravidar e possuem miomas que não provocaram nenhuma alteração no útero ou nos órgãos próximos.

Nos casos mais graves, em que os miomas crescem de tamanho e os sintomas afetam a qualidade de vida da paciente, o tratamento cirúrgico pode ser indicado. Para as assintomáticas ou para mulheres que têm sintomas leves, a principal recomendação é um acompanhamento periódico com o médico.

Um outro fator que pode ajudar a aliviar os sintomas é a idade da paciente. Como os miomas respondem à ação dos hormônios sexuais, a queda da produção por causa da menopausa tende a diminuir a doença.

Quando a fertilidade é prejudicada, o tratamento por reprodução assistida possui ótimos resultados. A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais recomendada para pacientes com miomas, pois a fecundação é realizada em laboratório e os embriões são, posteriormente, transferidos para o útero materno.

Para saber mais sobre uma das principais causas de infertilidade feminina, confira a nossa página sobre miomas uterinos!

Adenomiose: veja quais são os sintomas

Assim como a endometriose e a SOP, a adenomiose é uma doença relacionada à ação do estrogênio, um dos principais hormônios femininos. Ela atinge mulheres durante a idade reprodutiva, principalmente, acima dos 40 anos. Os sintomas prejudicam a qualidade de vida da mulher e aumentam o risco de infertilidade e abortamento.

Porém, ela é uma doença controversa e mais estudos precisam ser feitos sobre ela para confirmar as teorias sobre as suas causas e impactos na saúde feminina.

A adenomiose é uma doença que tem tratamento e o quanto antes ela for diagnosticada, melhor. Desse modo, o objetivo deste texto é mostrar quais são os seus sintomas mais comuns. Fique atenta: ao perceber a presença de algum sintoma, sempre procure um médico.

Boa leitura!

O que é adenomiose?

Antes de explicarmos a doença, precisamos entender como o útero é dividido. Ele é formado por 3 camadas: o endométrio (camada interna), o miométrio (camada intermediária) e o perimétrio (camada externa). A adenomiose ocorre quando tecido endometrial é encontrado no miométrio. Essa “invasão” pode estar concentrada em um ponto, formando nódulos chamados de adenomiomas, ou espalhada por todo o miométrio.

Ela é influenciada pela ação do estrogênio, hormônio sexual feminino responsável pelo controle da ovulação, entre outras funções. Dessa forma, a cada menstruação, o sangue proveniente das células endometriais que estão no miométrio provoca uma inflamação no local. Esse quadro inflamatório causa uma série de complicações para a mulher, como veremos a seguir.

Apesar de ser comparada com a endometriose, elas não são a mesma doença. Inclusive, é possível ser afetada pelas duas ao mesmo tempo.

Quais são os sintomas da adenomiose?

A adenomiose pode se manifestar de diversas formas. Em muitos casos, ela é assintomática, por isso, muitas mulheres não desconfiam que estão com a doença, principalmente, durante os seus estágios iniciais.

Quando ela se manifesta, os seus sintomas mais comuns são:

  • aumento do fluxo menstrual (incluindo o aumento da duração);
  • cólicas menstruais intensas;
  • sangramento uterino fora da menstruação;
  • dor pélvica;
  • dor durante a relação sexual;
  • inchaço no abdômen devido ao aumento do volume uterino;

A adenomiose é classificada como superficial, intermediária ou profunda, de acordo com a profundidade que o tecido endometrial se infiltra na camada do miométrio e o tamanho dos nódulos. Quanto mais grave, mais intensos serão os sintomas.

O fato de essa doença ser relacionada com a ação do estrogênio aumenta o risco de a mulher também desenvolver outras doenças estrogênio-dependentes, como os miomas, a endometriose e os pólipos endometriais. No entanto, com a chegada da menopausa, a produção desse hormônio diminui drasticamente, aumentando as chances de a doença regredir.

Por que a adenomiose pode causar infertilidade?

Até o momento, não há um consenso entre a adenomiose e a infertilidade. Alguns estudos sugerem que a inflamação uterina provocada pela doença pode dificultar a implantação do embrião e aumentar o risco de abortamento e gestação ectópica.

