ISCA: o que é? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Ao apresentar problemas para engravidar, o casal deve procurar ajuda médica para detectar o que está provocando esse problema. A resposta pode estar relacionada a fatores femininos, a fatores masculinos ou ambos, sendo uma probabilidade de 30% para cada. Mas uma quarta possibilidade, presente em 10% dos casos, pode provocar uma grande frustração nos casais: a infertilidade sem causa aparente (ISCA).

Essa investigação é realizada geralmente quando o casal se enquadra na definição de infertilidade. Ou seja, após 12 meses de tentativas para engravidar naturalmente sem sucesso. Como a fertilidade diminui com a idade, esse período diminui para 6 meses se a mulher tiver mais de 35 anos. Quando o motivo da infertilidade é inconclusivo, o caso é considerado de ISCA.

Neste texto, o nosso objetivo é mostrar o que é ISCA e como a investigação da infertilidade é realizada. Além disso, vamos apresentar as possibilidades de tratamento para os casais que receberam esse diagnóstico.

Confira!

O que é ISCA?

ISCA é a sigla para infertilidade sem causa aparente. O seu nome já é autoexplicativo, pois nesses casos não há um diagnóstico conclusivo para a infertilidade do casal. Isso não significa que a causa não exista, mas apenas que ela não foi identificada, por alguma razão. Ou seja, a ISCA se refere à ausência de um diagnóstico.

Para investigar o motivo da dificuldade para engravidar, o casal realiza uma série de exames. Ao longo do processo, as possíveis causas vão sendo descartadas até que uma das suspeitas seja confirmada. Porém, na ISCA, o diagnóstico é feito por exclusão e o resultado não é conclusivo pois nenhum exame apresenta alterações.

Como é realizada a investigação da infertilidade?

Uma maneira de entender melhor a ISCA é compreendendo como é feita a investigação da infertilidade. Na primeira consulta, o médico conversa com o casal para entender o histórico familiar de ambos.

Todo esse processo é individualizado. A realidade de cada casal é única e os exames solicitados podem variar. De forma geral, o percurso da investigação da infertilidade se inicia com uma pesquisa básica e vai se aprofundando para encontrar o diagnóstico.

A seguir, conheça os exames mais solicitados durante a investigação tanto da infertilidade feminina, quanto da masculina.

Investigação da infertilidade feminina

Para investigar a fertilidade feminina, a paciente realiza alguns exames de imagem e de sangue. Exames mais solicitados visam analisar a anatomia do útero, tubas uterinas e ovários e testes para verificar o nível dos hormônios relacionados à ovulação.

Entre os exames mais pedidos temos:

Investigação da infertilidade masculina

O espermograma é o principal exame para avaliar a fertilidade masculina. Ele avalia a contagem e a qualidade dos gametas em comparação com o padrão de normalidade estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Quando o espermograma não apresenta alterações, os testes de função espermática, principalmente o de fragmentação do DNA espermático, podem ser solicitados. Esses exames avaliam a presença de alguma alteração na constituição dos espermatozoides que possam levar à infertilidade.

Quais são as causas de infertilidade que podem não ser diagnosticadas de início?

Algumas doenças, mesmo tendo os seus efeitos sobre a fertilidade conhecidos pela ciência, podem ser difíceis de ser diagnosticadas quando estão em seus estágios iniciais. Por não serem detectadas durante a investigação, a conclusão pode levar à ISCA.

Entre elas, temos a endometriose, uma doença difícil de ser diagnosticada durante os estágios iniciais. Em muitos casos, a mulher é assintomática e aquelas que apresentam sintomas podem acreditar que as cólicas menstruais e dores pélvicas crônicas que estão sentindo são normais.

Além disso, doenças provocadas por infecções sexualmente transmissíveis — como a clamídia e a gonorreia — podem não provocar sintomas e dificultar o diagnóstico.

Nos casos de ISCA, como o casal pode ter filhos?

Apesar de a ISCA ser frustrante para o casal, ainda é possível ter filhos por meio da reprodução assistida. A relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) são técnicas de baixa complexidade e a fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade.

As duas primeiras são indicadas para casos leves de infertilidade e a sua fecundação ocorre dentro nas tubas uterinas da mulher. A fecundação na FIV é feita em laboratório, possibilitando o uso de técnicas mais modernas. Por isso, a sua taxa de sucesso é superior às demais.

Após sucessivos casos malsucedidos da RSP ou da IA, a FIV pode s

er indicada. Dependendo de alguns fatores, como a idade da paciente, a FIV pode ser indicada como primeira opção.

Nos casos em que a investigação da infertilidade não encontrou o motivo da dificuldade para o casal engravidar, ela é chamada de ISCA. Ou seja, os exames não evidenciaram nenhuma alteração e o diagnóstico foi inconclusivo. Mas mesmo com esse resultado o casal pode ter filhos com a reprodução assistida, principalmente com a FIV.

Para saber mais detalhes sobre esse tema, veja a nossa página sobre a ISCA!

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