Casais homoafetivos masculinos e reprodução assistida: quais são as possibilidades? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Você sabe que os casais homoafetivos masculinos podem ter filhos? No entanto, tem dúvidas das possibilidades, das técnicas e resultados dos tratamentos? Fique tranquilo! Neste post, obterá informações relevantes sobre o assunto para que possa realizar seu sonho de ser pai.

Antigamente, os casais homoafetivos só podiam ter seus bebês, se adotassem um. Entretanto, com o avanço da medicina e das leis, adquiriram direito de terem uma criança, basta um parceiro ser o genitor biológico. Isso é possível por meio da reprodução assistida e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). 

Assim, pensando em trazer maior esclarecimento sobre o tema, produzimos o texto abaixo. Acompanhe!

Veja como a reprodução assistida permite que casais homoafetivos masculinos tenham filhos

Desde 2013 o CFM autorizou a utilização das técnicas de reprodução assistida para que casais homoafetivos femininos e masculinos possam gerar filhos biológicos. 

A gravidez dos casais femininos, que devem contar com um doador de espermatozoides, pode ser obtida por duas técnicas: inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV). Enquanto a dos masculinos é possível apenas pela FIV. 

Além de uma doadora de óvulos os casais homoafetivos masculinos precisam ainda da cessão temporária do útero ou gravidez de substituição. Nessa técnica, complementar à FIV, o útero pode ser cedido por parentes de até quarto grau dos pacientes. 

A participação de parentes próximos na gravidez, com a resolução atual do CFM publicada em maio desse ano, tornou-se também extensiva à doação de óvulos, considerando o mesmo grau de parentesco. No entanto, a opção por escolher entre doadoras anônimas com as mesmas características fenotípicas do casal, disponíveis em clínicas de reprodução assistida, ainda permanece. 

Conheça as estatísticas

De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), entre os anos de 2016 e 2017, houve um aumento de 10% no número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. Logo, são mais casais formando novas famílias. Desses, 15% são casamentos entre mulheres (mais de 3.300) e 3,7% de homens (2,5 mil).

Inclusive, segundo a Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA) os casais brasileiros são recordistas na fertilização in vitro, inseminação artificial e transferência de embriões. Pois, nasceram 83 mil crianças em apenas 25 anos, deixando a Argentina e o México para trás. Todavia, a pesquisa não informa o índice de procedimentos em pais homoafetivos.

Por outro lado, sabe-se, hoje, que milhões de crianças em diferentes países, entre adotivas e biológicas, são filhos de casais homoafetivos masculinos. Dessa maneira, mais homens no mundo todo têm encontrado caminhos para ser pai, e a reprodução assistida é um deles.

Saiba de que maneira um casal homoafetivo masculino pode ter filhos

Primeiro, é necessário procurar uma clínica de reprodução assistida para o casal ser avaliado. Como foi dito acima, os parceiros masculinos só podem ter filhos pela FIV. 

A mulher que vai ceder o útero, após ter a saúde avaliada para confirmar a capacidade de gestar a criança, se for necessário, recebe medicamentos hormonais para garantir a receptividade do endométrio, fundamental no processo de implantação do embrião, que inicia a gestação. 

Entenda como isso ocorre na prática e tire suas dúvidas

Após a escolha da doadora de óvulos, o parceiro que vai doar o sêmen faz a coleta das amostras, submetidas posteriormente ao preparo seminal, técnica que seleciona por diferente métodos os melhores espermatozoides para a fecundação. 

Quando a doadora é parente, após a estimulação ovariana e indução da ovulação, procedimento que estimula o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos, os maduros são coletados por punção folicular e os óvulos selecionados em laboratório para a fecundação. Já os óvulos de doadoras anônimas, devem ser descongelados. 

A fecundação também acontece em laboratório, atualmente a técnica mais utilizada é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide): cada espermatozoide é novamente avaliado e injetado diretamente no óvulo por um micromanipulador de gametas.

Os embriões formados são cultivados em laboratório por alguns dias e transferidos ao útero de substituição para que a implantação aconteça naturalmente. 

O CFM permite a transferência de até 2 embriões se a mulher que for gestar a criança tiver até 37 anos e, até 3 embriões para mulheres acima dessa idade. 

Assim, depois de aproximadamente 15 dias a parente fará o exame de gravidez para verificar se o embrião fixou no endométrio. 

Agora você sabe que os casais homoafetivos masculinos podem se tornar pais. Por isso, se esse é um desejo seu e de seu parceiro, busque uma clínica de reprodução assistida especializada, com médicos qualificados e que oferecem a segurança e o acolhimento necessários para esse momento.

Para entender mais profundamente sobre a FIV, toque aqui. Boa leitura!

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