julho 2023 - Elo Medicina Reprodutiva
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Barriga de aluguel: o que é e quando é indicada? 

A barriga de aluguel é usada para possibilitar a gravidez em casos de infertilidade feminina, quando problemas uterinos ou a ausência do órgão impedem a mulher de gestar a criança. A técnica é viabilizada somente por meio da fertilização in vitro (FIV) e também permite que casais homoafetivos masculinos tenham filhos.

No Brasil, existem regras claras para a prática legal e ética da cessão temporária de útero ou útero de substituição, termos técnicos para barriga de aluguel.

Deseja saber mais sobre a barriga de aluguel? Este texto reúne as informações completas sobre o assunto: o que é a prática, como é realizada e para quais casos é indicada e/ou permitida no país. Confira!

O que é barriga de aluguel

Barriga de aluguel é um termo popular utilizado para denominar a cessão temporária do útero de uma mulher, que gesta o embrião de pessoas que não podem ter filhos. Trata-se uma técnica gestacional em praticamente qualquer situação de infertilidade, feminina ou masculina. 

Diferentemente do que o nome popular sugere, a barriga de aluguel com fins lucrativos é proibida no Brasil. De acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), a cessão temporária do útero deve acontecer voluntariamente e apenas entre familiares com até o 4º grau de parentesco. Ou seja, mãe, filha, avó, irmã, tia, sobrinha ou prima. Então, para se referir à técnica, os termos mais corretos são cessão temporária de útero, útero ou gestação de substituição.

Essa é somente uma das regras estabelecidas pelo CFM para normatizar a utilização da barriga de aluguel no Brasil. Além da proibição como prática lucrativa, existem outros princípios que regem essa técnica de modo a assegurar a ética e a segurança das pessoas envolvidas. Confira as situações onde ela pode ser utilizada. 

A quem é indicada?

A barriga de aluguel é indicada para as pessoas que não podem gerar filhos, o que compreende os mais variados casos de infertilidade. Conheça os principais:

Ausência de útero

Em dois casos, a mulher pode apresentar a ausência de útero: pode ser uma condição congênita (apresentada desde o nascimento) ou por conta de procedimentos cirúrgicos. No primeiro caso, trata-se de um distúrbio raro chamado síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH), em que órgãos do sistema reprodutor como o útero e a vagina são subdesenvolvidos ou ausentes. 

No segundo caso, a mulher passa pela histerectomia, ou seja, a retirada do útero, devido a problemas.

Anomalias congênitas

Algumas mulheres têm malformações na estrutura uterina desde o nascimento, que afetam a capacidade de gestar . Embora incomum, essas anormalidades congênitas prejudicam a função do útero, podendo gerar desde a infertilidade até a incapacidade de continuidade de uma gestação saudável, quando o feto não se desenvolve resultando em abortamento.

Casais homoafetivos masculinos

A barriga de aluguel é uma técnica de reprodução assistida ideal para casais homoafetivos masculinos que desejam ter filhos. Os parceiros podem doar seus espermatozoides para a fecundação em óvulos obtidos de doadoras selecionadas na própria clínica de reprodução assistida.

Riscos para a saúde da gestante

Pacientes diagnosticadas com problemas pulmonares, cardíacos, renais ou mulheres que não apresentem condições clínicas favoráveis para uma gestação saudável, também podem recorrer à barriga de aluguel para ter filhos biológicos.

Homens que desejam a produção independente

Embora incomum, a prática da barriga de aluguel também é facultada aos homens que desejam ser pais biológicos.

Como é feita?

O útero de substituição ou cessão temporária de útero é viabilizada somente pelo tratamento com FIV, única técnica de reprodução assistida em que a fecundação acontece em laboratório e os embriões são posteriormente transferidos ao útero da mulher que vai gestar. 

É justamente por esse aspecto que tal procedimento se diferencia das demais técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial (IA) e a relação sexual programada (RSP), nas quais a fecundação ocorre naturalmente, nas tubas uterinas. Contudo, o óvulo pode ser tanto de doadoras, quanto próprios, a depender do caso.

Toda as etapas para a realização da cessão de útero são assistidas por uma equipe médica: desde a realização de exames clínicos para avaliar as condições de saúde da mulher que vai gestar o bebê até o pré-natal. Além disso, os pais da criança e a cedente do útero têm acompanhamento psicológico em todo o processo por conta dos aspectos emocionais envolvidos.

