Clamídia: exames e diagnóstico - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (ISTs) considerada grave. Por ser uma doença silenciosa, pode ser muito perigosa, inclusive para a fertilidade. Como geralmente é assintomática (cerca de 80% dos casos), os índices de disseminação são altos, ou seja, as pessoas podem não saber que têm a doença e acabam transmitindo-a para outras pessoas.

Ela é causada pela bactéria chamada de Chlamydia trachomatis e pode afetar tanto homens quanto mulheres que não usam preservativos nas suas relações sexuais. Se a doença não for tratada, pode causar uma série de complicações, entre elas a infertilidade feminina ou masculina.

É fácil prevenir a clamídia: basta utilizar preservativo em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal). O contato sexual é a principal forma de transmissão da doença.

A clamídia também pode ser transmitida de forma congênita, ou seja, da mãe para o filho durante a gestação.

Por isso, entender mais sobre o assunto é importante para saber como prevenir e tratá-la. Vamos lá? Continue conosco!

Quais são os sintomas da clamídia?

A clamídia é geralmente assintomática, ou seja, na maioria dos casos não provoca sinais nem sintomas. Por isso, a melhor maneira de prevenção é sempre utilizar preservativos. Veja quais são os sintomas mais comuns nos homens e nas mulheres:

Homens

  • corrimento pela uretra com pus;
  • dor e inchaço na bolsa testicular – nos testículos;
  • ardor ao urinar.

Mulheres

  • sangramento durante ou após o ato sexual;
  • sangramento espontâneo;
  • dor durante a relação sexual e para urinar;
  • urgência para urinar;
  • corrimento vaginal claro ou amarelado;
  • dor pélvica.

Quais são as complicações da doença?

A infecção por clamídia, nas mulheres, pode ascender ao trato reprodutivo e afetar as tubas uterinas (trompas de Falópio). Ela também pode causar a peritonite, pois a infecção pode se disseminar para o revestimento da pelve e da cavidade abdominal. 

Sendo assim, a clamídia pode causar doença inflamatória pélvica (DIP). Além disso, as complicações da doença podem formar cicatrizes nas tubas uterinas. Como consequência, pode causar infertilidade ou gravidez ectópica, caso aconteça a fecundação.

Nos homens, a infecção pode atingir o epidídimo (tubo em espiral no alto de cada testículo) e inflamar a próstata (causando prostatite). Isso impede a passagem dos espermatozoides, causando, assim, infertilidade.

Já nos recém-nascidos, pode causar pneumonia e conjuntivite, pois eles podem ser infectados durante o parto.

Em algumas situações, a clamídia também pode inflamar as articulações, tanto dos homens quanto das mulheres. Isso pode desencadear artrite.

Quais são os exames para detectar a clamídia?

Por geralmente não causar sintomas – e ter o potencial de causar graves complicações –, é importante que as pessoas sexualmente ativas façam a triagem de clamídia anualmente, mesmo que usem preservativo em todas as relações sexuais. Isso pode evitar sérias complicações.

Alguns fatores de risco são determinantes para a indicação da realização da triagem anual de clamídia:

  • histórico de ISTs;
  • parceiro com histórico de ISTs;
  • múltiplos parceiros;
  • não utilização de preservativo.

As mulheres grávidas também precisam fazer a triagem de clamídia. Dependendo da situação, precisam fazer no começo e no terceiro trimestre de gestação. A triagem faz parte do pré-natal.

O exame para detecção de clamídia é feito mediante coleta de secreção do colo do útero, vagina, pênis, garganta e/ou reto. Também pode ser solicitada uma amostra de urina.

Diagnóstico de clamídia

O diagnóstico começa com a suspeita da doença, que geralmente é fundamentada na anamnese, na qual é possível identificar os possíveis sintomas. Se houver sintomas, os exames são solicitados e o diagnóstico é baseado nos resultados. Se não houver sintomas, avaliam-se os fatores de risco para considerar se é necessário pedir os exames de clamídia.

Os exames indicam a presença ou ausência de anticorpos ou de material genético da bactéria na secreção ou na urina.

Também é a anamnese que vai indicar de onde as secreções serão coletadas. Se houver infecção na garganta, por exemplo, é importante coletar secreção dessa região.

Como é o tratamento?

O tratamento da clamídia é realizado com antibióticos. Eles interrompem a ação dos agentes patogênicos, reduzindo os sintomas do processo infeccioso e eliminando os agentes causadores da clamídia. No entanto, dependendo do estágio da doença, os órgãos reprodutores podem ter sido comprometidos. Portanto, um dos maiores riscos da doença é a infertilidade.

Também é importante ressaltar que o casal deve realizar o tratamento de forma simultânea e não pode manter relações sexuais no período, para aumentar as chances de cura e evitar uma nova transmissão. 

Além disso, a cura total da clamídia não evita uma futura contaminação. Portanto, o ideal é sempre utilizar preservativos em todas as relações sexuais.

Clamídia e reprodução assistida

Se uma mulher teve clamídia e foi diagnosticada com infertilidade, mas quer ter filhos, a reprodução assistida é uma alternativa.

A técnica mais utilizada, nesses casos, é a fertilização in vitro (FIV), que oferece as melhores taxas de sucesso.

Antes de iniciar esse tratamento, entretanto, o casal precisa passar por uma série de exames para avaliar sua fertilidade. Dessa forma, é possível detectar quais são os reais problemas que estão dificultando a gravidez.

Portanto, se você foi diagnosticada com clamídia e está com dificuldades para engravidar, não se preocupe porque a reprodução assistida é uma possibilidade.

Gostou de aprender mais sobre os exames e o diagnóstico da clamídia? Complemente a sua leitura sobre o tema aqui!

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