No entanto, ser diagnosticada com adenomiose não significa que a mulher possui alguma dificuldade para engravidar.

Existe tratamento para a doença?

O tratamento da adenomiose visa aliviar as dores para melhorar a qualidade de vida da paciente. A escolha do tratamento depende de alguns fatores, como a intensidade dos sintomas, o desejo da mulher em ter filhos e a extensão da doença.

Entre as opções disponíveis estão o tratamento medicamentoso e o cirúrgico. O primeiro é indicado para mulheres que não querem ter filhos no momento. Ele utiliza medicamentos hormonais, como os anticoncepcionais orais, para regular a liberação dos hormônios durante o ciclo menstrual e de anti-inflamatórios para aliviar a dor e a inflamação.

O tratamento cirúrgico é indicado para os casos graves e para as situações em que os medicamentos não tiveram o resultado esperado. A videolaparoscopia é a técnica mais utilizada para retirar os adenomiomas. Essas opções de tratamento não curam totalmente a adenomiose porque ela é uma doença crônica. A retirada do útero, chamada de histerectomia total, é o único tratamento definitivo, mas evita-se a sua indicação.

Nos casos em que a adenomiose afetou a fertilidade, a reprodução assistida é indicada. A técnica com maior taxa de sucesso para casos de infertilidade por fatores uterinos é a fertilização in vitro (FIV). Ela é a única que permite o uso de técnicas complementares durante o seu processo a fim de aumentar as chances de o casal engravidar.

A adenomiose é caracterizada pela presença de tecido endometrial no miométrio, provocando sintomas que afetam a qualidade de vida da mulher. Entre eles, dores pélvicas, cólicas menstruais e o aumento do fluxo menstrual. Porém, ela também pode ser silenciosa e não apresentar sintomas. As alterações que a doença provoca no útero podem aumentar o risco de infertilidade e de abortamento.

Neste artigo, o nosso foco era mostrar os principais sintomas da doença para que, ao reconhecer algum sintoma, você saiba que precisa procurar um médico. Para saber mais sobre a doença, confira a página sobre a adenomiose!

SOP, anovulação e infertilidade: é possível ter filhos?

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma doença complexa que atinge milhares de mulheres em idade reprodutiva. As suas complicações afetam a qualidade de vida e o dia a dia das pacientes com SOP, principalmente as que desejam engravidar. O motivo: ela é uma das causas mais comuns de infertilidade feminina.

Porém, antes de tratarmos sobre esse assunto, precisamos entender o que é esse distúrbio. A SOP é uma doença crônica estrogênio-dependente causada pelo aumento da produção de hormônios masculinos.

Entre as consequências deste desequilíbrio hormonal estão os cistos nos ovários, o hiperandrogenismo e os ciclos anovulatórios. Este último possui uma relação direta com a dificuldade em engravidar.

Continue a leitura para conhecer a relação entre a SOP, a anovulação e a infertilidade. Ao longo do artigo vamos explicar essa relação e mostrar como casais inférteis devido a esses fatores podem engravidar por meio da reprodução assistida.

Continue a leitura e confira!

Qual é a relação entre a SOP e a anovulação?

A SOP é a principal causa de anovulação, ou seja, a ausência de ovulação. Durante o ciclo menstrual, o estrogênio atua no amadurecimento dos folículos ovarianos. Dentro de cada um deles há um óvulo e, na ovulação, apenas um é liberado em direção às tubas uterinas para ser fecundado.

Nas pacientes com SOP, a presença de um distúrbio hormonal provoca um amadurecimento de diversos folículos ao mesmo tempo. Isso causa os microcistos, mas nenhum deles recebe a quantidade adequada de hormônios nas diversas fases de maturação folicular, o que não cria as condições adequadas para ficarem maduros o suficiente para serem fecundados pelo espermatozoide.

Todo esse processo incompleto e deficitário impede que a ovulação aconteça. A anovulação causa alguns sintomas que podem ser um sinal de alerta para que a mulher procure um médico, como:

  • ausência da menstruação (amenorreia);
  • ciclos menstruais muito longos, com mais de 35 dias (oligomenorreia);
  • alterações no fluxo menstrual.

