Causas de infertilidade masculina - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Durante muito tempo acreditou-se que a infertilidade conjugal somente poderia ser resultado de problemas no aparelho reprodutivo das mulheres, gerando um estigma que prejudicou inclusive as pesquisas sobre infertilidade masculina.

Atualmente, sabe-se que, apesar de a participação de fatores masculinos e femininos na composição do diagnóstico final de infertilidade conjugal ser relativamente semelhante, a infertilidade masculina tem se mostrado muitas vezes mais prevalente do que a infertilidade feminina.

Entre as principais causas da infertilidade masculina podemos destacar:

  • Azoospermia obstrutiva;
  • Azoospermia não obstrutiva;
  • Varicocele;
  • ISTs (infecções sexualmente transmissíveis);
  • Vasectomia;

Esse texto mostra detalhadamente quais são as principais causas da infertilidade masculina, e como essas doenças podem ser tratadas. Veja!

Causas da infertilidade masculina

A fertilidade masculina, de forma geral, pode ser afetada por dois principais motivos: problemas relacionados à formação dos diversos componentes do sêmen – espermatozoides e líquidos glandulares – ou pela obstrução do trajeto percorrido pelo esperma até o momento da ejaculação.

Na maior parte dos casos de infertilidade masculina o espermograma, exame mais utilizado para analisar a qualidade do sêmen, resulta em azoospermia e as causas desse quadro ainda precisam ser investigadas a partir de outros exames, especialmente aqueles que fornecem imagens, como a ultrassonografia testicular.

As doenças que prejudicam o potencial reprodutivo dos homens podem ter origens genéticas, ambientais ou ser causadas por uma combinação desses dois fatores.

Doenças que causam azoospermia não obstrutiva

Varicocele

A varicocele é uma doença que pode se manifestar ainda na adolescência, causando aumento do volume testicular, além da sensação de dor e peso nessa região.

A infertilidade por varicocele é decorrente das alterações no interior da bolsa escrotal provocadas pela doença. Elas afetam a espermatogênese pelo aumento da temperatura e pressão testiculares, resultado do acúmulo de sangue que os defeitos valvulares da rede venosa escrotal provocam.

Exposição a substâncias tóxicas

Em alguns casos os homens podem se ver expostos a um maior contato com substâncias tóxicas, especialmente poluentes, fertilizantes e radiação, inclusive por motivos profissionais, que podem prejudicar a formação dos espermatozoides.

Além disso, aqueles que passam pelo tratamento para o câncer, como a quimioterapia e a radioterapia, apresentam declínio considerável na função reprodutiva após o final.

Para essas pessoas, a preservação oncológica da fertilidade deve ser indicada, por ser um procedimento que permite a coleta e congelamento do sêmen, que pode ser utilizado após o fim do tratamento.

Hábitos cotidianos

Alguns hábitos cotidianos também oferecem um potencial para diminuir a capacidade reprodutiva dos homens, com destaque para o tabagismo, etilismo e o consumo de substâncias estimulantes, bem como as recorrentes rotinas estressantes, que incluem poucas horas de sono, má alimentação, o sedentarismo e também o excesso de atividades físicas.

Essas interferências também prejudicam o processo de espermatogênese, podendo levar a quadros de azoospermia não obstrutiva.

Doenças que causam azoospermia obstrutiva

As principais formas de azoospermia obstrutiva são causadas pela atividade bacteriana nas diversas estruturas do cordão espermático, incluindo os epidídimos, canal deferente e também a uretra.

Na maior parte das vezes as bactérias responsáveis por esses quadros infecciosos são transmitidas por via sexual, ainda que outras, como as provenientes do sistema urinário, possam causar uretrites com potencial para prejudicar a função reprodutiva masculina.

As principais ISTs que tendem a formar aderências no interior dos túbulos são a clamídia e a gonorreia, embora alguns casos de Herpes simplex possam produzir saliências igualmente prejudiciais.

