Inseminação artificial (IA): saiba mais sobre essa técnica de reprodução assistida - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Ainda que os problemas de fertilidade afetem milhões de pessoas no mundo todo, têm tratamento na maioria dos casos. As técnicas de reprodução assistida são a indicação padrão para infertilidade feminina e masculina.

Relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV) são as principais, classificadas de acordo com a complexidade do procedimento. IA, assim como a RSP são consideradas de baixa complexidade, pois preveem a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas, processo conhecido como in vivo.

A inseminação artificial foi investigada ainda no século XVIII como solução para a disfunção sexual masculina – dificuldades de ereção e ejaculação – e, com o desenvolvimento da Medicina Reprodutiva, aprimorada.

Atualmente é uma das principais opções para o tratamento de mulheres com distúrbios de ovulação, ao mesmo tempo que aumenta as chances de gravidez quando há fatores a infertilidade masculina de menor gravidade, incluindo os de disfunção sexual.

Em quais casos a inseminação artificial é indicada?

Como na IA a fecundação acontece naturalmente nas tubas uterinas, elas deverão estar saudáveis. Além disso, é mais adequada para mulheres com até 35 anos, que possuam níveis mais altos de reserva ovariana, ou seja, maior quantidade de folículos (bolsas que contém os óvulos) armazenados nos ovários.

Mulheres que preencham esses requisitos podem utilizar a técnica para tratar as seguintes condições:

  • Distúrbios de ovulação: quando há dificuldades no amadurecimento do folículo ou no rompimento dele para liberação do óvulo (ovulação). Geralmente resultam de irregularidades menstruais, caracterizada por ciclos mais longos do que o normal, com maior ou menor quantidade de fluxo ou ausência de menstruação (amenorreia).
  • Anormalidades no muco cervical: muco cervical é o fluído que facilita o transporte dos espermatozoides até as tubas uterinas durante o período fértil;
  • Cicatrizes no colo do útero: cicatrizes no colo uterino dificultam a entrada dos espermatozoides e podem ser consequência de um parto, processos inflamatórios ou qualquer procedimento cirúrgico ginecológico;
  • Endometriose nos estágios iniciais: o processo inflamatório característico na doença pode causar interferência na ovulação nos estágios iniciais;
  • Infertilidade sem causa parente (ISCA): quando o diagnóstico é de infertilidade sem causa aparente (ISCA), ou seja, se os exames que investigam a infertilidade falharem em identificar a causa.

O tratamento também é possível quando há os problemas masculinos como:

  • Disfunção erétil: dificuldades em ter ou manter a ereção;
  • Problemas de ejaculação: ejaculação em pequenos volumes ou ejaculação precoce;
  • Pequenas alterações nos espermatozoides: na forma (morfologia) ou movimento (motilidade).

Desde 2013 a inseminação artificial da mesma forma que as outras técnicas de reprodução assistida, pode ser utilizada por casais homoafetivos. Está entre as opções para que casais homoafetivos femininos possam ter filhos. Nesse caso, o tratamento é realizado com a utilização de espermatozoides doados.

Como a inseminação artificial é realizada?

A primeira etapa da IA é a estimulação ovariana. Como o nome sugere é um procedimento que estimula o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos e, consequentemente, de mais óvulos.

Para isso são utilizados medicamento hormonais em dosagens mais baixas, com o objetivo de obter até três óvulos maduros, aumentando as chances de fecundação.

No ciclo natural, por exemplo, embora vários folículos cresçam, apenas um desenvolve e amadurece para posteriormente ovular. O desenvolvimento folicular é acompanhado por exames de ultrassonografia.

Quando eles estão próximos ao amadurecimento, novos medicamentos hormonais são administrados, induzindo-os à maturação final e ao rompimento. A ovulação ocorre em aproximadamente 36 horas.

Enquanto a mulher é submetida à estimulação ovariana, o sêmen do parceiro é coletado e os espermatozoides capacitados por técnicas de preparo seminal.

A inseminação é então realizada: os melhores espermatozoides são inseridos em um cateter e depositados no útero logo após a indução da ovulação. O procedimento é bastante simples e realizado na própria clínica de reprodução assistida.

Após mais ou menos quinze dias a gravidez já pode ser confirmada. As taxas são semelhantes à da gestação espontânea: entre 20% e 25% a cada ciclo de realização do tratamento. A IA pode ser realizada por até três ciclos, depois disso perde em eficácia e a indicação passa ser o tratamento por fertilização in vitro, técnica de maior complexidade.

O tratamento por IA provoca algum risco?

A IA é um procedimento considerado de baixo risco, as raras complicações podem incluir:

  • Infecções e sangramento: infecções e sangramento leve provocados pela inserção do cateter. Porém, são eventos que não interferem na gravidez e são facilmente resolvidos.
  • Gestação gemelar: o desenvolvimento de mais folículos aumenta as chances de gestação gemelar. Mesmo muitas vezes desejada pelos pais, pode ser mais perigosa para a mãe e para o bebê, quando comparada com a gravidez única.
  • Síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO): o aumento da produção de hormônios pelos ovários pode resultar no desenvolvimento de uma condição conhecida como Síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO). Ela aumenta o risco de alterações metabólicas e de problemas mais graves, como a trombose venosa profunda (TVP), principalmente nas pernas, assim como de abortamento. O acompanhamento clínico e laboratorial, entretanto, minimiza bastante o risco.

Entenda detalhadamente a IA tocando aqui.

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