Diagnóstico de endometriose: veja como é feito - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

A endometriose é uma das doenças ginecológicas mais conhecidas e de maior impacto na fertilidade feminina. Estima-se que entre 5% e 10% das mulheres em idade reprodutiva sejam afetadas por ela. Porém, por ser difícil de ser diagnosticada, há uma grande parcela que não sabe que está com a doença.

Ela é caracterizada pela presença de tecido endometrial — proveniente do endométrio, a camada que reveste a parte do útero — fora do seu local de origem, sendo influenciado pelos hormônios sexuais, principalmente o estrogênio.

A formação de focos de endometriose pode ocorrer em diversos locais, principalmente na pelve feminina. Com o tempo, a inflamação pode provocar dor, aderências e alterações nos órgãos, podendo afetar a fertilidade.

A endometriose é uma doença complexa, pois envolve uma série de fatores. Neste texto, o nosso objetivo é mostrar como é feito o seu diagnóstico e as consequências para a saúde da mulher quando ele é realizado de forma tardia. Além disso, vamos abordar as alternativas de tratamento e de reprodução assistida.

Boa leitura!

Por que o diagnóstico de endometriose demora a ser feito?

Um dos fatos mais preocupantes sobre a endometriose é a demora do seu diagnóstico. Entre os primeiros sintomas até a confirmação da doença passam-se, em média, 7 anos.

Durante esse período, a paciente pode ter a sua qualidade de vida prejudicada sem saber o motivo, além de outras consequências, como a infertilidade.

Um dos principais motivos está relacionado com as manifestações da endometriose. Em alguns casos, a mulher acredita que a cólica menstrual e as dores que ela sente são sintomas normais do período menstrual, demorando a procurar ajuda médica.

Além disso, os sintomas são muito parecidos com os de outras doenças que atingem as mulheres, o que também dificulta o diagnóstico.

Como é feito o diagnóstico de endometriose?

O diagnóstico da endometriose consiste em duas partes. A anamnese é fundamental para o direcionamento da investigação e os exames são importantes para, de fato, termos a confirmação da doença. A seguir, conheça como ele é feito.

Anamnese

A anamnese é o ponto de partida para o diagnóstico da endometriose. Na investigação clínica, o médico realiza o exame ginecológico e avalia os fatores de risco e os sintomas relatados pela paciente. Se houver a suspeita de endometriose, exames de imagem devem ser feitos.

Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • dores pélvicas;
  • cólicas menstruais muito fortes (às vezes, incapacitantes);
  • dores durante a relação sexual;
  • dificuldade para engravidar.

Exames para o diagnóstico da endometriose

Os exames de imagem são fundamentais para confirmar a presença dos focos da endometriose. Eles também identificam a quantidade e a profundidade dos implantes, informações relevantes para a escolha do tratamento.

A ultrassonografia especializada para endometriose com preparo intestinal é um dos exames mais indicados e mais precisos. Ele possibilita uma avaliação minuciosa da extensão das lesões devido ao seu nível de detalhamento.

O seu processo é muito semelhante ao da ultrassonografia transvaginal e ele não possui contraindicações. Antes do exame a paciente precisa realizar um preparo intestinal para diminuir o volume da região, pois o exame analisa toda a região pélvica da paciente.

Quais são as consequências de um diagnóstico tardio?

O caso de cada paciente de endometriose é único. De forma geral, ela pode progredir com o tempo quando não é tratada.

Como é uma doença estrogênio-dependente, a cada ciclo menstrual a tendência é que ela se agrave cada vez mais. Com isso, as lesões podem evoluir e aumentar a formação de aderências nos órgãos. Resultado: aumento da intensidade das dores e do risco de infertilidade.

Como é o tratamento da endometriose?

A endometriose é uma doença crônica, logo, não há um tratamento definitivo para ela. As alternativas visam aliviar os sintomas da dor para proporcionar uma melhor qualidade de vida e recuperar a fertilidade da paciente.

O tratamento clínico é feito por contraceptivos orais de uso contínuo ou DIU (dispositivo intrauterino) com o objetivo de diminuir as dores pélvicas da paciente, enquanto o tratamento cirúrgico é indicado para casos específicos e quando a medicação não é eficaz. A cirurgia, em geral, feita por videolaparoscopia, retira os focos da endometriose buscando a recuperação da anatomia do órgão.

Reprodução assistida

Nos casos em que a mulher deseja engravidar, mas teve a sua fertilidade afetada pela endometriose, a reprodução assistida pode ser uma opção. Para os casos leves da doença, em que os órgãos do sistema reprodutor não foram afetados e a paciente tem menos de 35 anos, a relação sexual programada e a inseminação artificial são possibilidades.

Para os casos mais graves de endometriose, que comprometem as tubas uterinas e o útero e quando a paciente tem mais que 35 anos, a fertilização in vitro (FIV) oferece melhores resultados.

A endometriose é uma doença crônica estrogênio-dependente caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero. Ela é difícil de ser diagnosticada porque os seus sintomas são parecidos com outras doenças, podendo levar anos para ser confirmada. O exame mais preciso para diagnosticá-la e avaliar a sua extensão é a ultrassonografia especializada para endometriose com preparo intestinal.

O objetivo deste texto foi aprofundar o diagnóstico de endometriose e as consequências da doença ser confirmada tardiamente.

Para saber mais sobre os seus principais sintomas e fatores de risco, confira a nossa página em que falamos mais a respeito da endometriose!

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