Ressonância magnética - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

A ressonância magnética é um método de avaliação diagnóstica feito em um aparelho que gera um campo magnético para obter imagens do interior do corpo humano. As imagens captadas apresentam altíssima definição, o que permite uma análise precisa dos órgãos e estruturas internas do paciente.

Essa técnica representa um avanço significativo na medicina diagnóstica, pois possibilita a produção de mapas internos do organismo que revelam propriedades bem específicas dos tecidos observados.

A tecnologia empregada na ressonância magnética permite:

  • gerar imagens das estruturas internas sem exposição à radiação;
  • diferenciar tecidos sadios e lesões;
  • obter imagens com definição superior aos métodos radiográficos, quando utilizado o contraste na análise de tecidos moles;
  • capturar imagens de diferentes planos — transversal, longitudinal e oblíquo — sem que o paciente mude de posição.

As indicações para o exame de ressonância magnética

A ressonância magnética pode ser realizada na investigação diagnóstica de uma série de condições clínicas, contemplando diversas áreas médicas, como ginecologia, neurologia, ortopedia, entre outras.

Para isso, existem diferentes tipos de exames, cada qual voltado para a avaliação de partes específicas do corpo, como: coração e vasos sanguíneos; ossos e articulações; cérebro e medula espinhal; olhos e ouvido interno; órgãos da região abdominal; órgãos e estruturas da pelve.

Na reprodução assistida, o exame pode integrar um conjunto de recursos para avaliar anormalidades no sistema reprodutor feminino e masculino, a fim de identificar alterações que estejam prejudicando as chances de concepção.

Na investigação da infertilidade feminina, a ressonância magnética da região pélvica possibilita a observação dos ovários, útero e tubas uterinas. Outros importantes métodos diagnósticos fazem parte da avaliação dos órgãos reprodutores da mulher, começando pela ultrassonografia.

A histerossalpingografia pode ser solicitada quando há suspeita de oclusão tubária. Já a histeroscopia é uma técnica específica para avaliar as condições da cavidade uterina.

Em resumo, as doenças ginecológicas que requerem indicação para o exame de ressonância magnética são:

  • miomas;
  • malformações uterinas;
  • sangramento uterino anormal;
  • dor pélvica crônica;
  • endometriose;
  • adenomiose;
  • tumores ovarianos;
  • infecções no trato reprodutivo.

A ressonância magnética da pelve masculina é indicada principalmente na investigação de tumores nos testículos ou anormalidades na próstata. O exame também é feito para observar defeitos congênitos no trato genital e traumas na região pélvica que possam ser apontados como causa de infertilidade masculina.

Tanto para homens quanto para mulheres, a ressonância magnética ainda é indicada diante da suspeita de câncer nos órgãos do aparelho reprodutor ou em outras estruturas da região pélvica, como no trato urogenital ou na área retal.

O preparo necessário para o procedimento

Devido à utilização de campos eletromagnéticos, o profissional responsável pela condução do procedimento deve ser informado da existência de objetos internos como marcapassos e placas e parafusos adquiridas em cirurgias ortopédicas.

O preparo para o procedimento pode variar conforme a área do corpo a ser examinada. Em geral, o paciente deve seguir as seguintes orientações para fazer a ressonância magnética:

  • ficar em jejum absoluto nas duas horas que antecedem o exame;
  • retirar qualquer objeto que contenha metal — brincos, anéis, relógio, aparelhos auditivos, entre outros;
  • não utilizar produtos cosméticos, devido ao risco de queimaduras — maquiagem, esmalte, óleos e hidratantes corporais etc.;
  • comparecer com os cabelos secos.

A realização da ressonância magnética

O aparelho da ressonância magnética é um grande cubo horizontal que contém um arco gerador de campo magnético. Embora existam modelos modernos com alguma variação de diâmetro e aberturas laterais estratégicas, o design das máquinas é basicamente o mesmo.

Inclusive, também foram desenvolvidos modelos com túnel mais curto e abertura mais larga na parte de trás, indicado para pacientes com perfil fóbico.

Deitado de costas em uma mesa específica para o exame, o paciente é deslizado para dentro do tubo — a inserção do paciente na máquina pode começar pelos pés ou pela cabeça, conforme o tipo de exame que será feito. A avaliação começa logo que a parte do corpo a ser examinada é posicionada no centro exato do campo magnético, área chamada de isocentro.

Em resumo, as imagens obtidas durante a ressonância magnética têm origem na seguinte sequência:

  • o paciente entra em contato com um intenso campo magnético;
  • uma onda de radiofrequência recai sobre o paciente;
  • desliga-se a onda de rádio;
  • o corpo do paciente emite sinais que garantem a reconstrução das imagens.

A tecnologia do aparelho permite o detalhadamente do interior do corpo, enquanto percorre cada ponto milimétrico da área examinada, formando um mapa com imagens em 2-D ou 3-D. Trata-se de um método diagnóstico que fornece uma visão sem igual das estruturas internas do organismo humano.

A geração do campo magnético provoca uma sequência de ruídos que podem ser abafados com o uso de fones de ouvido, inclusive com música. O paciente é orientado a permanecer imóvel durante o exame, enquanto segura um dispositivo que, se necessário, pode ser acionado para se comunicar com o profissional.

O procedimento da ressonância magnética é rápido e não requer sedação do paciente. Mesmo quando os órgãos da região abdominal são avaliados ou quando há necessidade de aplicar contraste, o exame pode ser feito em no máximo 30 minutos. O uso de contraste é feito, em alguns casos, para observar a vascularização das estruturas examinadas e avaliar as lesões.