Por que a anovulação causa infertilidade?

 

Para que uma gravidez ocorra de forma natural, uma série de fatores precisam estar alinhados. Durante o ciclo menstrual, os ovários liberam um óvulo, que segue em direção às tubas uterinas.

Nesse momento, se houver o encontro entre os gametas feminino e masculino (espermatozoide), a fecundação acontece e o embrião segue até o útero para começar a se desenvolver.

Com isso, podemos perceber que a fecundação é um processo fundamental para que o casal engravide. Se a mulher passa por ciclos anovulatórios, ela não ovula e, consequentemente, a fecundação não pode acontecer. Ou seja, esse cenário é um exemplo de infertilidade feminina por anovulação.

Quais são as alternativas para tratar a SOP?

Antes de discutirmos as possibilidades, precisamos ressaltar que a SOP é uma doença crônica. Logo, não há um tratamento definitivo para essa condição. O objetivo é a melhora da qualidade de vida e a recuperação da fertilidade da paciente.

Além disso, a escolha do tratamento deve ser individualizada, considerando fatores como: a idade da paciente, a intensidade dos sintomas, o desejo da mulher de engravidar ou não, entre outros.

De forma geral, o tratamento medicamentoso é o mais utilizado para regular o ciclo menstrual e aliviar os sintomas de hiperandrogenismo. Entre as alternativas, o anticoncepcional oral é indicado para as pacientes que não desejam engravidar no momento.

Adotar hábitos saudáveis também é um fator importante para a qualidade de vida das pacientes com SOP. A prática de exercícios físicos regulares contribui para o alívio dos sintomas e o restabelecimento da ovulação, aumentando as chances de a mulher engravidar naturalmente. Porém, quando a mudança no estilo de vida não é suficiente, a reprodução assistida é indicada.

Quais são as possibilidades de pacientes com SOP terem filhos?

A SOP afeta o ciclo menstrual da mulher, causando ciclos anovulatórios. A primeira fase de todas as técnicas de reprodução assistida é a estimulação ovariana e a indução da ovulação. Nessa etapa, a paciente recebe medicação hormonal para amadurecer um número maior de folículos ovarianos e, consequentemente, obter mais óvulos para serem utilizados no processo.

As técnicas de reprodução assistida são divididas em 2 categorias: baixa e alta complexidade. A relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) fazem parte do primeiro grupo e a fertilização in vitro (FIV) do segundo.

A RSP e a IA são indicadas para pacientes de até 35 anos com problemas leves de infertilidade, e que tenham as tubas uterinas em perfeitas condições. Nesses casos, a fecundação acontece nas tubas uterinas, como na gravidez natural.

Se a mulher tiver mais que 35 anos ou for diagnosticado que o casal possui outros fatores relacionados à infertilidade, a FIV apresenta os melhores resultados. Ela se diferencia por coletar o maior número possível de óvulos durante a estimulação ovariana para a fecundação, que ocorre em laboratório. Em seguida, os embriões formados são transferidos para o útero da paciente.

A SOP é a principal causa da anovulação, caracterizada pela ausência de ovulação. Ela é uma das causas de infertilidade mais comuns porque sem a liberação do óvulo não há fecundação, ou seja, não é possível engravidar naturalmente. Para os casais que se encontram nessa situação, a reprodução assistida apresenta excelentes resultados com a RSP e a FIV.

Para saber mais detalhes sobre essa doença, acesse a nossa página com todas as informações sobre a SOP!

 

Inseminação artificial: veja quando ela pode ser indicada

A inseminação artificial (IA) (ou inseminação intrauterina) e a fertilização in vitro (FIV) são métodos de tratamento de fertilidade altamente recomendados. A inseminação artificial costuma ser uma das primeiras etapas do processo e é recomendada em casos específicos e menos complexos de infertilidade, produção independente em mulheres que não apresentam infertilidade ou casais do mesmo sexo.

No entanto, nem sempre essa técnica possibilita a gravidez, pois uma série de requisitos essenciais devem ser atendidos. Dependendo do problema de infertilidade e das circunstâncias de cada paciente, a IA conjugal ou inseminação artificial com sêmem do doador (AID), pode ser indicada.

