Causas de infertilidade feminina - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Infertilidade conjugal é um termo utilizado para se referir a somatória final de todas as causas que levaram às dificuldades ou à impossibilidade de engravidar, do casal como um todo.

A infertilidade é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela comunidade médica internacional, como a dificuldade que um casal manifesta de engravidar ou de manter a gestação até o parto, mesmo após 12 meses de tentativas sem o uso de qualquer tipo de contraceptivo.

Isso significa que tanto os casos em que a mulher quer engravidar e não consegue, quanto aqueles em que o casal passa por sucessivas perdas gestacionais – abortos de repetição – são consideradas formas de infertilidade conjugal.

Nos acompanhe na leitura do texto a seguir e compreenda, de forma mais detalhada, quais são as principais causas da infertilidade feminina e como funcionam as doenças e condições envolvidas em cada caso.

O que pode causar infertilidade feminina?

Idade

Ainda que a mulher não seja acometida por qualquer doença ou condição que prejudique sua função reprodutiva, a simples passagem de tempo leva a uma redução natural da fertilidade feminina.

Durante a idade reprodutiva, os processos ovulatórios consomem gradativamente a reserva ovariana, e aproximadamente na quinta década de vida não existem mais gametas femininos disponíveis para a fecundação: a menopausa marca o fim da vida reprodutiva da mulher.

Doenças

A maioria das doenças que afetam a fertilidade das mulheres têm origem genética, mas também podem ser adquiridas ao longo da vida, como é o caso principalmente das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), com destaque para clamídia e gonorreia, que podem afetar a função tubária de forma permanente.

A clamídia e a gonorreia oferecem risco à fertilidade das mulheres não apenas por que parasitam o sistema reprodutivo, prejudicando temporariamente suas funções, mas principalmente porque, mesmo após o tratamento, podem deixar cicatrizes nos lugares em que a bactéria se instalou, formando aderências salientes.

Quando essas aderências estão localizadas no interior das tubas uterinas, diminuem o diâmetro interno dessas estruturas e, por isso, impedem a fecundação e aumentam os riscos para gravidez ectópica.

As demais doenças que provocam infertilidade feminina têm origens genéticas, hereditárias ou não, e se manifestam por alterações hormonais ou pela formação de massas celulares anormais.

As doenças estrogênio-dependentes normalmente estão relacionadas à formação de massas celulares atípicas ou ectópicas, como acontece nos casos de endometriose, miomas uterinos, pólipos endometriais, além de alguns tipos de câncer de endométrio:

Endometriose

Na endometriose, o tecido endometrial passa a se desenvolver também fora da cavidade uterina, seu local de origem, especialmente aderido a outros tecidos da cavidade pélvica.

Por continuar responsivo a ação estrogênica do ciclo reprodutivo, os focos desencadeiam processos inflamatórios locais, provocando sintomas dolorosos e intensos, incluindo infertilidade.

Miomas uterinos e pólipos endometriais

No caso dos miomas uterinos e dos pólipos endometriais essas massas celulares formam tumores benignos, que se diferenciam pela composição celular dos tecidos desenvolvidos, ainda que ambos levem à infertilidade por prejudicar a receptividade endometrial e a integridade do útero como todo.

Os miomas uterinos são formados por tecido semelhante ao miométrio, composto por células musculares fibrosas, e podem estar localizados em qualquer uma das três camadas uterinas.

Já os pólipos endometriais são formados por tecido endometrial e se desenvolvem na superfície do próprio endométrio, invadindo o interior da cavidade uterina e mudando a sua composição.

SOP (síndrome dos ovários policísticos)

A SOP também é causada por um desequilíbrio hormonal, porém, nesse caso, os sintomas são consequência da diminuição na produção de estrogênio, paralela ao aumento na concentração de testosterona.

Nessa síndrome, a infertilidade acontece por anovulação, pois o rebaixamento de estrogênio faz com que os folículos não se rompam, provocando a atresia destas estruturas, que permanecem aderidas ao ovário na forma de cistos.

Estilo de vida e outras causas para infertilidade feminina

Alguns hábitos cotidianos também podem afetar a fertilidade das mulheres, especialmente o tabagismo, consumo exagerado de bebidas alcoólicas, cafeína e outros entorpecentes, assim como a exposição a substâncias tóxicas, como poluentes, alguns tipos de fertilizantes e anabolizantes.

As que necessitam passar por tratamentos com quimioterapia e radioterapia têm sua fertilidade severamente afetada em função do tratamento e, nessas situações, a preservação oncológica da fertilidade deve ser indicada.

A laqueadura também é considerada uma forma de infertilidade ou esterilidade das mulheres, mesmo que a decisão para a realização desse procedimento seja voluntária. Apesar de a reversão da laqueadura ser possível, a decisão, caso mulher se arrependa da laqueadura, depende de outros fatores além da sua vontade.

Quais os principais tratamentos para infertilidade feminina?

Dependendo dos fatores que causaram quadro de infertilidade feminina, os tratamentos podem ser medicamentosos, principalmente hormonais ou antibióticos, ou realizados por intervenções cirúrgicas.

Tratamentos medicamentosos

Os tratamentos hormonais são indicados para casos leves de endometriose, SOP, miomas e pólipos e quando a mulher não deseja engravidar, já que na maior parte das vezes as terapêuticas são baseadas em contraceptivos orais combinados de estrogênio e progesterona.

As ISTs e outras possíveis infecções decorrentes, inclusive, de procedimentos cirúrgicos malsucedidos e traumas, devem ser tratadas com antibióticos específicos para as bactérias envolvidas nos quadros infecciosos.

Intervenções cirúrgicas

As intervenções cirúrgicas são recomendadas para casos mais severos das doenças não infecciosas já mencionadas, e são realizadas principalmente a partir da videolaparoscopia e da histeroscopia cirúrgica.

Reprodução assistida

A reprodução assistida também é uma forma de tratamento para infertilidade feminina, e pode ser realizada atualmente a partir de três principais técnicas: a RSP (relação sexual programada), a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro). A escolha da melhor depende das causas da infertilidade.

Todas as técnicas têm em comum a etapa inicial de estimulação ovariana, e por isso a mulher com infertilidade por anovulação é aquela que encontra mais opções entre as disponíveis.

Na RSP, indicada para casos leves de SOP e endometriose ovariana, a infertilidade não está relacionada com a capacidade de gestar, mas é decorrente de um quadro de oligovulação e anovulação.

As indicações da IA para infertilidade feminina são semelhantes às da RSP, porém, a IA também possibilita o tratamento se houver infertilidade masculina causada por pequenas alterações nos espermatozoides.

Embora essas técnicas possam ser indicadas para casos bastante específicos, a FIV é o procedimento mais complexo e abrangente, sendo a principal escolha para a maior parte dos casos de infertilidade conjugal, incluindo praticamente todas as formas de infertilidade feminina e masculina.

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