As taxas de sucesso da FIV são as mais altas da reprodução assistida e não sofrem variações quando o tratamento é realizado com da cessão temporária do útero. Trata-se de um procedimento para quem deseja realizar o sonho de ter filhos com segurança, regulamento pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). 

Deseja saber mais sobre a barriga de aluguel? Confira outro texto com mais detalhes. 

DIP (doença inflamatória pélvica): quais são as causas? 

A DIP, ou doença inflamatória pélvica, é uma infecção que afeta a região pélvica da mulher, podendo atacar tubas uterinas, útero, ovários e/ou cérvice. Ela geralmente inicia no colo do útero ou na vagina para depois se espalhar por outras regiões da pelve.

Essa é uma doença que atinge muitas mulheres sexualmente ativas no mundo todo, que costumam ter sintomas como sangramento vaginal, corrimento esverdeado ou amarelado com mau cheiro, dor no ventre (ao apalpá-lo) e no contato íntimo, febre, etc. 

Neste texto, falaremos um pouco mais sobre a doença inflamatória pélvica, mostrando suas principais causas, fatores de risco, tratamento e a sua relação com a infertilidade. Continue lendo e saiba mais sobre o assunto. 

Causas da DIP

As causas da DIP são variadas, mas ela normalmente surge em decorrência da proliferação de microrganismos na região pélvica. Isso costuma acontecer como resultado de relações sexuais sem proteção (que facilitam a transmissão), sendo consequência de bactérias como as sexualmente transmissíveis, incluindo Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma genitalium.

Por isso, muitas mulheres entre 15 e 25 anos que não usam preservativo e/ou têm múltiplos parceiros sexuais são propensas ao problema. No entanto, vale ressaltar que a prevenção reduz as chances da DIP. Além disso, também é importante evitar o uso de duchas vaginais, pois elas facilitam o desenvolvimento de doenças ao modificar a flora vaginal. 

Outras causas da doença inflamatória pélvica são: 

  • Uso de objetos contaminados durante a masturbação;
  • Ter começado a usar o DIU recentemente (por volta de 3 semanas);
  • Consequência de infecção pós-parto.

Fatores de risco da DIP

A doença inflamatória pélvica é bastante rara durante a gestação, após a menopausa ou antes da menarca e em mulheres com mais de 35 anos. E, como dito, os principais fatores de risco são a falta de proteção associada à atividade sexual com vários parceiros, o que acontece com as ISTs, infecções sexualmente transmissíveis, em geral. Mas, além desses fatores, também podemos listar: 

  • Já ter sido acometida pela DIP (um percentual expressivo das mulheres voltam a ter a doença);
  • Presença de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
  • Vaginose bacteriana;
  • Ter um parceiro sexual que tem relações com outras mulheres;
  • Uso de ducha vaginal. 

Tratamento da DIP

Inicialmente, o tratamento para a DIP é feito com antibióticos ministrados por via muscular ou oral durante 14 dias. Junto disso, a paciente deve tomar alguns cuidados para que os tecidos da região pélvica cicatrizem. São eles o repouso e o não contato sexual (mesmo sendo com preservativo) nesse período. 

Geralmente esse tratamento da doença inflamatória pélvica é feito de forma completamente ambulatorial, pois os antibióticos já eliminam as bactérias. 

Vale ressaltar que o parceiro sexual também deve ser tratado para evitar reinfecção, mesmo se não houver sintomas. A paciente também pode ser internada caso esteja em gestação ou haja sintomas graves, como febre alta ou a formação de abscessos. 

Por fim, alguns casos mais graves exigem tratamentos prolongados ou até mesmo intervenções cirúrgicas para drenar abscessos e/ou tratar inflamações das tubas uterinas. A cirurgia para as mulheres que estão em idade reprodutiva também pode ter a finalidade de preservar os órgãos reprodutores para manter a fertilidade. 

DIP e infertilidade

Como dito, a intervenção cirúrgica pode estar relacionada à manutenção da fertilidade. Isso acontece porque, dependendo da situação, a doença inflamatória pélvica também traz riscos à saúde reprodutiva feminina. Afinal, os sintomas costumam ser brandos, mas existem casos em que acontece a lesão das tubas uterinas, ovários e do útero, que podem causar a infertilidade feminina

Ambas estão tão interligadas que muitas vezes a DIP é diagnosticada apenas quando a paciente busca ajuda profissional por não conseguir engravidar. Nesses casos, a mulher já convive com o problema há algum tempo e encontra dificuldades como essa.

