Reserva ovariana: saiba o que é - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Um dos fatores mais importantes relacionados à fertilidade feminina é a reserva ovariana. Ela diminui ao longo da idade da mulher, chegando ao fim na menopausa. Engravidar depois dos 35 anos é mais difícil por esse motivo. Porém, a tendência atual segue por um caminho diferente de décadas passadas.

Com o objetivo de priorizar a carreira e objetivos pessoais, muitas mulheres estão optando pela maternidade tardia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mães brasileiras acima dos 30 anos aumentou nos últimos anos.

Para nos aprofundarmos sobre esse tema, o foco deste artigo é a reserva ovariana. Ao longo da leitura vamos mostrar por que ela é importante e qual é a sua relação com a fertilidade feminina e a maternidade tardia.

Vamos lá!

O que é reserva ovariana?

A reserva ovariana representa a quantidade de folículos disponíveis nos ovários que ainda podem amadurecer para serem utilizados durante a ovulação. Ou seja, é o “estoque” de óvulos da mulher, pois os óvulos são armazenados dentro dos folículos ovarianos.

Eles são finitos, ao contrário dos gametas masculinos que são produzidos ao longo de toda a vida do homem. Ainda na sua vida intrauterina, entre a 20ª semana de gestação, a reserva ovariana da mulher é formada.

Ao nascer, o bebê possui mais de um milhão de folículos ovarianos. Na puberdade, o número diminui para cerca de trezentos mil. A reserva ovariana vai decrescendo até a chegada da menopausa, por volta dos 50 anos.

A reserva ovariana mede a quantidade de óvulos, mas não é capaz de avaliar a sua qualidade. Até o momento, não existe um exame que consiga medir a qualidade de um óvulo. No entanto, estimamos que os óvulos de mulheres mais jovens tenham uma qualidade superior, em comparação com mulheres mais velhas.

Entre os fatores que influenciam a reserva ovariana estão o número de folículos que a mulher possui e a velocidade que ela os perde ao longo da vida, por isso, a idade da mulher está relacionada com a fertilidade. Além disso, fatores ambientais também devem ser considerados. Pacientes em tratamento oncológico por quimioterapia ou radioterapia podem ter a sua reserva ovariana afetada, por exemplo.

Qual é a relação entre a reserva ovariana e a fertilidade?

Para entendermos a relação entre a reserva ovariana e a fertilidade, precisamos entender como funciona o ciclo menstrual. A cada ciclo menstrual, sob a influência do hormônio FSH, alguns folículos são estimulados a se desenvolverem. Apenas um deles amadurece por completo, liberando o óvulo do seu interior em um processo chamado ovulação. O óvulo se direciona até uma das tubas uterinas para aguardar a fecundação.

Esse processo se repete ao longo da vida reprodutiva da mulher. Com o tempo, a sua reserva de folículos ovarianos vai diminuindo, chegando ao seu fim na menopausa. Por isso, a idade da mulher é um dos fatores relacionados com a infertilidade.

Assim como a quantidade diminui com o tempo, o envelhecimento e a qualidade dos óvulos também são afetados a partir dos 35 anos. Esses fatores também comprometem a fertilidade feminina.

A preservação social da fertilidade é uma alternativa cada vez mais procurada por mulheres com o desejo de adiar a gravidez e driblar a queda da reserva ovariana provocada pela idade. A técnica consiste no congelamento dos óvulos por tempo indeterminado. Quando a paciente quiser engravidar, os seus gametas são descongelados e utilizados no processo de reprodução assistida.

A reprodução assistida é indicada para casos de baixa reserva ovariana?

As técnicas de reprodução assistida são cada vez mais procuradas por casais inférteis e por mulheres que desejam postergar a maternidade. Todo o processo da reprodução assistida é individualizado desde o início, pois diversos fatores devem ser considerados ao longo do caminho. Entre eles, a reserva ovariana da mulher.

A avaliação da reserva ovariana é um exame utilizado para avaliar a resposta dos folículos aos hormônios que serão utilizados durante a estimulação ovariana e a indução da ovulação, etapas que dão início a todas as técnicas de reprodução assistida.

O teste também é importante para estimar a atual reserva ovariana da paciente e indicar o melhor tratamento para ela. Para isso são realizados exames hormonais e ultrassonografia.

Para as mulheres com mais de 35 anos ou que criopreservaram os seus óvulos, a fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais indicada. Ela possui a maior taxa de sucesso, pois possibilita a adição de técnicas complementares — a criopreservação, inclusive, é uma delas — durante o seu processo, de acordo com as necessidades de cada caso.

A sua fecundação é realizada fora do corpo da paciente e, após alguns dias de desenvolvimento, os embriões são transferidos para o útero da mulher para concluir o processo da FIV.

A reserva ovariana é um dos principais fatores para medir a fertilidade feminina. Ela é finita, por isso, fatores genéticos e ambientais influenciam na quantidade de folículos ovarianos que a mulher tem disponível. Com o avanço da idade, o estoque diminui, afetando a fertilidade. Porém, o baixo número de óvulos não é motivo para que a mulher desista de ter filhos.

As técnicas de reprodução assistida são uma alternativa para mulheres com baixa reserva ovariana ou que desejam postergar a gravidez. O primeiro passo é a realização de uma avaliação da reserva ovariana. Confira como ela é realizada!

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