Miomas: veja como é feita a classificação e a relação com a infertilidade - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Os miomas estão entre as diversas doenças que podem causar a infertilidade feminina por fatores uterinos. Eles ocorrem devido a um crescimento desordenado de células do miométrio, que forma tumores benignos de tamanhos variados.

As mulheres em idade reprodutiva, principalmente entre 30 aos 50 anos, são as mais atingidas pelos miomas. Eles são divididos em 3 tipos, sendo essa classificação feita a partir da sua localização.

Se você quer saber mais sobre isso, esse texto é para você. Ao longo da leitura, vamos mostrar como é feita a classificação dos miomas e qual é a sua relação com a infertilidade. Por fim, iremos abordar as possibilidades de tratamento e reprodução assistida para os casais com dificuldade para engravidar.

Vamos lá?

O que são miomas?

Miomas são tumores benignos localizados na cavidade uterina. Eles são formações que surgem na camada intermediária do útero, o miométrio. Conhecer a formação desse órgão é importante para entendermos melhor os miomas.

O útero é composto por 3 camadas:

  • o endométrio, camada interna, formada por tecido epitelial e conjuntivo;
  • o miométrio, camada intermediária, formada por tecido muscular;
  • o perimétrio, camada externa ou serosa, formada por tecido epitelial.

Os miomas se formam no miométrio, podendo ir em direção ao endométrio ou ao perimétrio. A localização é um fator muito importante para entendermos os efeitos dos miomas na saúde reprodutiva da mulher.

Como é feita a classificação dos miomas?

Os miomas são classificados de acordo com a sua localização, fator que também pode influenciar a capacidade reprodutiva da mulher. Na maioria dos casos, eles são assintomáticos. Porém, quando apresentam sintomas, eles estão relacionados com a localização, o tamanho e a quantidade de miomas.

Eles são divididos em: submucosos, intramurais e subserosos. A seguir, conheça mais detalhes de cada um.

Miomas submucosos

Os miomas submucosos se desenvolvem próximos do endométrio, em direção à cavidade uterina. Esse é o tipo que oferece mais risco à fertilidade feminina (seja qual for o seu tamanho) e, em geral, apresenta mais sintomas.

Miomas intramurais

Os miomas intramurais estão localizados no miométrio, na parede uterina. Eles podem ficar muito grandes e, se atingirem mais do que 5 cm, há um risco maior de comprometerem a fertilidade feminina. Na maior parte dos casos, esse tipo de mioma não apresenta sintomas.

Miomas subserosos

Os miomas subserosos estão localizados na camada serosa uterina, outro nome dado ao perimétrio, a camada mais externa. Assim como os intramurais, os miomas subserosos também podem atingir grandes dimensões, formando uma protuberância para o lado externo do útero.

Nesse caso, o tamanho dos miomas pode reduzir o espaço de órgãos próximos e prejudicar o funcionamento deles, provocando sintomas específicos, mas a infertilidade é incomum.

Qual é a relação entre os miomas e a infertilidade?

Os miomas são, frequentemente, associados à infertilidade, mas a realidade não é bem assim. Os miomas submucosos são os que mais podem afetar a fertilidade feminina, seja qual for o seu tamanho, enquanto os tipos intramurais e subserosos são menos relacionados com a infertilidade, mas também podem prejudicá-la, de acordo com a sua localização e tamanho.

A presença dos miomas — principalmente os submucosos — pode dificultar a implantação do embrião no endométrio e o desenvolvimento da gestação, aumentando o risco de abortamentos.

Os miomas intramurais podem atr

apalhar a fertilidade quando apresentam grandes dimensões e estão localizados próximos do endométrio. Nesses casos, assim como os miomas submucosos, eles podem dificultar a implantação embrionária.

Quais são as opções de tratamento para esses casos?

Diversos fatores influenciam nas opções de tratamento dos miomas, como os sintomas, a localização e o tamanho dos miomas, a idade da paciente e a presença ou não de infertilidade. Por isso, cada caso deve ser avaliado individualmente. A individualização dos casos é fundamental para o sucesso do tratamento.

Entre as opções estão o tratamento medicamentoso, o cirúrgico e a conduta expectante. O primeiro é indicado para pacientes com sintomas leves, com miomas de tamanho controlado sem prejudicar o funcionamento dos órgãos e que não desejam engravidar. Os anticoncepcionais orais e outros medicamentos hormonais são utilizados para controlar os sintomas.

A cirurgia é indicada para os casos mais graves da doença, em que a mulher apresenta sintomas mais graves, dificuldade para engravidar e abortamentos. Os miomas são retirados utilizando a videolaparoscopia ou a histeroscopia cirúrgica.

Nos casos em que a paciente é assintomática e o tamanho dos miomas está controlado, nenhum tratamento é necessário. Assim, a conduta expectante é a mais indicada. Nesse cenário, reavaliações periódicas são essenciais para o acompanhamento da saúde da mulher.

Mesmo após o procedimento cirúrgico, o casal pode ter problemas para engravidar, sendo indicada a reprodução assistida. A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais recomenda para a infertilidade por fatores uterinos, como os miomas.

Para se aprofundar nesse tema, confira a nossa página sobre os miomas uterinos!

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