Neste artigo, vamos explicar detalhadamente os casos em que esses tipos de tratamentos, pode ser indicado.

Quando a inseminação artificial pode ser indicada?

A inseminação artificial com sêmen do marido (homóloga) é um procedimento em que o esperma do próprio cônjuge é usado. É recomendado quando a mulher tem menos de 35 anos. Os pacientes que geralmente recebem a indicação para esse tipo de tratamento apresentam:

Fatores de infertilidade com origem feminina

Fator Cervical: alterações na qualidade do muco do colo do útero que impedem o esperma de atingir o útero ou as trompas de falópio, pois atua como uma barreira.

Vaginismo: contração involuntária dos músculos da vagina, que impede o depósito de sêmen.

Disfunção ovulatória: existem irregularidades na ovulação de causas diversas, que após regularizar a anovulação, a IA pode ser uma opção.

Fatores de infertilidade com origem masculina

Alterações na qualidade do esperma que podem ser observadas após um espermograma. Refere-se a uma redução na qualidade e/ou quantidade e/ou morfologia dos espermatozoides. Isso causa uma possível infertilidade que após capacitação seminal realizada em laboratório, pode-se tentar elevar os parâmetros seminais até que se indique a possibilidade de uma IA.

Incapacidade de depositar sêmen na vagina, que pode ser devido à ejaculação precoce, impotência psicogênica, hipospádia ou ejaculação retrógrada, também pode ser uma indicação da Inseminação Intrauterina.

Infertilidade sem causa aparente (ISCA)

A infertilidade sem causa aparente (ISCA), é aquela que ocorre quando os exames realizados para a identificação dos motivos da infertilidade conjugal, apresentam-se  normais, mas mesmo assim, a gravidez não é alcançada.

Infertilidade imunológica

A inseminação artificial é recomendada quando há alguma alteração imunológica que pode ser decorrente da presença de anticorpos antiespermatozoide (AAE), que afetam a motilidade do espermatozoide, a penetração no muco cervical ou mesmo a interação entre os gametas (óvulo e espermatozoide).

Inseminação artificial com sêmen do doador (AID)

Como o próprio nome sugere, o sêmen de doador anônimo é utilizado e pode ser indicado nos casos discutidos a seguir.

Ausência de parceiro masculino

Nos casos em que não haja parceiro masculino e haja desejo de engravidar, pode ser realizada inseminação artificial ou a Fertilização In Vitro (FIV) com esperma de um doador. Isso inclui mulheres solteiras que optam por ser mães ou casais homoafetivos femininos.

Para isso, eles devem atender aos seguintes requisitos:

  • Para mulheres sem parceiro masculino que após exames de investigação da fertilidade não indiquem nenhum tipo de infertilidade.
  • Sem história de infecções genitais e cirurgia pélvica.
  • Não ter endometriose.

Com parceiro masculino sem possibilidade de contribuição de esperma

No caso de casais heterossexuais, a inseminação artificial (AID) pode ter que ser usada por vários fatores. Eles são detalhados abaixo:

  • Infertilidade masculina grave, como azoospermia secretora.Neste caso, nenhum espermatozoide aparece no sêmen e a fertilização não pode ocorrer.
  • História de doença genéticano sexo masculino e falta de tratamento com diagnóstico genético pré-implantação (PGD).
  • Incompatibilidade Rhdo casal. Isso ocorre quando a mãe é Rh negativo e o pai é Rh positivo. Se o embrião herda o Rh-positivo do pai, o contato sanguíneo materno e fetal produzirá anticorpos maternos (defesas). Por consequência abortos espontâneos podem ocorrer.

Alternativas de tratamento para infertilidade após Inseminação artificial

Se o casal tem uma história de três tentativas de Inseminação Intrauterina (IIU) sem sucesso, recomenda-se a fertilização in vitro (FIV) como um próximo tratamento.

Inicialmente, a fertilização in vitro foi desenvolvida como uma forma de tornar possível a gravidez para mulheres com trompas obstruídas. No entanto, desde a introdução deste método, a fertilização in vitro também tem sido benéfica para os casais com problemas de infertilidade de fator masculino, endometriose, insuficiência ovariana prematura e infertilidade de causas desconhecidas.

