Doação de sêmen: para que serve e como é feita? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Na reprodução assistida existem tratamentos disponíveis para problemas de infertilidade por fatores masculinos ou femininos. A principal técnica é a fertilização in vitro (FIV), que conta também com alguns métodos complementares no tratamento.

Uma das técnicas complementares da FIV é a doação de gametas e de embriões, quando o material biológico utilizado é de doadores. O procedimento é feito de forma voluntária, anônima e sem qualquer fim lucrativo. 

Em alguns casos, pode haver problemas com os gametas, tanto masculinos quanto femininos, fazendo com que a doação de óvulos e de sêmen seja uma opção. Quando ambos sofrem com alterações em seu material genético, é possível optar pela doação de embriões, sendo o feto totalmente constituído de material biológico de doadores.

Essas técnicas são importantes recursos da reprodução assistida, uma vez que conseguem solucionar algumas questões que dificultam o alcance da gravidez. A seguir, saiba como funciona a doação de sêmen e entenda como ela é feita.

O que é a doação de gametas?

A doação de gametas se torna uma opção quando o casal passa por problemas graves de infertilidade, sejam masculinos ou femininos. Normalmente ela acontece quando não existe a possibilidade de recuperação nas técnicas de reprodução assistida e os gametas não são suficientes em quantidade e qualidade para o tratamento.

Existem normas éticas do Conselho Federal de Medicina (CFM) que orientam a prática de doação, incluindo a de sêmen, que é feita quando não há espermatozoides suficientes para o tratamento ou quando são de baixa qualidade.

Uma das principais é a proibição da prática com fins lucrativos ou comerciais. É também determinado que doadores e receptores tenham a garantia do sigilo e do anonimato, não conhecendo as identidades uns dos outros. Para homens que desejam doar seu material genético, a prática é permitida até os 50 anos de idade.

As clínicas e bancos de sêmen devem manter um registro permanente dos doadores com as suas características fenotípicas, dados clínicos e a amostra do material genético. É permitida a repetição da doação, desde que os receptores sejam os mesmos.

Como é feita a doação de sêmen?

Inicialmente, o doador passa por uma avaliação do seu histórico clínico e dos seus parâmetros seminais. São analisados detalhes importantes como a presença de doenças genéticas ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Com isso, é possível identificar se ele está apto ao procedimento e se o sêmen pode gerar embriões saudáveis.

A coleta é feita por masturbação na clínica e é indicado que o doador mantenha pelo menos dois dias sem ejaculação antes do procedimento. É um processo simples e rápido, mas que pode ajudar muitos pais com o sonho de alcançar a gravidez. Mais de uma coleta é feita para analisar completamente o material, obtendo resultados da sorologia, cariótipo e do espermograma.

O espermograma é realizado para analisar as condições dos espermatozoides quanto à sua qualidade, quantidade, morfologia e motilidade. Em seguida, a amostra passa por uma preparação seminal para que possam ser selecionados os melhores gametas para o congelamento.

O material permanece congelado até o momento em que for selecionado para o tratamento. Normalmente, os casais escolhem de acordo com características fenotípicas do doador para manter a semelhança com os pais receptores.

Quando a doação de sêmen é indicada?

Além da FIV, a doação de sêmen pode ser utilizada em outra técnica de reprodução assistida: a inseminação intrauterina (IIU) ou inseminação artificial (IA). Isso é possível porque a IIU realiza a injeção dos espermatozoides no útero da mulher para que ocorra a fecundação, sendo eles originados do parceiro ou de banco de doação.

A indicação da técnica de doação de sêmen é feita em alguns casos de infertilidade masculina mais graves. Um deles é para homens com alterações ou doenças que causam azoospermia, a ausência de espermatozoide, ou oligozoospermia, quando a quantidade de gametas não é suficiente para o tratamento, cujos espermatozoides não puderam ser coletados por recuperação espermática.

Casos em que o homem possui algum tipo de doença genética que pode ser transmitida para o feto, também podem utilizar a doação para realizar os procedimentos de reprodução e evitar o risco do desenvolvimento de síndromes e anomalias cromossômicas.

A baixa qualidade dos gametas masculinos pode fazer com que ocorram falhas durante o tratamento, trazendo a necessidade do uso de banco de doações de sêmen. Esse problema pode atingir, inclusive, homens em tratamento contra o câncer, devido a efeitos colaterais que provocam alterações hormonais e interferem na espermatogênese, atrapalhando assim a produção dos espermatozoides.

Outra possibilidade para o uso da doação de sêmen é em casos de produção independente, quando a mulher solteira decide passar pela reprodução assistida para ter filhos. Casais homoafetivos femininos, que necessitam do material biológico masculino, também podem optar pela doação de sêmen para alcançar a gravidez.

Se esse conteúdo foi útil para você, leia mais sobre a doação de sêmen e entenda em quais casos ela pode ser utilizada na reprodução assistida.

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