Ovodoação: muitas possibilidades - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

A ovodoação, ou doação de óvulos, é uma técnica complementar à fertilização in vitro e auxilia diferentes perfis de pacientes que buscam uma gestação.

Hoje a ovodoação é uma alternativa não só para mulheres inférteis, mas também para casais homoafetivos masculinos e homens que optam pela produção independente.

A técnica também pode ser uma opção interessante para mulheres que estão realizando a FIV e possuem óvulos saudáveis que possam ser doados.

Existem regras bastante específicas que regulamentam o procedimento, tanto para as doadoras quanto para os receptores. Para entender como funciona a ovodoação, quem pode receber, como ela é feita e outras informações, continue lendo:

O que é ovodoação?

A ovodoação caracteriza-se pela doação e recepção de óvulos no contexto da reprodução assistida, mais especificamente da FIV. É uma técnica indicada para pacientes que não conseguem engravidar por problemas relacionados à ovulação ou por não possuírem óvulos.

Existem duas possibilidades de realização da técnica: a ovodoação compartilhada e a ovodoação voluntária. Na compartilhada, os receptores custeiam parte do tratamento da doadora, enquanto na voluntária isso não acontece.

Para realizar a técnica, é necessário seguir as normas contidas na resolução 2168 do CFM — Conselho Federal de Medicina. Entre elas, estão:

  • O procedimento deve acontecer de forma totalmente anônima. Receptores e doadores não devem conhecer a identidade uns dos outros;
  • O procedimento não pode ter caráter lucrativo ou comercial;
  • A doadora deve ter no máximo 35 anos.

Todo o procedimento é intermediado pela clínica de reprodução assistida e as duas partes envolvidas não têm contato em nenhum momento.

Os receptores podem escolher as características físicas de sua preferência, para que o bebê formado a partir dos óvulos doados tenha uma genética semelhante à família.

Indicações da ovodoação

As indicações para a ovodoação são diferentes para doadoras e para receptores.

Em relação à doação, qualquer mulher que tenha até 35 anos e óvulos saudáveis está apta a se tornar uma doadora, porém, para a ovodoação compartilhada é necessário que a paciente esteja também em processo de fertilização in vitro.

Já para receber os óvulos doados, as indicações são:

Mulheres que não podem utilizar os próprios óvulos

Mulheres que apresentam infertilidade causada por fatores relacionados à ovulação podem optar pela ovodoação. Estes problemas podem estar relacionados à baixa reserva ovariana ou anovulação, como em mulheres com:

  • Idade avançada;
  • Distúrbios hormonais;
  • Menopausa precoce;
  • Doenças ovarianas, como SOP, endometriomas e outras;
  • Ausência dos ovários;
  • Histórico de tratamento oncológico, etc.

Casais homoafetivos masculinos

Os casais homoafetivos masculinos que estão em processo de reprodução assistida precisam, necessariamente, da ovodoação. A única técnica indicada para estes casais é a fertilização in vitro (FIV) e, além da doação de óvulos, eles precisam de um útero de substituição — também conhecido como “barriga de aluguel“.

Os óvulos doados são fecundados com os espermatozoides de um dos parceiros e os embriões formados são transferidos para o útero da mulher que vai passar pela gestação.

Não é permitido utilizar os óvulos da “barriga de aluguel”. Além disso, de acordo com as normas da CFM, os casais homoafetivos só podem se submeter à ovodoação voluntária.

Homens solteiros

Assim como os casais homoafetivos masculinos, os homens solteiros em produção independente podem receber óvulos doados para se submeter exclusivamente à fertilização in vitro com útero de substituição.

Como a ovodoação é feita?

Existem dois processos diferentes relacionados à ovodoação: o de doação e o de recepção.

Na doação compartilhada, a mulher já em processo de fertilização in vitro passa pela etapa de coleta de óvulos para utilizar em seu próprio tratamento. Ao optar pela doação, metade dos gametas saudáveis coletados é selecionada e utilizada para a fecundação dos pacientes receptores.

Já na doação voluntária, geralmente os óvulos já foram coletados para uma FIV ou preservação social da fertilidade e estão criopreservados. De a mulher não for utilizá-los, pode optar pela doação ao invés de mantê-los congelados ou de descartá-los.

Para receber os óvulos, os pacientes precisam se encaixar em um dos perfis aptos à ovodoação e a mulher que vai passar pela FIV e receber o embrião deve realizar alguns exames e, se necessário, fazer um tratamento hormonal para o preparo endometrial adequado.

Ovodoação e FIV

É importante deixar claro que a ovodoação só pode acontecer no contexto da fertilização in vitro. Esta é a única técnica de reprodução assistida na qual há a manipulação de gametas para a fecundação em laboratório.

Na relação sexual programada (RSP) e na inseminação intrauterina (IIU) a fecundação ocorre dentro do corpo da mulher com seus próprios gametas, e não é possível introduzir os óvulos de uma mulher dentro do corpo da outra para que a fecundação aconteça.

A única possibilidade é a realização da fecundação em laboratório e posterior transferência do embrião formado para o útero.

Para mais detalhes sobre as indicações e normas éticas do procedimento, continue aqui no site lendo sobre a doação de óvulos.

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