Miomas: você sabe o que são? - Elo Medicina Reprodutiva
Elo Medicina| WhatsApp

Por Elo Clínica

Os miomas são tumores benignos comuns, especialmente, durante a fase reprodutiva das mulheres. Eles podem ter diferentes tipos e tamanhos, por isso em alguns casos não é necessário nenhum tratamento. Por outro lado, há pacientes que precisam de cirurgia para retirá-los devido à infertilidade provocada por eles e outros sintomas.

Parece complexo, mas fique tranquila. Primeiro, precisamos entender a estrutura do útero, órgão onde os miomas aparecem. Ele é formado pelo endométrio (camada interna), miométrio (camada intermediária) e perimétrio (camada serosa externa). Cada uma delas é formada por, respectivamente, tecido epitelial e conjuntivo, musculatura lisa e revestimento epitelial.

Os miomas se formam no miométrio, podendo desenvolver sintomas ou não, característica que pode dificultar o diagnóstico precoce. Para saber mais sobre eles, continue a leitura!

O que são miomas?

Os miomas são formações que se desenvolvem no miométrio. As células da camada intermediária do útero começam a se desenvolver de forma desproporcional, formando tumores benignos sólidos. A probabilidade de eles se tornarem um tumor maligno é extremamente baixa, com menos de 1% de chance.

Eles podem ter tamanhos e formas variadas e também podem invadir a cavidade uterina ou se direcionar para fora do órgão. Além de serem chamados de miomas uterinos, eles são conhecidos como leiomiomas, fibromas ou fibromiomas.

Os miomas são classificados como uma doença estrogênio-dependente. Ou seja, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona influenciam nos sintomas e no tamanho dos tumores. Alguns ficam por muito tempo do mesmo tamanho, enquanto outros podem crescer rapidamente.

O seu aparecimento está ligado a causas genéticas e, por estarem relacionados a hormônios sexuais, os miomas tendem a diminuir com a chegada da menopausa.

Quais são os tipos de miomas?

Eles são classificados de acordo com a sua localização na cavidade uterina, sendo divididos entre: submucosos, intramurais e subserosos. Abaixo, confira mais detalhes sobre cada um deles e a sua relação com a infertilidade.

Submucosos

Os miomas submucosos se desenvolvem dentro da cavidade uterina, em direção ao endométrio. Esse tipo está ligado à infertilidade e é um dos mais comuns entre as mulheres. A sua localização pode dificultar a implantação e o desenvolvimento do embrião, aumentando o risco de abortamento.

Intramurais

Os miomas intramurais estão localizados na parede uterina e podem ficar muito grandes, sendo um fator que influencia a infertilidade. Quanto maior ele for, maior o risco de uma alteração na anatomia do útero. Resultado: a paciente pode ter dificuldade para engravidar devido à dificuldade para implantar o embrião e manter a gestação até o final.

No entanto, os intramurais oferecem menos risco à fertilidade que os submucosos. Muitas mulheres conseguem engravidar sendo portadoras de miomas intramurais.

Subserosos

Os miomas subserosos recebem esse nome por se desenvolverem na camada externa uterina, a serosa. Os tumores maiores podem prejudicar o funcionamento de órgãos próximos, pois eles crescem para fora do útero.

Esse tipo de miomas oferece ainda menos risco à fertilidade.

Quais são os sintomas mais comuns?

A maioria dos casos de miomas são assintomáticos. No entanto, a paciente pode perceber alguns sintomas dependendo do tamanho, da localização e da quantidade dos tumores. A presença deles prejudica a qualidade de vida das mulheres, afetando as suas atividades diárias e até mesmo a sua fertilidade.

Na lista de sintomas mais comuns, temos:

  • sangramento fora do período menstrual;
  • aumento do fluxo menstrual;
  • inchaço abdominal;
  • micção frequente;
  • constipação;
  • infertilidade.

Como é o diagnóstico e o tratamento dos miomas?

Os casos assintomáticos são mais difíceis de serem diagnosticados. Em geral, eles são identificados durante exames ginecológicos de rotina. Os exames de imagem são os mais indicados para visualizar a cavidade uterina, em especial a ultrassonografia pélvica e a histeroscopia.

A escolha do tratamento deve ser individualizada, de acordo com a localização, o tamanho e os sintomas de cada paciente. Os contraceptivos orais e o dispositivo intrauterino (DIU) são alternativas para as mulheres que não desejam engravidar e possuem miomas que não provocaram nenhuma alteração no útero ou nos órgãos próximos.

Nos casos mais graves, em que os miomas crescem de tamanho e os sintomas afetam a qualidade de vida da paciente, o tratamento cirúrgico pode ser indicado. Para as assintomáticas ou para mulheres que têm sintomas leves, a principal recomendação é um acompanhamento periódico com o médico.

Um outro fator que pode ajudar a aliviar os sintomas é a idade da paciente. Como os miomas respondem à ação dos hormônios sexuais, a queda da produção por causa da menopausa tende a diminuir a doença.

Quando a fertilidade é prejudicada, o tratamento por reprodução assistida possui ótimos resultados. A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais recomendada para pacientes com miomas, pois a fecundação é realizada em laboratório e os embriões são, posteriormente, transferidos para o útero materno.

Para saber mais sobre uma das principais causas de infertilidade feminina, confira a nossa página sobre miomas uterinos!

Deixe seu comentário!

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *