Como identificar a infertilidade? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Ao sentir dificuldades para ter filhos naturalmente, muitas pessoas acreditam ter um problema de infertilidade. Embora essa seja uma possibilidade, a condição só é considerada após um ano de relações sexuais frequentes sem o uso de anticoncepcionais.

As possíveis causas do problema são variadas. Doenças, desequilíbrios hormonais, uso de substâncias químicas e até alguns hábitos, como o alcoolismo, o tabagismo e o sedentarismo, podem levar homens e mulheres a desenvolver um quadro de infertilidade.

Nos homens, o problema pode ser causado, por exemplo, por obstrução nos dutos que transportam os espermatozoides, anormalidades na anatomia do órgão genital ou traumas e como consequência de cirurgias escrotais.

A infertilidade feminina, entretanto, pode surgir devido a diferentes condições relacionadas ao funcionamento do sistema reprodutor, como distúrbios ovulatórios, obstruções uterinas, anormalidades da anatomia do útero e até mesmo o avanço natural da idade.

O diagnóstico da infertilidade pode ser um desafio em alguns casos, especialmente quando não há sintomas. No entanto, é importante conhecer os possíveis sinais e condições de saúde relacionadas para, diante de qualquer indicativo, procurar um médico, investigar o problema e solucioná-lo.

Este artigo tem o objetivo de ajudar nesse sentido. Acompanhe a leitura e descubra quais são os principais sintomas de infertilidade masculina e feminina, as condições de saúde associadas e de que maneira o problema pode ser diagnosticado.

Sintomas de infertilidade masculina

O homem pode desenvolver a infertilidade devido a diversas condições e, em muitos casos, é assintomático.

A azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen), por exemplo, é um dos problemas mais graves de infertilidade masculina, mas não manifesta sintomas.

Outras doenças, no entanto, podem apresentar desconfortos e indicativos físicos. Alterações no tamanho dos testículos, dor, inchaço, vermelhidão e a presença de nódulos na região genital, por exemplo, podem indicar varicocele, doença que consiste no surgimento de varizes na bolsa testicular e que prejudica o processo de produção de espermatozoides.

Alguns desses sintomas também podem estar relacionados a processos infecciosos e a ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como a uretrite, a orquite, a epididimite e a prostatite.

Nesses casos, o homem sente principalmente dor e queimação ao urinar ou ao ejacular, irritação ou inchaço no órgão genital, coceira e sensibilidade. A infecção também pode gerar a presença de sangue na urina, de secreção peniana e linfonodos na região.

Os sintomas de infertilidade masculina podem ser, no entanto, mais simples. Quando o homem tem distúrbios hormonais, como alterações nos níveis de testosterona, pode apresentar sinais comumente associados ao problema, como irritabilidade, desmotivação, ginecomastia (aumento das glândulas mamárias), diminuição na libido e problemas de ereção ou ejaculação.

Sintomas de infertilidade feminina

As mulheres podem desenvolver a infertilidade devido a diversas condições de saúde, inclusive processos inflamatórios e ISTs.

Assim como os homens, também podem apresentar desconfortos ao urinar e, ainda, ao evacuar. No entanto, os sinais costumam ser mais leves ou inexistentes.

Febre, calafrios, coceira, corrimento vaginal, sangramentos não-relacionados ao período menstrual e dores, que podem se manifestar na região abdominal ou nas relações sexuais, são também sintomas de ISTs e de outras condições, como pólipos endometriais, adenomiose e DIP (doença inflamatória pélvica).

Aliás, a dor, que inclui cólicas, é um sintoma comum a muitas doenças que exercem influência no potencial reprodutivo de mulheres. É um sinal, por exemplo, de trombofilia, de endometriose e de anomalias müllerianas.

Em alguns casos, o problema pode ser acompanhado de períodos menstruais e fluxos irregulares, incluindo amenorreia (ausência de menstruação).

Esses podem ser sintomas de, por exemplo, problemas na tireoide, miomas e da SOP (síndrome do ovário policístico).

Essa última, aliás, está associada a sintomas muito específicos. A mulher pode desenvolver traços mais comuns aos homens, como pelos no rosto, nos seios e no abdômen, acne e ganho repentino de peso.

Algumas condições também são assintomáticas nas mulheres, que só percebem o problema devido à dificuldade para engravidar. As anomalias müllerianas, por exemplo, podem não emitir quaisquer sinais de sua existência.

A própria idade da mulher é um fator muito importante. Após os 35 anos, seu potencial reprodutivo reduz devido à diminuição natural da reserva ovariana e da qualidade dos seus óvulos.

Exames que podem diagnosticar a infertilidade

Mesmo que se passe um ano após tentativas frequentes sem o uso de anticoncepcionais, é preciso confirmar o diagnóstico e descobrir a causa da infertilidade.

Além da avaliação do histórico de saúde e familiar e da análise física, podem ser requisitados exames de imagem, como a ultrassonografia, a ressonância magnética e a histerossalpingografia.

Na investigação da infertilidade provocada por algum fator em específico, como a baixa qualidade de gametas, distúrbios hormonais ou problemas genéticos, os especialistas podem, ainda, solicitar outros exames, como o espermograma, a avaliação da reserva ovariana e o teste de função espermática.

A infertilidade pode ser causada por diversas condições de saúde, muitas vezes assintomáticas. No entanto, desconfortos urinários, dores, coceira, irritação, febre, secreções, sangramentos, mudanças no humor e no desejo sexual, irregularidades menstruais e o desenvolvimento de características físicas atípicas indicam a condição. Se houver suspeita é preciso procurar um médico para realizar exames, descobrir a causa e confirmar a infertilidade.

Se você quiser saber mais sobre como pode identificar o problema, leia o texto Como descobrir se sou infértil?

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