Histeroscopia ambulatorial ou diagnóstica: veja as indicações e como é feita - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

O útero é um dos órgãos fundamentais no processo reprodutivo e participa de eventos importantes, como o transporte de esperma, implantação do embrião (nidação) e nutrição do bebê durante toda a gestação.

Vários fatores anatômicos uterinos podem causar infertilidade, abortos de repetição ou parto prematuro. Eles podem ser anormalidades anatômicas congênitas (desde o nascimento), como malformações uterinas, ou anormalidades adquiridas, como miomas intrauterinos, pólipos endometriais e sinequias uterinas.

Inúmeras técnicas diagnósticas, dentre as quais se destaca a histeroscopia ambulatorial, também conhecida como histeroscopia diagnóstica, têm contribuído para o diagnóstico e tratamento dessas patologias, restaurando as funcionalidades do útero, o que aumenta as chances de uma implantação embrionária bem-sucedida, por exemplo.

Vamos esclarecer neste texto os aspectos mais importantes relacionados a esse tema. Tome nota!

O que é histeroscopia ambulatorial ou diagnóstica?

A histeroscopia ambulatorial é uma técnica minimamente invasiva utilizada para examinar o interior do útero. É feita com um instrumento chamado histeroscópio, que transmite em tempo real imagens a um monitor para que o cirurgião possa fazer as intervenções que sejam necessárias.

É um procedimento simples e seguro realizado em ambulatório que ajuda a diagnosticar problemas no útero e a investigar a infertilidade feminina.

A histeroscopia é uma das técnicas mais avançadas hoje para diagnóstico e tratamento de condições uterinas. É considerada padrão-ouro para o tratamento de diversas doenças.

Quais são os tipos de histeroscopia?

Existem duas modalidades de histeroscopia: ambulatorial, também conhecida como diagnóstica, e cirúrgica.

Histeroscopia ambulatorial

A histeroscopia ambulatorial é indicada para detectar alterações no útero de forma geral (miomas e malformações), incluindo no endométrio (miomas, pólipos, neoplasias etc.).

Esse exame tem finalidade diagnóstica e é uma intervenção rápida e minimamente invasiva. Mesmo assim, às vezes pode ser aplicada anestesia local para reduzir o desconforto da paciente tanto quanto possível.

Em casos raros, a histeroscopia diagnóstica pode tratar pequenos miomas e pólipos, dependendo das características da doença.

Histeroscopia cirúrgica

Além de ser um instrumento de observação como a diagnóstica, a histeroscopia cirúrgica também pode realizar intervenções para tratar doenças.

Muitas vezes, a histeroscopia diagnóstica não é necessária, dependendo dos exames que tiverem sido feitos previamente. Se houver suspeita de pólipo, por exemplo, ao ultrassom, a mulher pode ter indicação de histeroscopia cirúrgica direto, sem a necessidade da diagnóstica.

Quando uma histeroscopia ambulatorial é indicada?

Na medicina reprodutiva, a histeroscopia ambulatorial é considerada uma ferramenta muito útil para o diagnóstico e tratamento de casais inférteis.

Esse exame frequentemente auxilia a confirmar ou descartar a presença de pólipos ou miomas, aderências intrauterinas ou malformações no útero, que podem colocar em risco a fecundação, implantação (nidação) ou o desenvolvimento do embrião.

A histeroscopia diagnóstica também pode ser indicada nos casos em que há irregularidades na menstruação, quando houver suspeita de que a causa da infertilidade feminina esteja relacionada ao útero, nos casos de abortamentos de repetição ou quando, na história anterior da paciente, for observado que houve falhas de implantação em ciclos de FIV.

Contraindicações

As contraindicações são poucas e incluem:

  • Gravidez: a histeroscopia ambulatorial é um método minimamente invasivo, mas é contraindicada para pacientes grávidas, pois pode levar à infecção do embrião ou interromper uma gravidez;
  • Infecção cervical ou uterina recente: existe o risco de espalhar a infecção para a cavidade peritoneal através das trompas de falópio;
  • Sangramento uterino profuso.

Como a histeroscopia ambulatorial é realizada?

O exame é realizado no consultório médico e a paciente fica em posição ginecológica. O médico procede à dilatação do útero com soro fisiológico, de forma que haja espaço suficiente para a introdução do histeroscópio, pequeno tubo que emite luz, de aproximadamente 4 mm de diâmetro, com uma pequena câmera na ponta.

Pela câmera, o médico pode visualizar o útero em tempo real, identificando alterações ou lesões, e, caso encontre algum problema, pode retirar uma amostra de tecido (biópsia) e enviá-la ao laboratório para análise. Dessa forma, o médico pode concluir um diagnóstico e determinar o melhor tratamento.

O melhor momento para fazer a histeroscopia ambulatorial é logo após o término da menstruação, no início da fase proliferativa. Se o procedimento for realizado durante a fase lútea, o endométrio é mais espesso e tem uma aparência ondulada, o que pode levar a diagnósticos equivocados.

Complicações

Atualmente, as complicações da histeroscopia ambulatorial são cada vez menos frequentes e menos graves. Todo o material utilizado foi sendo aprimorado com o tempo e hoje a cirurgia é feita com grande precisão. As câmeras de vídeo são digitais e dispositivos eletrônicos controlam precisamente o volume de fluxo perfundido do meio de distensão, bem como a pressão intrauterina.

A histeroscopia ambulatorial é, portanto, uma ferramenta importante na atenção à saúde da mulher e pode ser indicada para identificar e tratar diversos problemas.

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