Miomas: quais são os sintomas? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

O útero é um dos principais órgãos do sistema reprodutor feminino. É nele que o embrião se implanta e se desenvolve até o nascimento. Formado por três camadas – endométrio, miométrio e perimétrio ou serosa –, duas delas são particularmente importantes ao processo de gravidez.

O endométrio, camada que o reveste internamente, é responsável por abrigar e nutrir o embrião até que a placenta seja formada: no endométrio ocorre a nidação, ou seja, a implantação do embrião. Já o miométrio, camada intermediária e muscular, promove as contrações na hora do parto.

Durante a fase reprodutiva, diferentes patologias femininas podem afetar o útero, provocando infertilidade, entre elas endometriose, pólipos endometriais, doença inflamatória pélvica (DIP) e os miomas uterinos.

No entanto, os miomas, assim como as outras doenças, têm tratamento na maioria dos casos, incluindo a reprodução assistida. As chances são maiores quando o diagnóstico é realizado precocemente: os sintomas são um alerta importante.

Quer conhecer os sintomas de miomas e saber mais como eles afetam a fertilidade? Continue a leitura deste texto.

O que são miomas?

Miomas uterinos ou leiomiomas são tumores benignos que se formam a partir da multiplicação anormal das células do miométrio: uma única célula se multiplica originando um ou mais miomas. Na maioria dos casos, mais de um mioma se forma.

Os miomas podem ser muito pequenos, visíveis apenas ao microscópio, ou atingir um tamanho grande e até ocupar todo o útero. O crescimento está associado a diferentes fatores, como hormonais, idade, obesidade, genética e menarca precoce. Além disso, mulheres negras têm mais chances de desenvolver a doença.

Miomas e infertilidade

Nem todos os miomas interferem na fertilidade. Existem três tipos de miomas: subserosos, intramurais e submucosos.

Os miomas subserosos, por exemplo, oferecem pouco risco à fertilidade, pois crescem na parte externa do útero, a camada serosa, ou perimétrio. Já os miomas submucosos estão diretamente relacionados à dificuldade de engravidar por estarem localizados próximos ao endométrio: podem dificultar a fecundação ou a fixação do embrião no endométrio para início da gravidez.

No caso de miomas intramurais, os mais comuns, que se desenvolvem no próprio miométrio, também podem afetar a fertilidade, dependendo de suas características, embora isso aconteça com menos frequência que os miomas submucosos.

Quais são os sintomas de miomas uterinos?

Há muitos casos de miomas assintomáticos. Nas pacientes que eles se manifestam, variam de acordo com a localização, tamanho e direção do crescimento do tumor.

Os sintomas mais frequentes associados aos miomas uterinos são:

  • Sangramento entre os períodos menstruais acompanhado de cólicas;
  • Sangramento menstrual intenso;
  • Períodos menstruais que podem durar mais do que o normal;
  • Cólica ou dor durante os períodos;
  • Necessidade de urinar com mais frequência;
  • Sensação de pressão na parte inferior do abdômen;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Dor abdominal;
  • Alterações intestinais, como constipação;
  • Dor lombar;

É importante ficar atenta a qualquer manifestação de sintomas. Eles podem ocorrer individualmente ou em associação e alertam para a necessidade de procurar um especialista.

Para detectar os miomas, o ginecologista realiza um exame de rotina verificando alterações na forma e volume uterino. Posteriormente, solicita diferentes exames de imagem. Os mais comuns são a ultrassonografia pélvica, a ressonância magnética (RM) e a histeroscopia ambulatorial, que permite uma visualização mais detalhada do canal cervical e da cavidade uterina.

Tratamento indicado para miomas

O tratamento de miomas uterinos depende de vários fatores, como idade, estado de saúde, sintomas ou se a paciente está grávida ou quer ter filhos ou não. Pode ser farmacológico, não cirúrgico ou cirúrgico. Se houver infertilidade, pode ser indicada a reprodução assistida, mas uma avaliação completa deve ser feita do casal.

Em mulheres assintomáticas, por exemplo, os miomas normalmente são apenas regularmente acompanhados, a não ser que haja infertilidade associada. Nesse caso, estudamos a melhor forma de a paciente engravidar.

Quando os miomas são menores e os sintomas menos intensos, geralmente é indicada a terapia hormonal, que ao mesmo tempo alivia os sintomas e promove a redução dos miomas.

Terapia hormonal específica com análogos da GnRH, hormônio que libera as gonadotrofinas LH e FSH (hormônio luteinizante e folículo-estimulante, respectivamente), age bloqueando a síntese de hormônios femininos (estradiol e progesterona). Controla o sangramento e reduz o volume do mioma, embora seu uso seja por tempo limitado, pelos efeitos colaterais que apresenta.

Suplementos de ferro são importantes se o sangramento excessivo causar anemia.

Há ainda a opção de tratamentos não cirúrgicos, como a embolização da artéria uterina, que utiliza um cateter para injetar pequenas partículas (agentes embólicos) nas artérias uterinas, que fornecem sangue aos miomas e ao útero. O objetivo é colapsar os vasos sanguíneos dos miomas, restringir o fluxo sanguíneo e fazer com que eles encolham e morram.

Quando os sintomas provocam maior impacto na qualidade de vida e a mulher está tentando engravidar, o tratamento cirúrgico pode ser a opção mais adequada. Para facilitar a remoção dos miomas, geralmente a terapia hormonal também é prescrita antes para diminuir o volume dos miomas.

O procedimento para a remoção, chamado miomectomia, é realizado por técnica minimamente invasiva, como a videolaparoscopia e a vídeo-histeroscopia (para remover principalmente miomas submucosos).

Dependendo do caso, para engravidar a mulher precisa da reprodução assistida, principalmente da fertilização in vitro (FIV).

A FIV permite contornar problemas como alterações na receptividade endometrial ou obstruções nas tubas uterinas. Além disso, é o tratamento de produção assistida com os maiores percentuais de sucesso.

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