Isso é apontado em estudos que mostram que boa parte das mulheres inférteis tem lesões no útero ou nas tubas uterinas causadas pela DIP. Além disso, o problema aumenta a possibilidade de gravidez ectópica e do desenvolvimento de dores pélvicas que podem durar por anos.

No entanto, não é impossível ter um filho mesmo quando há um problema de infertilidade causado pela DIP. Nesses casos, a reprodução assistida é indicada, particularmente a FIV, fertilização in vitro

A doença inflamatória pélvica afeta muitas mulheres, trazendo algumas complicações ao dia a dia da paciente. No entanto, ela costuma ser facilmente tratável por antibióticos, sem exigir grandes intervenções. 

A grande questão é que qualquer sinal da DIP deve ser observado para que a paciente não desenvolva problemas futuros, como a infertilidade. É o mesmo cuidado que deve ser tomado para prevenir doenças como a endometrite, uma das consequências da DIP que também pode comprometer a fertilidade feminina.

Quer saber mais? Leia o nosso texto completo sobre endometrite.

O que é DIP (doença inflamatória pélvica)? 

Existem diversas doenças femininas que podem causar infertilidade, sendo a DIP (ou doença inflamatória pélvica) uma delas. A DIP é uma infecção que acomete a região pélvica da mulher e, por isso, possui diversas consequências.

Ela acontece quando há a entrada de agentes infecciosos pela vagina, afetando os órgãos reprodutores. Sendo assim, atinge o útero, as tubas uterinas e ovários, causando inflamações.

Você tem dúvidas sobre esse assunto? Então continue a leitura deste conteúdo e aprenda mais! Vamos lá?

O que é DIP?

Como vimos, a DIP é uma doença inflamatória que acomete a região pélvica e é causada por uma infecção polimicrobiana (quando há a existência de várias espécies microbianas), que pode afetar o cérvix uterino, útero, tubas uterinas e ovários. Nos três últimos, a infecção tende a acontecer ao mesmo tempo.

Ela pode ser transmitida sexualmente e, em casos mais graves, se espalhar. Existem diversas complicações quando isso acontece, como dor pélvica crônica, gestação ectópica, quando o embrião se implanta fora do útero, geralmente nas tubas uterinas e, infertilidade.

Geralmente, a DIP aparece em mulheres com idade inferior a 35 anos e raramente surge na menarca, durante uma gestão ou após a menopausa.

Quais são os principais sintomas da doença?

Os sintomas mais comuns da DIP são: dor abdominal, corrimento cervical, febre, sangramento uterino anormal, durante ou após a menstruação, dores na parte inferior das costas e dores circunstanciais durante a micção e relações sexuais.

Os sintomas são bem diversos e, por isso, o diagnóstico pode ser difícil. Além disso, muitas mulheres têm sintomas inespecíficos, leves ou são assintomáticas.

Qual é a relação da DIP com a infertilidade?

Uma das complicações da DIP é a salpingite, inflamação das tubas uterinas, que pode causar cicatrizes e aderências tubárias e, com elas, obstruções, dificultando ou impedindo a fecundação, aumentando o risco de infertilidade ou de gestação ectópica.

A inflamação dos ovários, ooforite, pode afetar o processo de desenvolvimento e amadurecimento folicular ou a qualidade do óvulo, impedindo a ovulação e, consequentemente, a fecundação, ou resultando em abortamento por falhas na implantação do embrião. 

Já a endometrite, inflamação do endométrio, tecido que reveste internamente o útero, pode interferir na receptividade endometrial, o que também resulta em falhas na implantação e abortamento. 

 Como é feito o diagnóstico de DIP?

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), para diagnóstico e confirmação clínica da DIP, é necessário que haja:

  • Três critérios maiores e um critério menor;

Ou

  • Um critério elaborado.

Os critérios são:

Critérios maiores

  • Dor hipogástrica;
  • Dor à palpação dos anexos;
  • Dor à mobilização de colo uterino.