Também é uma opção para aqueles pacientes que foram submetidos a laqueadura e desejam engravidar novamente.

É importante seguir as recomendações do especialista após realizar qualquer um dos tratamentos de fertilidade. Conversar com um médico responsável pela gravidez ou infertilidade pode ajudá-la a decidir qual tratamento é melhor para você.

Se você deseja continuar lendo sobre inseminação artificial, clique no seguinte link: https://elomedicina.com.br/reproducao/tratamentos/inseminacao-artificial-ia/

Diagnóstico de endometriose: veja como é feito

A endometriose é uma das doenças ginecológicas mais conhecidas e de maior impacto na fertilidade feminina. Estima-se que entre 5% e 10% das mulheres em idade reprodutiva sejam afetadas por ela. Porém, por ser difícil de ser diagnosticada, há uma grande parcela que não sabe que está com a doença.

Ela é caracterizada pela presença de tecido endometrial — proveniente do endométrio, a camada que reveste a parte do útero — fora do seu local de origem, sendo influenciado pelos hormônios sexuais, principalmente o estrogênio.

A formação de focos de endometriose pode ocorrer em diversos locais, principalmente na pelve feminina. Com o tempo, a inflamação pode provocar dor, aderências e alterações nos órgãos, podendo afetar a fertilidade.

A endometriose é uma doença complexa, pois envolve uma série de fatores. Neste texto, o nosso objetivo é mostrar como é feito o seu diagnóstico e as consequências para a saúde da mulher quando ele é realizado de forma tardia. Além disso, vamos abordar as alternativas de tratamento e de reprodução assistida.

Boa leitura!

Por que o diagnóstico de endometriose demora a ser feito?

Um dos fatos mais preocupantes sobre a endometriose é a demora do seu diagnóstico. Entre os primeiros sintomas até a confirmação da doença passam-se, em média, 7 anos.

Durante esse período, a paciente pode ter a sua qualidade de vida prejudicada sem saber o motivo, além de outras consequências, como a infertilidade.

Um dos principais motivos está relacionado com as manifestações da endometriose. Em alguns casos, a mulher acredita que a cólica menstrual e as dores que ela sente são sintomas normais do período menstrual, demorando a procurar ajuda médica.

Além disso, os sintomas são muito parecidos com os de outras doenças que atingem as mulheres, o que também dificulta o diagnóstico.

Como é feito o diagnóstico de endometriose?

O diagnóstico da endometriose consiste em duas partes. A anamnese é fundamental para o direcionamento da investigação e os exames são importantes para, de fato, termos a confirmação da doença. A seguir, conheça como ele é feito.

Anamnese

A anamnese é o ponto de partida para o diagnóstico da endometriose. Na investigação clínica, o médico realiza o exame ginecológico e avalia os fatores de risco e os sintomas relatados pela paciente. Se houver a suspeita de endometriose, exames de imagem devem ser feitos.

Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • dores pélvicas;
  • cólicas menstruais muito fortes (às vezes, incapacitantes);
  • dores durante a relação sexual;
  • dificuldade para engravidar.

Exames para o diagnóstico da endometriose

Os exames de imagem são fundamentais para confirmar a presença dos focos da endometriose. Eles também identificam a quantidade e a profundidade dos implantes, informações relevantes para a escolha do tratamento.

A ultrassonografia especializada para endometriose com preparo intestinal é um dos exames mais indicados e mais precisos. Ele possibilita uma avaliação minuciosa da extensão das lesões devido ao seu nível de detalhamento.

O seu processo é muito semelhante ao da ultrassonografia transvaginal e ele não possui contraindicações. Antes do exame a paciente precisa realizar um preparo intestinal para diminuir o volume da região, pois o exame analisa toda a região pélvica da paciente.

Quais são as consequências de um diagnóstico tardio?

O caso de cada paciente de endometriose é único. De forma geral, ela pode progredir com o tempo quando não é tratada.

