Como tratar a infertilidade? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Atualmente, a infertilidade conjugal é considerada uma condição grave, que atinge a população em escala global: espera-se que aproximadamente 15% da população mundial, entre homens e mulheres, se depare em algum momento da vida com o diagnóstico de infertilidade.

A alta incidência na população mundial se deve, em parte, ao aumento no ritmo de vida da sociedade contemporânea, que expõe o ser humano a situações estressantes de forma mais frequente.

Hábitos alimentares pouco saudáveis, sedentarismo ou a prática excessiva de atividades físicas, bem como distúrbios do sono, também contribuem para a diminuição da fertilidade.

A percepção e a iniciativa para mudar esses hábitos cotidianos prejudiciais é o primeiro passo no combate à infertilidade. Além disso, as formas de tratamento das doenças e condições que causam infertilidade em homens e mulheres, inclusive as técnicas de reprodução assistida, serão abordadas nesse texto. Aproveite a leitura!

Infertilidade feminina

A infertilidade feminina é uma condição que pode ser causada por três principais motivos: falhas no processo ovulatório, obstrução das tubas uterinas e alterações funcionais ou anatômicas no útero.

Com exceção das deformações anatômicas uterinas, a maior parte das doenças e condições que provocam infertilidade nas mulheres são acompanhadas de desequilíbrios na dinâmica dos hormônios sexuais, responsáveis pela coordenação dos processos envolvidos com a função reprodutiva.

Assim como a infertilidade masculina, as origens dessa condição para as mulheres podem ser genéticas, adquiridas – como infecções resultantes do contato com ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) – ou causadas pela combinação desses dois aspectos.

Idade

Contudo, a idade é um fator muito importante para avaliação da fertilidade das mulheres, já que o corpo feminino conta com uma reserva limitada de células reprodutivas, diferente do que acontece com os homens, que produzem espermatozoides por toda a vida.

As células reprodutivas femininas são formadas no período embrionário, e após o nascimento a mulher não é mais capaz de produzir novos folículos (bolsas que contém o óvulo imaturo), por isso dizemos que a reserva ovariana é um estoque limitado.

A puberdade marca o início da vida reprodutiva das mulheres, enquanto a menopausa determina o seu fim, e entre esses dois importantes eventos a mulher consome sua reserva ovariana a cada ciclo reprodutivo.

Ainda que a menopausa só aconteça por volta da quinta década de vida, a partir dos 35 anos já é possível sentir uma relevante diminuição no potencial da fertilidade das mulheres.

Esse processo é natural e fisiológico, contudo, a infertilidade feminina pode também ser causada por doenças hereditárias, por anomalias anatômicas, pela predisposição genética ao desequilíbrio hormonal e também como consequência da contaminação por ISTs.

Entre as principais causas da infertilidade feminina destacamos as seguintes condições:

Já entre os principais exames solicitados para investigação das causas da infertilidade feminina, podemos destacar os exames de imagem, como as ultrassonografias pélvica transvaginal e suprapúbica, além da histerossonografia, histeroscopia diagnóstica, ressonância magnética e a histerossalpingografia.

As dosagens hormonais também são importantes para confirmar os diagnósticos das doenças hormônio-dependentes, e são realizadas a partir da análise de amostras de sangue.

Tratamentos para infertilidade feminina

O tratamento para infertilidade feminina pode ser realizado por via medicamentosa, cirúrgica e também pela reprodução assistida, dependendo dos fatores apontados pelos exames diagnósticos e da idade da mulher.

Para a maior parte das doenças causadas por desequilíbrios hormonais – SOP e as estrogênio-dependentes – os principais sintomas, com exceção da infertilidade, podem ser controlados pela administração de contraceptivos orais combinados de estrogênio e progesterona, especialmente nos casos mais leves.

Contudo, tanto para os casos mais severos como quando o objetivo é reverter o quadro de infertilidade, na maior parte das vezes é necessário a retirada cirúrgica das massas celulares formadas pelas doenças mencionadas.

As principais formas de intervenção cirúrgica nesses casos são a videolaparoscopia e a histeroscopia cirúrgica, ambos procedimentos minimamente invasivos.

Esses procedimentos são igualmente utilizados para correção de problemas relacionados à anatomia uterina, como como a remoção de septos, indicados para os casos de útero septado didelfo (duplo) e bicorno, ou deformações causadas por doenças.

A cirurgia para reversão da laqueadura tubária também é feita por videolaparoscopia.

