Tratamento de DIP: como é feito? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem causar diversas complicações, entre elas, a doença inflamatória pélvica (DIP). Ela ocorre quando bactérias invadem o canal vaginal. Além das ISTs, procedimentos ginecológicos também podem ser a porta de entrada para a doença.

A DIP pode afetar ambos os gêneros, porém, vamos focar nas consequências da doença para as mulheres e mostrar por que elas precisam ficar atentas. Apesar de ter cura, a demora no tratamento aumenta o risco de danos permanentes que podem levar à infertilidade.

Ao longo do artigo, o nosso objetivo será mostrar como é feito o tratamento da DIP e quais são as possibilidades para o casal engravidar em casos de infertilidade. Mas primeiro, vamos abordar os seus principais sintomas e como ela é diagnosticada.

Boa leitura!

Quais são os sintomas da DIP?

As bactérias causadoras da clamídia e da gonorreia são os principais agentes infecciosos da DIP. Desse modo, precisamos entender como elas se manifestam.

Na maior parte dos casos, as pacientes com esses tipos de ISTs são assintomáticas, aumentando o risco de transmissão e a demora no tratamento. Quando a DIP apresenta sintomas, os mais comuns são:

  • Dor pélvica;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Corrimento amarelado com mau cheiro;
  • Sangramento anormal entre os períodos menstruais e depois da relação sexual;
  • Ardência ao urinar;
  • Febre;
  • Infertilidade.

Como a doença é diagnosticada?

O diagnóstico da DIP é feito com exames laboratoriais e de imagem. Hemograma completo, exame de urina e uma análise da amostra coletada do colo do útero da paciente são os mais pedidos. 

A ultrassonografia transvaginal também pode ser solicitada para identificar alguma alteração nos órgãos do sistema reprodutor, como obstruções e abscessos.

O tempo é um fator chave para o desenvolvimento da DIP. A demora no diagnóstico faz com que a infecção se espalhe para outros órgãos do sistema reprodutor e cause maiores danos. Ou seja, quanto mais tempo demorar, mais grave a doença pode se tornar.

Quais são as consequências da falta de tratamento?

A DIP é uma das causas mais comuns de infertilidade feminina, porém, ser diagnosticada com a doença não significa que a paciente será infértil. É a demora no tratamento que pode provocar graves consequências para a saúde reprodutiva da mulher.

A DIP pode ocasionar ooforite, inflação dos ovários, salpingite, das tubas uterinas, cervicite, do colo uterino e endometrite, do endométrio. 

Ao atingir as tubas uterinas, por exemplo, pode danificar o órgão alterando a sua anatomia. A infertilidade por fatores tubários é provocada por um bloqueio total ou parcial das tubas uterinas, que dificulta a passagem dos espermatozoides e, consequentemente, impede a fecundação. 

Além disso, a doença aumenta o risco de gravidez ectópica. Ela pode ocorrer mesmo nos casos em que o óvulo e o espermatozoide se encontram, pois existe uma maior probabilidade de o embrião implantar nas tubas uterinas devido ao bloqueio.

Como é feito o tratamento da DIP?

O tratamento da DIP depende do agente etiológico. Desse modo, é importante que o diagnóstico identifique o causador da doença. A medicação indicada para tratar a infecção por clamídia é diferente da utilizada para tratar a bactéria da gonorreia, por exemplo.

A DIP é combatida com a administração de antibióticos de dose única ou que se estendem durante alguns dias. Os primeiros sinais de melhora aparecem rapidamente, após 3 dias do início do tratamento. O parceiro também deve fazer os exames e ser tratado.

Uma das principais recomendações consiste em finalizar o tratamento da IST e confirmar a cura antes de voltar a ter relações sexuais. Assim, não há risco de reinfecção.

Nos casos em que a fertilidade não pode ser preservada, a reprodução assistida é recomendada para o casal. A técnica mais indicada para infertilidade por fatores tubários é a fertilização in vitro (FIV).

De alta complexidade, ela se diferencia das demais pois a fecundação é realizada em laboratório. De uma forma resumida, os gametas do casal são coletados e preparados para que apenas os mais saudáveis participem do processo.

Em seguida, a técnica injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) é utilizada para inserir o gameta masculino diretamente no óvulo, aumentando as chances de sucesso. Após alguns dias de desenvolvimento, os embriões são transferidos para o útero da paciente.

Uma das consequências que as bactérias responsáveis pela infecção por clamídia e gonorreia podem causar é a DIP. O principal meio de transmissão é por contato sexual desprotegido, por isso, o uso de preservativos é essencial para preveni-la. A DIP é tratada facilmente com antibióticos, porém, a demora no tratamento pode causar complicações sérias, como a infertilidade.

A dificuldade para engravidar atinge milhares de mulheres em todo o mundo. Nesse artigo, mostramos apenas um dos fatores que podem afetar a saúde reprodutiva feminina. Aprofunde-se no tema com o nosso texto sobre infertilidade!

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