Histeroscopia cirúrgica: conheça mais sobre o procedimento - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Nas últimas décadas, as técnicas de reprodução assistida evoluíram de forma mais intensa do que em qualquer outro período, aumentando as esperanças de casais inférteis que sonham em ter filhos e não estão tendo sucesso.

A infertilidade pode ser causada por fatores masculinos e femininos, por isso ela sempre é considerada conjugal, e parte dos casos de infertilidade é causada por fatores uterinos. Patologias como miomas, pólipos, septos, aderências etc. podem dificultar tanto o caminho de ascensão dos espermatozoides e a implantação do embrião como o crescimento do feto em desenvolvimento.

A investigação da infertilidade e o tratamento de doenças que podem causá-la são fundamentais quando o casal tem dificuldade de engravidar, e a histeroscopia é um recurso importante nesse contexto.

Existem duas modalidades de histeroscopia: diagnóstica e cirúrgica. Aqui vamos falar sobre a histeroscopia cirúrgica, principalmente no contexto da investigação da infertilidade e reprodução assistida.

O que é histeroscopia?

A histeroscopia é um procedimento de baixo risco feito por via vaginal com um instrumento chamado histeroscópio. O objetivo é avaliar a cavidade uterina e tratar doenças que estejam acometendo o local.

O histeroscópio é um telescópio longo e estreito conectado a uma fonte de luz para iluminar a área a ser visualizada. Existem duas modalidades de histeroscopia: diagnóstica e cirúrgica. A principal diferença entre elas é o calibre histeroscópio. Na diagnóstica ele é menor do que na cirúrgica.

A histeroscopia diagnóstica é realizada com o objetivo de visualizar o interior da cavidade uterina para diagnosticar alguma doença que possa estar afetando a região. Esse procedimento não requer anestesia, mas ela pode ser aplicada.

A histeroscopia cirúrgica é indicada quando a intervenção cirúrgica é necessária para o tratamento da doença. Nesse caso, o procedimento é feito com a mulher anestesiada.

Essa técnica pode tratar patologias como pólipos endometriais, miomas submucosos, aderências, entre outras.

Quando a histeroscopia cirúrgica é indicada?

A histeroscopia cirúrgica é indicada para tratar doenças uterinas, principalmente que estejam causando sintomas e complicações que precisam ser tratadas.

Algumas das indicações são:

  • Remoção de pólipos endometriais;
  • Remoção de miomas submucosos;
  • Biópsia do endométrio;
  • Remoção de aderências (cicatrizes);
  • Remoção de DIU (dispositivo contraceptivo intrauterino).

Nem sempre, por exemplo, os miomas precisam ser retirados. As doenças precisam ser avaliadas individualmente.

Miomas intramurais e subserosos não podem ser retirados pela histeroscopia. Geralmente a indicação nesses casos é de videolaparoscopia.

Contraindicações da histeroscopia

Existem algumas contraindicações à realização da histeroscopia: infecções pélvicas, gravidez, estenose cervical, câncer cervical e doenças cardiopulmonares.

Como é realizada a histeroscopia cirúrgica?

A histeroscopia cirúrgica é realizada em centro cirúrgico e é feita sob anestesia geral. Na maioria dos casos, a paciente fica em posição ginecológica. Técnicas de assepsia são usadas para reduzir o risco de infecção.

O cirurgião insere o histeroscópio pelo colo do útero para chegar ao útero. A cavidade uterina precisa ser distendida para ser visualizada corretamente. A distensão é feita com soro fisiológico, que promove uma distensão mais simétrica e uma melhor visualização da cavidade endometrial.

Uma vez que o tubo é instalado e o útero limpo, a luz na extremidade do histeroscópio permite que o médico verifique o revestimento do útero. 

Por último, pequenos instrumentos são inseridos para a realização da intervenção. Isso depende do que será feito.

A histeroscopia é, portanto, um método seguro e eficaz que pode restaurar a saúde e melhorar as chances de concepção natural, bem como da fertilização in vitro, se o casal ainda assim tiver dificuldade de engravidar.

Cuidados após a histeroscopia e os possíveis riscos

A recuperação de uma histeroscopia cirúrgica é rápida e geralmente não há sintoma duradouro além dos primeiros dias após o procedimento. Pode ocorrer sintoma semelhante à cólica menstrual, que alivia com medicação analgésica (a medicação deverá ser receitada pelo médico). A paciente deve evitar relações sexuais por três a quatro semanas após a histeroscopia cirúrgica.

Os riscos associados são extremamente baixos. Se realizada em um ambiente cirúrgico e por profissionais especializados, não oferece risco. 

No entanto, como em qualquer procedimento cirúrgico, podem surgir complicações. As mais frequente são: 

  • Síncope vasovagal: ocorre como consequência de um reflexo vagal ao passar o histeroscópio pelo orifício cervical interno (OCI). É caracterizada pelo aparecimento de bradicardia (diminuição na frequência cardíaca), hipotensão e tonturas;
  • Perfuração uterina: pode ocorrer no momento do acesso à cavidade uterina, criando uma falsa via, ou durante um procedimento já dentro da cavidade uterina;
  • infecção do útero: geralmente pode ser tratada com antibióticos prescritos pelo especialista.

A histeroscopia recebe alguns nomes de acordo com a doença que trata: polipectomia (tratamento de pólipos), miomectomia (tratamento de miomas) e assim por diante.

Essa técnica cirúrgica é considerada uma das mais avançadas e considerada padrão-ouro no tratamento de muitas doenças.

O tempo de procedimento pode variar de acordo com a complexidade da intervenção, mas geralmente é rápido.

Para saber mais sobre as indicações e contraindicações da histeroscopia, toque no link.

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