Casais homoafetivos femininos e reprodução assistida: quais as possibilidades? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Constituir família e ter filhos biológicos faz parte dos sonhos de muitos casais, inclusive os homoafetivos. A constante evolução das técnicas de reprodução assistida e as mudanças das leis, inclusive com o reconhecimento oficial da união homoafetiva, abrem o caminho para a realização desses desejos. 

Neste artigo abordaremos as principais informações sobre a reprodução assistida, que além de tratar a infertilidade, torna possível a gravidez homoafetiva para casais femininos. Continue a leitura e confira!

O que é reprodução assistida?

A reprodução assistida é um conjunto de procedimentos técnicos e laboratoriais que viabilizam a gravidez nos casos de infertilidade ou casais homoafetivos, tanto masculinos, quanto femininos. 

As técnicas que possibilitam a gravidez dos casais homoafetivos femininos, são a inseminação artificial (IA), também chamada inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV)

Nesse caso, a decisão de qual tratamento realizar é do casal, mas é importante ressaltar que antes ambas as parceiras são submetidas a diferentes exames para confirmar a saúde reprodutiva. Apenas com os resultados, o médico especialista pode determinar a mais adequada em cada caso. 

Com funciona a reprodução assistida para casais homoafetivos femininos?

O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio de resolução, permite que os casais homoafetivos utilizem recursos de reprodução assistida para gerarem filhos biológicos. No caso dos femininos, permite ainda a gestação compartilhada, situação em que o embrião obtido a partir da fecundação dos óvulos de uma mulher é transferido para o útero de sua parceira. 

Já os casais masculinos podem contar com a barriga solidária ou cessão temporária do útero, em que útero para gestar a criança pode ser cedido por parentes de até 4º grau dos pacientes em tratamento. 

Para os casais femininos o processo é mais fácil, pois já possuem os óvulos e o útero, sendo necessário apenas os espermatozoides. Enquanto os masculinos, além da barriga solidária, devem contar com óvulos de uma doadora. 

A resolução mais recente do CFM, publicada em maio desse ano, permite que os doadores também sejam parentes de até 4º grau dos pacientes, assim como podem ser escolhidos em bancos de esperma, no caso das mulheres, e em clínicas de reprodução assistida, dos homens, de acordo com as características fenotípicas do casal. 

Como mencionado anteriormente, as técnicas mais utilizadas para a gravidez de casais homoafetivos femininos são a IA e a FIV. Confira as principais informações sobre as duas. 

Inseminação artificial

Nessa técnica, a parceira escolhida para passar pela gestação começa o tratamento com um procedimento chamado estimulação ovariana, que utiliza medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento de mais folículos, acompanhado por ultrassonografias realizadas a cada dois ou três dias, que indicam quando novos medicamentos devem induzi-los ao amadurecimento final e ovulação.

O sêmen do doador, passa pelo preparo seminal, técnica que capacita os espermatozoides por diferentes métodos, selecionando os mais saudáveis, inseridos no útero da mulher que vai gestar logo após a indução da ovulação. 

Em aproximadamente duas semanas a mulher realiza o teste de gravidez. Caso não seja positivo, novas tentativas podem ser feitas, conforme orientação da equipe médica. 

Vale ressaltar que a inseminação artificial é rápida e indolor e a paciente pode retomar suas atividades cotidianas imediatamente após o procedimento. No entanto, as tubas uterinas devem estar permeáveis, sem nenhum tipo de obstrução, uma vez que a fecundação acontece naturalmente, assim como o útero, para não haver nenhum problema no desenvolvimento da gravidez. 

Fertilização in vitro 

A FIV é indicada quando há a intenção de gestação compartilhada, se houver algum problema de infertilidade que impeça a gravidez por IA ou se o tratamento com o uso da técnica não for bem-sucedido. 

A primeira decisão do casal, após os resultados diagnósticos, é sobre qual das duas parceiras doará os óvulos, que será fertilizado pelo sêmen de um doador, e qual deverá gestar a criança. 

A doadora de óvulos, também é submetida à estimulação ovariana. Porém, após a indução da ovulação, os folículos maduros são coletados por punção, os óvulos selecionados e preparados para a fecundação. Enquanto os espermatozoides são, da mesma forma, capacitados pelo preparo seminal. 

O processo de fecundação ocorre em ambiente laboratorial. A técnica mais utilizada atualmente é a injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI): cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo com o uso de um aparelho específico chamado micromanipulador de gametas. 

Após a fecundação, os embriões formados são armazenados em uma incubadora por alguns dias, em condições muito parecidas com o útero humano, e transferidos para o útero da parceira que vai gestar. 

Assim como na IA, no caso de insucesso, é possível realizar novas tentativas. Na FIV, entretanto, os embriões que não foram transferidos, são congelados, para uso em um próximo ciclo, ou no futuro. 

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