Critérios menores

  • Temperatura axilar > 37,5°C ou > 38,3°C;
  • Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal;
  • Massa pélvica;
  • Mais de cinco leucócitos por campo de imersão em material de endocérvice, ou seja, após a análise da secreção presente no colo do útero, a presença de leucócitos pode indicar a inflamação;
  • Leucocitose em sangue periférico;
  • Proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação (VHS) elevada;
  • Comprovação laboratorial de infecção cervical por bactérias.

Critérios elaborados

  • Evidência histopatológica de endometrite;
  • Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem;
  • Laparoscopia com evidência de DIP.

Para isso, o médico ginecologista realiza exames como o microscópico da secreção vaginal, ultrassonografia e laparoscopia.

Como é realizado o tratamento?

O tratamento é realizado com antibióticos. Se as mulheres têm um quadro clínico mais leve e sem sinais de pelviperitonite, aplica-se o tratamento ambulatorial.

Somente quando há casos de cirurgias emergenciais, gravidez ou a incapacidade de seguir o tratamento ambulatorial, acontece a internação e antibioticoterapia endovenosa.

Qual é a melhor maneira de prevenir a DIP?

A melhor forma de prevenção da doença é usar preservativos em todas as relações sexuais. Isso diminui os riscos de infeção, pois eles atuam como uma barreira contra as bactérias que podem transmiti-la

Qual é a relação da DIP com a reprodução humana assistida?

Mulheres que já tiveram um episódio de DIP têm mais chance de ter uma gravidez ectópica ou se tornar inférteis.

Então, como a DIP é uma doença que afeta a vida reprodutiva da mulher, assim como a sua qualidade em geral, é preciso ressaltar que a demora no diagnóstico pode levar a consequências mais graves, como o risco de sequelas no sistema reprodutor. 

Em outras palavras, quanto mais rápido a mulher receber o seu diagnóstico, melhor, pois isso irá preservar a sua fertilidade. 

Sendo assim, como vimos anteriormente, a DIP pode causar infertilidade quando o processo inflamatório afeta os órgãos reprodutores, como as tubas uterinas ou os ovários. 

Vale ressaltar que a doença também pode se manifestar nos homens. Nesse caso, pode resultar na inflamação dos epidídimos, epididimite, dos testículos, orquite ou da próstata, prostatite. O que interfere na qualidade dos espermatozoides, na espermatogênese, processo pelo qual são produzidos, assim como pode causar obstruções impedindo o transporte para serem ejaculados.

Portanto, nos homens a DIP pode, da mesma forma, resultar em infertilidade.

No entanto, se a infertilidade permanecer após o tratamento primário, há ainda a possibilidade de realizar o sonho de ter um bebê por meio da reprodução assistida. A técnica mais indicada nesses casos é a fertilização in vitro (FIV)

Na FIV, a fecundação acontece em laboratório, não nas tubas uterinas e os embriões formados são transferidos diretamente ao útero. Os melhores gametas femininos e masculinos são selecionados para a fecundação e, quando os espermatozoides não estão presentes no sêmen, podem ainda ser recuperados dos epidídimos ou testículos. 

Além disso, diferentes técnicas complementares ao tratamento ajudam a solucionar diferentes problemas, como as falhas na implantação, aumentando as chances de sucesso.

Gostou de aprender mais sobre a DIP? Que tal aprofundar os seus conhecimentos sobre uma das doenças que causam a infertilidade feminina: a endometrite. Boa leitura!

FIV: veja quais são as indicações

A medicina reprodutiva vem evoluindo muito ao longo dos anos e já conta com técnicas disponíveis para atender diversos tipos de problemas de infertilidade. A principal delas é a fertilização in vitro (FIV), que possui procedimentos de alta complexidade em seu tratamento.

A técnica é realizada em etapas e, devido ao avanço na tecnologia, é possível adotar medidas que auxiliam o processo e aumentam as chances de sucesso. Alguns exames e procedimentos podem ser realizados de forma complementar.

A FIV é muito indicada em vários casos de infertilidade masculina ou feminina, principalmente os mais graves ou quando há falhas em tratamentos anteriores com outras técnicas de menor complexidade. É um método muito eficiente e possui elevados índices de sucesso.

Saiba em quais casos a FIV pode ser indicada como recurso para casais com problemas de infertilidade e conheça as etapas do tratamento.

Em quais casos a FIV pode ser indicada?

Devido às altas taxas de gravidez resultantes do tratamento e da complexidade dos seus procedimentos, a FIV é indicada em vários casos de infertilidade ou quando as outras técnicas disponíveis não são bem sucedidas: relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IS) ou intrauterina (IIU).

