Clamídia: veja quais são os possíveis sintomas dessa doença - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem causar graves consequências para a saúde e a fertilidade. Hoje, sabemos que elas podem ser prevenidas com o uso de preservativos durante as relações sexuais, fato que nem sempre acontece. Segundo pesquisas, o uso de preservativos diminuiu entre os jovens, enquanto o número de casos de ISTs aumentou. Entre elas, a clamídia se destaca.

Um dos maiores desafios para contê-la está no fato que, em geral, a clamídia não apresenta sintomas. Com isso, a pessoa infectada pode passar a IST para o seu parceiro sem saber. E ainda, os efeitos a longo prazo da falta de tratamento pode causar outras doenças e até infertilidade.

Ao longo do texto, vamos mostrar os sintomas mais comuns da clamídia e as consequências que a falta de tratamento pode causar na saúde e na fertilidade de homens e mulheres.

Confira!

O que é clamídia?

A clamídia é uma IST provocada por uma bactéria (Chlamydia trachomatis), transmitida por contato sexual. Ela afeta os órgãos genitais de homens e mulheres e, em casos raros, a garganta e os olhos. A transmissão vertical, em que o bebê é infectado pela mãe durante o parto, também pode ocorrer.

A principal diferença entre a clamídia e outras ISTs é o fato de que ela não se manifesta de forma clara. Em muitos casos, ela é assintomática e a pessoa infectada descobre a doença por acaso.

Quais são os sintomas da clamídia?

A clamídia é uma doença silenciosa e pode se manifestar de formas diferentes em homens e mulheres. Quando apresenta sintomas, os primeiros sinais aparecem cerca de duas semanas após a contaminação.

Entre os sintomas mais comuns estão a dor pélvica e complicações no sistema urinário, como sentir dor ou ardência ao urinar. Nas mulheres, entre os sintomas mais frequentes de clamídia, temos:

  • dor durante a relação sexual;
  • corrimento vaginal amarelado e com odor;
  • coceira vaginal;
  • sangramento vaginal fora do período menstrual;
  • sangramento durante a relação sexual.

Nos homens, a clamídia também pode se manifestar com a presença de:

  • dor nos testículos;
  • inchaço nos testículos;
  • corrimento na uretra com pus.

Casos assintomáticos de clamídia

A ausência de sintomas é uma questão muito importante ao tratarmos sobre esse assunto. Em cerca de 70% dos casos, a clamídia é assintomática. Por isso, a pessoa infectada não procura ajuda médica para investigar o que está acontecendo.

E mais: há o risco de infectar outras pessoas devido à falta de proteção. A presença ou não dos sintomas não impede que o paciente transmita a doença para os seus parceiros.

Quais são as consequências da ausência de tratamento?

Como vimos, a maioria dos pacientes infectados por clamídia é assintomática. Porém, mesmo quando apresentam sintomas, eles podem ser leves e passarem despercebidos. A demora ou a falta de tratamento da clamídia causa problemas graves, pois aumenta o risco da infecção se alastrar e atingir outros órgãos do sistema reprodutor.

Nas mulheres, a clamídia pode resultar em doença inflamatória pélvica (DIP) e endometrite. Elas podem ocorrer quando a infecção invade o útero, as tubas uterinas e os ovários, provocando obstruções e aderências. Além disso, a DIP aumenta o risco de gravidez ectópica.

Nos homens, a infecção pode desencadear quadros inflamatórios na próstata, nos epidídimos e na uretra, causando a prostatite, a epididimite e a uretrite, respectivamente. Elas podem alterar a qualidade dos espermatozoides e impedir a sua passagem.

Ou seja, ausência de tratamento da clamídia pode provocar infertilidade, seja devido a obstruções e aderências que dificultam a fecundação e a implantação do embrião no útero, seja por afetar a qualidade e a quantidade dos gametas masculinos.

O que fazer em caso de infertilidade causada pela clamídia?

A clamídia é curada com a administração de antibióticos e em pouco tempo os sintomas desaparecem. No entanto, o fim do tratamento não impede uma nova contaminação, por isso a prevenção continua sendo essencial.

Quando a doença afeta a capacidade reprodutiva da paciente, o dano pode ser irreversível. Nesses casos, a fertilização in vitro (FIV) é recomendada para o casal. Os gametas da mulher e do seu parceiro são coletados e preparados para que apenas os óvulos e espermatozoides de mais qualidade sejam utilizados durante o processo.

A fecundação ocorre em laboratório e os embriões formados são transferidos para o útero materno para que a gestação tenha início. A técnica oferece uma alta taxa de sucesso, sendo a mais indicada para os casos de infertilidade provocados pela infecção por clamídia.

A infecção por clamídia não provoca sintomas na maioria dos casos, fazendo com que ela não seja identificada. A ausência de tratamento no longo prazo pode desencadear outras doenças que podem causar infertilidade. Entre os sintomas mais comuns estão: dores abdominais, corrimento com pus ou amarelado e ardência ao urinar. Por fim, o uso de preservativos é a melhor forma de preveni-la.

Para ter uma visão mais ampla sobre uma das ISTs mais comuns do mundo, acesse a nossa página sobre a infecção por clamídia!

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