Como é uma doença estrogênio-dependente, a cada ciclo menstrual a tendência é que ela se agrave cada vez mais. Com isso, as lesões podem evoluir e aumentar a formação de aderências nos órgãos. Resultado: aumento da intensidade das dores e do risco de infertilidade.

Como é o tratamento da endometriose?

A endometriose é uma doença crônica, logo, não há um tratamento definitivo para ela. As alternativas visam aliviar os sintomas da dor para proporcionar uma melhor qualidade de vida e recuperar a fertilidade da paciente.

O tratamento clínico é feito por contraceptivos orais de uso contínuo ou DIU (dispositivo intrauterino) com o objetivo de diminuir as dores pélvicas da paciente, enquanto o tratamento cirúrgico é indicado para casos específicos e quando a medicação não é eficaz. A cirurgia, em geral, feita por videolaparoscopia, retira os focos da endometriose buscando a recuperação da anatomia do órgão.

Reprodução assistida

Nos casos em que a mulher deseja engravidar, mas teve a sua fertilidade afetada pela endometriose, a reprodução assistida pode ser uma opção. Para os casos leves da doença, em que os órgãos do sistema reprodutor não foram afetados e a paciente tem menos de 35 anos, a relação sexual programada e a inseminação artificial são possibilidades.

Para os casos mais graves de endometriose, que comprometem as tubas uterinas e o útero e quando a paciente tem mais que 35 anos, a fertilização in vitro (FIV) oferece melhores resultados.

A endometriose é uma doença crônica estrogênio-dependente caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero. Ela é difícil de ser diagnosticada porque os seus sintomas são parecidos com outras doenças, podendo levar anos para ser confirmada. O exame mais preciso para diagnosticá-la e avaliar a sua extensão é a ultrassonografia especializada para endometriose com preparo intestinal.

O objetivo deste texto foi aprofundar o diagnóstico de endometriose e as consequências da doença ser confirmada tardiamente.

Para saber mais sobre os seus principais sintomas e fatores de risco, confira a nossa página em que falamos mais a respeito da endometriose!

Ultrassonografia pélvica: indicações para investigar a infertilidade

A medicina evoluiu nas últimas décadas e hoje diferentes técnicas proporcionam o tratamento de doenças, até bem pouco tempo consideradas sem solução. Na medicina reprodutiva, por exemplo, a infertilidade conjugal de causa feminina e de causa masculina podem contar com o auxílio das técnicas de reprodução assistida para que os casais que sofrem com o problema tenham mais chances de engravidar.

Assim como as técnicas de tratamento, as diagnósticas também evoluíram com o avanço tecnológico. Uma diversidade de exames realizados atualmente permite diagnósticos bastantes precisos, inclusive de doenças que podem resultar em infertilidade.

A ultrassonografia pélvica está entre elas. É um exame diagnóstico não invasivo que produz imagens usadas para avaliar órgãos e estruturas na pelve e região abdominal. Para conhecer mais sobre a técnica e saber em quais casos ela indicada, é só continuar a leitura.

O que é ultrassonografia pélvica e quais são os métodos usados para investigar a fertilidade feminina e masculina?

A ultrassonografia pélvica é um exame de imagem que utiliza um aparelho chamado transdutor. Ele envia pequenos pulsos de ondas sonoras, que refletem órgãos internos, fluidos ou tecidos e são transformadas em imagens de alta resolução (3D ou 4D), transmitidas para um monitor em tempo real e, posteriormente, gravadas em diferentes mídias. Para eliminar o ar e melhorar a condução das ondas sonoras um gel especial é colocado entre o transdutor e a pele.

Na área ginecológica o exame possibilita uma avaliação dos órgãos localizados na região pélvica, incluindo o útero, colo do útero, vagina, tubas uterinas, ovários e bexiga. É realizado por diferentes métodos, sendo os mais utilizados a transvaginal ou endovaginal e a abdominal, conhecida ainda como suprapúbica. Em alguns casos, ambos os métodos podem ser utilizados:

  • Ultrassonografia transvaginal ou endovaginal: esse método utiliza um transdutor longo e fino, que é inserido pela vagina após ser coberto pelo gel e por uma proteção lubrificada, com a mulher em posição ginecológica. Depois de inserido é girado e inclinado suavemente pela vagina;
  • Ultrassonografia suprapúbica: esse método é realizado pelo abdômen com a mulher deitada em uma maca. O gel é aplicado entre a pele e o transdutor, que é movido e pressionado suavemente para fazer a pesquisa.