Para mulheres, a FIV geralmente é indicada nas seguintes situações:

  • Idade mais avançada (acima de 35 anos);
  • Baixa reserva ovariana;
  • Histórico de abortamentos de repetição;
  • Obstruções nas tubas uterinas ou ausência delas;
  • Alterações no útero causadas por malformações congênitas e doenças.

Já os fatores masculinos incluem situações como: 

  • Vasectomia;
  • Baixa concentração de espermatozoides;
  • Má qualidade dos gametas;
  • Azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen).

Antes do início do tratamento o casal passa por uma investigação de fertilidade. Em alguns casos, podem ser detectadas doenças genéticas. A FIV é importante quando isso acontece por possuir meios de prevenir a transmissão para os filhos. 

Quando os exames tradicionais falham em determinar a causa de infertilidade e o diagnóstico é de infertilidade sem causa aparente (ISCA), a FIV é a técnica mais indicada, embora, nesses casos, o tratamento possa ser inicialmente realizado pelas de menor complexidade.

Muitos casais homoafetivos ou pacientes com o desejo de produção independente procuram a reprodução assistida como solução para alcançar a gravidez e também estão entre os casos em que a FIV pode auxiliar.

Quando são indicadas outras técnicas de reprodução assistida?

A escolha do tratamento para infertilidade é feita de acordo com os resultados da investigação que o casal faz para definir as causas do problema. A partir dela, é possível definir uma linha a ser seguida, buscando a individualizar cada situação.

A RSP e a IIU são técnicas de baixa complexidade, porém muito eficientes quando utilizadas corretamente: 

RSP

Nesta técnica, nenhum procedimento é realizado em laboratório e a fecundação acontece de forma natural no corpo da mulher. Para isso, é essencial que o casal apresente boas condições reprodutivas. Os homens devem ter os resultados do espermograma comprovando boa qualidade dos gametas.

Já a mulher, não pode apresentar alterações nas tubas uterinas ou malformações no útero. Problemas mais graves do que a disfunção na ovulação, como os cistos, devem ser analisados. Alterações em órgãos essenciais para a reprodução podem atrapalhar nas tentativas de gravidez em casos de RSP.

Além de problemas ovulatórios, a técnica pode ser indicada em casos de ISCA ou de endometriose leve. Porém, o método perde em eficiência quando realizado por mulheres com idade superior a 35 anos.

IA ou IIU

A IIU também é considerada de baixa complexidade e pode ser indicada em casos mais brandos de infertilidade. Nela, a fecundação acontece da mesma forma naturalmente, nas tubas uterinas, quando os espermatozoides selecionados por técnicas de preparo seminal são inseridos no útero durante o período fértil.

Normalmente, é indicada para mulheres com idade inferior a 35 anos, que possuam um útero saudável e com pelo menos uma das tubas em condições de receber os espermatozoides para a fecundação.

Algumas situações em que a indicação da IIU acontece são: quando a mulher sofre com disfunções ovulatórias, endometriose em estágios iniciais, se houver pequenas alterações no colo do útero ou no muco cervical, o homem apresentar pequenas alterações nos espermatozoides e para casais homoafetivos femininos ou mulheres que buscam uma produção independente.

Como a FIV é realizada?

A FIV é um procedimento realizado em etapas, a maioria em laboratório. Ela tem início com o uso de medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento de folículos e assim obter mais óvulos para o tratamento, etapa chamada estimulação ovariana.

Quando os folículos atingem o tamanho ideal são induzidos por novos medicamentos hormonais ao amadurecimento final e ovulação. Após a indução da ovulação, os folículos maduros são coletados e os óvulos extraídos e selecionados para a fecundação, assim como os espermatozoides são selecionados por técnicas de preparo seminal. 

Com os melhores gametas, a fecundação acontece em laboratório e os embriões formados são cultivados em um meio de cultura adequado por até seis dias.

Quando o endométrio se encontra preparado para receber o embrião, ele é transferido ao útero materno. A implantação embrionária acontece de forma natural, assim, a FIV realiza apenas procedimentos anteriores para aumentar as chances de sucesso gestacional.

Saiba mais sobre a fertilização in vitro (FIV) e entenda detalhadamente como funciona todo o tratamento.