Essas doenças podem afetar a fertilidade masculina mesmo após o tratamento, pois oferecem risco para a formação de cicatrizes nos locais parasitados, normalmente compostos por tecidos bastante delicados.

Vasectomia

A vasectomia é a cirurgia de esterilização masculina. Realizada de forma voluntária, é atualmente o único método contraceptivo masculino disponível, além do preservativo.

É comum que os homens se arrependam da vasectomia. A cirurgia de reversão é possível, ainda que indicada apenas em algumas situações, especialmente quando passou pouco tempo entre a vasectomia e a cirurgia de reversão, e também quando a companheira com quem esse homem deseja ter filhos tem menos de 35 anos.

Para todos os outros caso, a reprodução assistida tem apresentado melhores resultados do que aqueles obtidos pela reversão da vasectomia.

Outras alterações seminais

Além da azoospermia, problemas na espermatogênese podem gerar também células reprodutivas que apresentam a motilidade ou a sua morfologia alteradas, provocando quadros de astenozoospermia e teratozoospermia, respectivamente.

Nesses casos, ainda é possível que a fecundação ocorra, porém, as anomalias espermáticas diminuem drasticamente as chances, assim como de que a gestação transcorra até o parto com segurança.

A infertilidade masculina tem tratamento?

Diferente da infertilidade feminina, que pode ser revertida a partir de procedimentos que vão desde tratamentos medicamentosas a intervenções cirúrgicas, a maior parte dos casos de infertilidade masculina só pode ser solucionada pela intervenção cirúrgica ou pela reprodução assistida.

A varicocele é um exemplo de doença que pode ser corrigida cirurgicamente, pela cauterização dos vasos defeituosos na rede venosa da bolsa escrotal. A cirurgia costuma atenuar os sintomas e, se realizada de forma precoce, pode também evitar que a infertilidade se instale de forma permanente.

Outra forma de intervenção cirúrgica para infertilidade são as tentativas de reconexão dos túbulos que compõem o cordão espermático, utilizadas para reverter a vasectomia e como tratamento para cicatrizes e aderências deixadas por eventuais processos infecciosos na região. Essas intervenções, porém, apresentam baixo potencial de reversão do quadro de infertilidade masculina.

Apenas as ISTs podem ser abordadas pelo tratamento medicamentoso com sucesso, nesse caso sempre por antibióticos específicos para as bactérias em questão. Importante lembrar que a parceria deve ser também tratada com os antibióticos de forma preventiva, mesmo que não apresente sintomas evidentes.

Reprodução assistida

A reprodução assistida tem oferecido boas taxas de gestação, mesmo para homens com problemas severos relativos à sua função reprodutiva.

Das técnicas disponíveis, a única totalmente contraindicada é a RSP (relação sexual programada), já que esse procedimento depende da perfeita integridade do sistema reprodutivo masculino.

Para os casos de infertilidade masculina leve e causados por azoospermia não obstrutiva, a IA (inseminação artificial) pode ser indicada, pois essa técnica prevê a possibilidade de preparo seminal.

No preparo seminal, a amostra de sêmen é fracionada por procedimentos envolvendo a centrifugação desse material, e sua divisão em fases distintas possibilita a coleta de extratos contendo o maior número de espermatozoides viáveis, antes da inseminação.

Contudo, a FIV (fertilização in vitro), é considerada a técnica que oferece maiores chances de conseguir uma gestação para os homens acometidos por distúrbios reprodutivos leves, moderados ou severos.

Mesmo aqueles que manifestam infertilidade por azoospermia podem ser beneficiados pela FIV, especialmente pela possibilidade de coletar os espermatozoides por punção testicular, diretamente nos epidídimos ou túbulos seminíferos.

A FIV abre espaço, ainda, para a realização do PGT (teste genético pré-implantacional), que rastreia os embriões de forma preventiva em busca de doenças genéticas, hereditárias ou não, melhorando a chance de uma gestação de sucesso.

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