Dor pélvica: o que é? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Apesar de incômoda e indesejada, a dor é considerada um mecanismo de defesa do corpo humano, sinalizando a presença da maior parte dos danos que podem representar riscos para a saúde e também para a vida das pessoas.

Por isso, muitas doenças que afetam o ser humano manifestam sintomas álgicos, inclusive as que podem prejudicar o funcionamento dos órgãos abdominais e pélvicos.

Quando os sintomas dolorosos estão localizados no abdômen ou na cavidade pélvica, as origens podem ser mais difíceis de precisar do que nos casos de acidentes e fraturas ósseas, por exemplo, mais evidentes, inclusive, para não especialistas.

Entre as principais condições que provocam dor pélvica, a maior parte está relacionada com a saúde do sistema reprodutivo de homens e mulheres, podendo também indicar alterações urinárias e intestinais, muitas vezes consequência de doenças ginecológicas e andrológicas pela proximidade dos órgãos e estruturas desses sistemas.

Leia o texto e entenda melhor o que é dor pélvica e quais doenças podem ser sinalizadas por esse sintoma.

O que é dor pélvica?

 

A dor pélvica é uma dor localizada no baixo-ventre, também chamado de cavidade pélvica, podendo se manifestar de forma aguda, como pontadas, ou irradiar-se para as costas, abdômen e, quando é mais severa, para as pernas.

As formas com que as dores pélvicas se manifestam podem ser crônicas e contínuas, indicando condições específicas, mas também agudas como as cólicas menstruais, que em algumas doenças adquirem uma intensidade praticamente incapacitante.

Quando, além da dor pélvica, a mulher apresenta sangramento uterino anormal e principalmente febre, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente.

O que provoca dor pélvica?

Entre as principais doenças que têm a dor pélvica como um sintoma central, podemos destacar:

A DIP é resultado de ao menos um episódio de infecção polimicrobiana – causada por diversas bactérias, simultaneamente –, que dispara um processo inflamatório local e, se não tratada adequadamente, pode resultar em sepse, infecção generalizada que oferece risco de morte.

Já a dor pélvica causada pela endometriose, adenomiose e também pelos miomas uterinos, é resultado do crescimento das massas celulares típicas de cada doença, normalmente compostas por algum tipo de tecido ectópico: endométrio e miométrio ectópicos, no caso da endometriose e dos miomas uterinos, respectivamente, ou como acontece na adenomiose: o desenvolvimento anormal do tecido endometrial em seu próprio local de origem, mas no miométrio.

A dor pélvica pode se manifestar, nesses casos, por cólicas menstruais muito intensas e pela sensação de peso e aumento abdominal, provocados normalmente pelo crescimento das massas celulares envolvidas na doença.

No caso das ISTs, pode vir acompanhada de sintomas como corrimento de odor desagradável e a presença de secreção purulenta nos órgãos sexuais, além de febre, náusea e vômitos quando as infecções estão ativas.

Quais as consequências da dor pélvica?

Ao contrário do que muitos imaginam, a presença de dor pélvica não necessariamente significa que a função reprodutiva da mulher possa estar sendo afetada, a ponto de criar um quadro de infertilidade feminina, embora esse sintoma deva sempre ser considerado um sinal importante e indicativo da necessidade de buscar atendimento médico.

Contudo, em alguns casos, especialmente se acompanhada de outros sintomas mais específicos, a dor pélvica pode sinalizar principalmente a gravidade de algumas doenças com potencial para afetar a fertilidade das mulheres, como é o caso dos miomas, especialmente os submucosos, e da adenomiose, ambas doenças que afetam a receptividade endometrial.

Da mesma forma, as diversas manifestações da DIP, como endometrite, salpingite, ooforite e peritonite, que prejudicam diretamente a fertilidade das mulheres, seja por alterar a composição do endométrio, seja por prejudicar os processos ovulatórios, têm a dor pélvica como um dos sintomas principais.

Como a dor pélvica pode ser tratada?

O objetivo prioritário do tratamento para as doenças que causam dor pélvica é o controle desse sintoma, que pode ser incapacitante e oferece, além dos prejuízos fisiológicos, também danos à saúde mental, já que a mulher pode se ver isolada socialmente e com dificuldades no ambiente de trabalho, decorrentes de episódios intensos.

Nos casos mais leves, a maior parte das doenças que provocam o sintoma pode ser controlada com a administração de contraceptivos orais combinados de estrogênio e progesterona, que ajudam a regular o ciclo reprodutivo e podem provocar a involução de algumas massas celulares, como nos casos de miomas.

Quando os sintomas são muito intensos, ou se a infertilidade for simultânea à dor pélvica e a mulher deseja engravidar, é possível que apenas a retirada das massas tumorais ou implantes seja capaz de cessar os sinais dolorosos e exercer algum efeito sobre o quadro de infertilidade.

Os principais procedimentos utilizados para essas intervenções são a videolaparoscopia e a histeroscopia cirúrgica, ambos minimamente invasivos e com prognóstico pós-operatório de melhora em curto prazo.

Reprodução assistida

A reprodução assistida pode ser indicada quando os tratamentos específicos sobre as doenças que causam a dor pélvica, ainda que tenham controlado os sintomas álgicos, não foram capazes de reverter o quadro de infertilidade.

As principais técnicas disponíveis atualmente são a RSP (relação sexual programada), a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro). Entre elas, a FIV é a técnica mais complexa e abrangente, e também a que oferece as melhores taxas de gestação, para a maior parte dos casos de infertilidade.

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