Na área urológica, a ultrassonografia pélvica pode ser usada para avaliar os testículos, a próstata e a bexiga. Os métodos mais frequentes são a ultrassonografia de bolsa testicular com doppler, a ultrassonografia abdominal e ultrassonografia transretal. Veja abaixo como a ultrassonografia testicular e a ultrassonografia transretal são realizadas:

  • Ultrassonografia testicular: esse método utiliza um transdutor cuja base se encaixa no contorno dos testículos. O homem é deitado em uma maca e os testículos são levantados para melhor avaliação. O gel é aplicado entre eles e o transdutor, que desliza ao redor de ambos para fazer a pesquisa;
  • Ultrassonografia transretal: esse método utiliza um transdutor bem delgado, que possibilita uma visualização mais próxima da próstata, identificando alterações ou lesões.

A ultrassonografia também pode ser realizada, em alguns casos, com a utilização de doppler colorido, importante para observação do fluxo sanguíneo, diagnosticando alterações nos vasos da região investigada.

 

Como a ultrassonografia pélvica pode ajudar a investigar a infertilidade?

O exame pode identificar diferentes condições que causam alterações na fertilidade feminina e masculina.

Condições identificadas pelo exame que podem causar alterações na fertilidade de fator feminino:

  • Obstruções nas tubas uterinas;
  • Miomas uterinos;
  • Pólipos endometriais;
  • Endometriose;
  • Síndrome dos ovários policísticos;
  • Cistos ovarianos;
  • Processos inflamatórios nos órgãos reprodutores, entre eles a Doença inflamatória pélvica (DIP), ou ooforite (dos ovários), salpingite (das tubas uterinas) e cervicite (do colo uterino);
  • Anormalidades na estrutura do útero, que podem ser congênitas, como septo uterino, ou adquiridas, provocadas por endometriose ou miomas, por exemplo;
  • Sangramento anormal.

Além disso, a ultrassonografia pélvica pode ser utilizada, nas mulheres, para identificar gravidez ectópica (que ocorre fora do útero, geralmente nas tubas uterinas), localizar ou confirmar o posicionamento de um dispositivo contraceptivo intrauterino (DIU) e para detectar problemas na bexiga, como incontinência urinária.

Da mesma forma que é fundamental durante a gravidez, verificando o fluxo sanguíneo da placenta para o feto e a formação dos órgãos, ou acompanhando a evolução da gestação e o desenvolvimento fetal e diagnosticando algumas condições ainda durante o desenvolvimento intrauterino.

Condições identificadas pelo exame que podem causar alterações na fertilidade de fator masculino:

Nos homens, a ultrassonografia testicular pode indicar a presença de varicocele, uma das causas mais comuns de infertilidade masculina. A doença causa a dilatação das veias do cordão espermático, que sustenta os testículos, levando ao surgimento de varizes que podem comprometer o processo de produção de espermatozoides.

Da mesma forma que é importante para detectar obstruções que podem dificultar o transporte dos gametas masculinos.

Já a ultrassonografia transretal possibilita a indicação de processos inflamatórios como a prostatite, que ao tronar-se crônica tende a alterar a qualidade do líquido seminal e, consequentemente, dos espermatozoides. A avaliação também pode ser realizada por via abdominal.

Além da suspeita de infertilidade o exame deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos de idade.

Em ambos os casos a ultrassonografia pélvica contribui para detectar tumores na região, indicando a localização deles, embora o diagnóstico exija a realização de outros exames e, para auxiliar em procedimentos de biópsia.

O exame é, ainda, fundamental nos tratamentos de reprodução assistida para monitorar o desenvolvimento dos folículos e, em especial na fertilização in vitro (FIV), para auxiliar nos procedimentos de coleta dos folículos maduros (punção folicular) e transferência do embrião para o útero materno.

Entenda mais detalhadamente sobre o funcionamento da ultrassonografia pélvica tocando aqui.