Infertilidade masculina

A infertilidade masculina se manifesta principalmente por quadros de azoospermia, evidenciados pelo espermograma, exame de excelência para análise dos principais parâmetros seminais.

O espermograma também é capaz de identificar alterações relativas à morfologia dos espermatozoides e à capacidade de motilidade, evidenciando quadros de teratozoospermia e astenozoospermia, respectivamente.

Com exceção da azoospermia, todas as alterações indicadas pelo espermograma afetam a função reprodutiva, seja por dificultar a chegada dos espermatozoides às tubas uterinas para fecundação, ou pela incapacidade de romper a zona pelúcida, uma barreira que protege o óvulo.

A azoospermia, por sua vez, indica a ausência de espermatozoides no líquido ejaculado e pode ser causada por fatores obstrutivos, quando o trajeto do cordão espermático se encontra bloqueado, ou por fatores não obstrutivos, que indicam problemas na espermatogênese, processo de formação dos espermatozoides nos túbulos seminíferos.

A varicocele é uma das principais doenças responsáveis por desenvolver um quadro de infertilidade por azoospermia não obstrutiva, já que as alterações nas válvulas da rede venosa, que irriga a bolsa escrotal, alteram a temperatura e a pressão internas do testículo, prejudicando a formação e o desenvolvimento de novos espermatozoides.

Na maior parte dos casos de azoospermia obstrutiva os bloqueios no interior dos canais espermáticos são decorrentes de lesões provocadas por intervenções cirúrgicas, ou de cicatrizes resultantes da contaminação bacteriana no cordão espermático.

Tratamentos para infertilidade masculina

Os tratamentos para infertilidade masculina são relativamente mais restritos que aqueles disponíveis para o cuidado dos problemas femininos, relacionados à função reprodutiva.

A varicocele pode ser tratada pela cauterização das veias defeituosas e a correção da varicocele é feita por videolaparoscopia, pelas vias inguinal e subinguinal.

Em algumas situações é possível realizar a reconexão ou a desobstrução dos ductos que compõem o cordão espermático, como é o caso da reversão da vasectomia, embora as indicações para esse tratamento dependam de outros fatores, além da própria vasectomia.

Contudo, na maioria dos casos, a infertilidade masculina é abordada com melhores chances de sucesso pelas técnicas de reprodução assistida, assunto do qual falaremos mais adiante.

ISTs (infecções sexualmente transmissíveis)

As infecções sexualmente transmissíveis oferecem um potencial de risco para saúde reprodutiva de homens e mulheres, especialmente a clamídia e a gonorreia, que podem deixar cicatrizes salientes nas tubas uterinas e no cordão espermático, obstruindo a passagem dos gametas nos dois casos.

A identificação das bactérias envolvidas nas ISTs é feita por exames laboratoriais, e o tratamento adequado é realizado a partir da administração de antibióticos específicos para cada tipo de bactéria.

A reprodução assistida como tratamento para infertilidade

 

 

A reprodução assistida também é considerada uma forma de tratamento para infertilidade conjugal, e atualmente oferece técnicas capazes de abordar praticamente todas as formas de manifestação dessa condição.

A RSP (relação sexual programada) é uma técnica de baixa complexidade, em que a ovulação é estimulada hormonalmente e a mulher é orientada a manter relações sexuais durante seu período fértil, que foi potencializado pela estimulação ovariana. Essa técnica é indicada apenas para os casos de infertilidade por oligovulação.

A IA (inseminação artificial) também é considerado uma técnica de baixa complexidade, embora os gametas masculinos sejam coletados e submetidos ao preparo seminal antes de serem depositados no interior do útero da mulher. O preparo seminal é capaz de selecionar amostras que contêm espermatozoides mais viáveis entre as obtidas por masturbação.

Apesar de as técnicas de baixa complexidade serem eficientes quando bem indicadas, a FIV (fertilização in vitro) é o procedimento que atualmente oferece as melhores taxas de gestação e soluciona praticamente todos os casos de infertilidade masculina e feminina.

Nessa técnica, os gametas masculinos e femininos são coletados e a fecundação acontece fora do corpo da mãe, em ambiente laboratorial e controlado.

Uma das principais vantagens da FIV é a possibilidade de realizar o PGT (teste genético pré-implantacional), que rastreia os embriões durante o cultivo embrionário em busca de doenças hereditárias e anomalias genéticas que possam prejudicar a gestação e o bebê.

Toque o link e acesse mais informações sobre infertilidade masculina.

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