SOP: o que é e qual sua relação com a infertilidade feminina - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

SOP é a sigla para uma das principais causas de infertilidade feminina, a Síndrome dos Ovários Policísticos. Apenas observando o seu nome, podemos entender um pouco sobre ela. Síndromes, na medicina, são um conjunto de sinais e sintomas que podem ter causas diversas e, em geral, desconhecidas. Em contrapartida, as doenças possuem causas e sintomas definidos.

A SOP provoca um desequilíbrio hormonal que interfere na saúde reprodutiva de milhares de mulheres. O aumento de hormônios androgênios afeta a ovulação, processo em que um folículo ovariano amadurece e libera o óvulo para a fecundação, resultando em uma dificuldade para engravidar.

Ao longo desta leitura vamos mostrar o que é a SOP e como ela se relaciona com a infertilidade feminina. Confira!

O que é SOP?

A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma condição feminina diretamente relacionada com o sistema endócrino. Ela provoca um aumento do nível de hormônios androgênios, causando problemas na ovulação e formando cistos nos ovários.

Apesar das suas causas ainda não serem reconhecidas, há teorias que relacionam a resistência à insulina a um desequilíbrio nos hormônios androgênios.

Entre eles, a testosterona é o mais conhecido. Apesar de ser muito associado aos homens, as mulheres também o produzem. Em excesso, ele provoca um distúrbio endócrino chamado hiperandrogenismo. Ele causa sintomas que podem afetar a qualidade de vida e a autoestima da mulher, podendo causar problemas de ansiedade e depressão.

Quais são os seus sintomas e como ela é diagnosticada?

Os sintomas da SOP são diversos. Em alguns casos, os sintomas relacionados ao hiperandrogenismo podem ficar mais aparentes com o tempo, enquanto para outras pacientes, a dificuldade para engravidar é o principal fator que as levou ao consultório médico.

Entre os principais sintomas causados pela SOP estão:

  • Hirsutismo (aumento de pelos na face e em locais tipicamente masculinos);
  • Acne;
  • Pele oleosa;
  • Queda de cabelo;
  • Menstruação irregular (ciclos muito longos ou ausência da menstruação);
  • Ganho de peso;

O diagnóstico mais utilizado para a SOP é baseado no critério de Rotterdam. A paciente deve, pelo menos, dois entre os três critérios a seguir:

  • Oligomenorreia (intervalos de 90 dias ou mais entre uma menstruação e a outra);
  • Hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial;
  • Presença de cistos nos ovários.

Como a SOP se relaciona com a infertilidade?

A SOP é a principal causa de infertilidade por anovulação, ou seja, por provocar a ausência da ovulação. Com isso, muitas mulheres passam meses sem menstruar devido à irregularidade na duração do ciclo menstrual. Ao tentar ter filhos, a paciente encontra dificuldade porque sem a ovulação não é possível engravidar naturalmente.

O desequilíbrio hormonal provocado pelo excesso de hormônios androgênios também interfere na qualidade do óvulo e no aumento do risco de diabetes gestacional.

A síndrome é progressiva e, com o passar do tempo, os cistos ovarianos que se formam alteram a anatomia do órgão, tornando-o até três vezes maior do que um ovário normal. No interior desses cistos estão os óvulos que não foram liberados na ovulação.

A SOP também está relacionada com o sobrepeso e a obesidade. A perda de peso e a adoção de hábitos mais saudáveis contribui para a regularidade menstrual. Em alguns casos, apenas essa mudança no estilo de vida é suficiente para regular a ovulação.

Pacientes com SOP podem engravidar naturalmente, porém pode ser mais difícil. Nesses casos e, principalmente, quando há outros fatores envolvidos que podem dificultar a gravidez, a reprodução assistida é recomendada.

Como a reprodução assistida pode ajudar mulheres que desejam engravidar?

Até o momento, a SOP não tem cura, mas é possível conviver com a síndrome e aliviar os seus sintomas. Existem diferentes condutas para o seu tratamento, de acordo com o desejo da paciente em engravidar naquele momento ou não.

Em caso de infertilidade, a paciente pode recorrer às técnicas de reprodução assistida. Todas elas têm em comum a etapa de estimulação ovariana, essencial para pacientes que apresentam distúrbios ovulatórios. Na estimulação ovariana, a mulher recebe uma medicação hormonal para desenvolver os seus folículos ovarianos e induzir a ovulação.

A relação sexual programada e a inseminação artificial são indicadas para pacientes com até 35 anos e em boa saúde reprodutiva. Elas são técnicas simples, de baixa complexidade. Caso a paciente tenha mais idade ou existir algum outro fator de infertilidade no casal, a fertilização in vitro é a técnica com melhores resultados.

A SOP é caracterizada por cistos nos ovários, hiperandrogenismo e anovulação crônica. A ausência da ovulação e o aumento no volume dos ovários devido aos cistos afetam a fertilidade feminina, pois sem a ovulação não é possível engravidar naturalmente. Nessas situações, as técnicas de reprodução assistida podem ajudar o casal a ter filhos.

Como vimos, a SOP apresenta uma variedade de sintomas, que podem afetar a qualidade de vida e a autoestima da mulher. Para saber mais sobre ela, reunimos as principais informações sobre a síndrome dos ovários policísticos no nosso site. Confira!

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