Azoospermia: o que é e como diagnosticar? - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

Para que a fecundação aconteça em uma gestação natural, dois fatores são essenciais: os óvulos e os espermatozoides. Sem um deles, não há fecundação, provocando a infertilidade conjugal. Por isso, quando o assunto é infertilidade masculina, a azoospermia é uma das suas principais causas.

Homens e mulheres possuem a mesma probabilidade de serem inférteis e, no caso deles, o potencial reprodutivo está diretamente relacionado com a qualidade e a quantidade de gametas. A presença de um distúrbio nos parâmetros seminais pode dificultar a gravidez.

Neste artigo o nosso foco será em uma das alterações seminais mais comuns: a azoospermia. Vamos mostrar o seu conceito, como diagnosticá-la e como casais podem ter filhos biológicos mesmo após a confirmação de azoospermia por meio da reprodução assistida.

Boa leitura!

O que é azoospermia?

A azoospermia é definida pela ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado. Ela não é uma doença, mas uma condição. A presença de alguns distúrbios hormonais, infecções e doenças têm como consequência a azoospermia.

Por ser dividida em dois tipos, vamos mostrar as principais características de cada uma, a seguir.

Azoospermia obstrutiva

Ela é caracterizada por um obstáculo, que impede o transporte dos espermatozoides. Ou seja, eles são produzidos normalmente pelos testículos, porém, a presença de uma obstrução no canal deferente — canal que transporta os espermatozoides dos epidídimos até a uretra — impede que eles se juntem ao líquido seminal.

Ela é o tipo mais comum de azoospermia e entre as suas principais causas, temos:

  • Infecções (incluindo ISTs como a clamídia e a gonorreia);
  • Vasectomia (método contraceptivo masculino definitivo);
  • Traumas;
  • Doenças genéticas.

Azoospermia não obstrutiva

Na azoospermia não obstrutiva, a ausência de espermatozoides no sêmen acontece porque há um problema na produção de gametas. Com isso, o homem ejacula normalmente, porém, nenhum espermatozoide é encontrado no sêmen.

Ela é causada, principalmente, por:

  • Varicocele;
  • Distúrbios hormonais;
  • Alterações cromossômicas;
  • Alterações genéticas;
  • Malformações congênitas dos testículos;
  • Tratamento de pacientes oncológicos com radioterapia ou quimioterapia.

A infertilidade masculina pode ser causada por diversos fatores que afetam a qualidade ou a quantidade de espermatozoides. No caso da azoospermia, a ausência de espermatozoides no sêmen impede que o casal engravide de forma natural. Com a azoospermia, o óvulo e os espermatozoides não se encontram nas tubas uterinas. Desse modo, a fecundação não acontece, assim como a gestação.

Sobre essa condição, vale ressaltar também que ela não apresenta sintomas e também não afeta a ereção ou o desempenho sexual do homem.

Como a azoospermia é diagnosticada?

O principal exame para diagnosticá-la é o espermograma. A partir de uma amostra seminal, ele analisa diversos aspectos macro e microscópicos do sêmen e dos espermatozoides. Dessa forma, é possível comparar os resultados dos exames com os parâmetros definidos pela Organização Mundial de Saúde e avaliar a fertilidade do paciente.

Além do diagnóstico, é importante descobrir o que causou a condição e se ela é obstrutiva ou não. Para isso, podem ser necessários exames complementares, como a dosagem hormonal e a ultrassonografia dos testículos.

O espermograma também é utilizado para detectar outras alterações seminais que podem ocorrer paralelamente com a azoospermia. A baixa concentração de espermatozoides, problemas na motilidade ou na sua morfologia são diferentes tipos de alterações seminais que também podem levar à infertilidade masculina.

Como a reprodução assistida pode ajudar homens com azoospermia?

O tratamento dessa condição visa reverter o quadro de infertilidade para que o homem consiga ter filhos utilizando o seu próprio material genético. A fertilização in vitro é a técnica de reprodução assistida mais indicada para casos de azoospermia e outros fatores relacionados à infertilidade masculina grave.

As técnicas de recuperação espermática complementam o processo da FIV e têm o objetivo de coletar os gametas diretamente dos testículos (onde são produzidos) ou dos epidídimos (onde são armazenados após a produção). A TESE e a Micro-TESE são indicadas para os casos de azoospermia não-obstrutiva e a PESA e a MESA quando o paciente é diagnosticado com azoospermia obstrutiva.

Após a coleta dos gametas femininos e masculinos, a fecundação acontece em um laboratório por meio da técnica ICSI. Ela revolucionou a medicina reprodutiva possibilitando que um espermatozoide fosse inserido diretamente no óvulo. Dessa forma, mesmo homens com baixa produção de espermatozoides podem se beneficiar com a técnica.

Caso a recuperação espermática não apresentar bons resultados, o casal pode optar pela doação de sêmen.

A azoospermia é definida pela falta de espermatozoides no sêmen. Ela é causada por diversos fatores, que podem causar uma obstrução na passagem dos gametas (obstrutiva) ou afetar a sua produção (não obstrutiva). A dificuldade para engravidar pode ser superada com a FIV, pois ela possibilita que os gametas sejam coletados diretamente dos testículos ou dos epidídimos.

Distúrbios nos parâmetros seminais estão entre as principais causas de infertilidade masculina. Neste artigo mostramos apenas uma delas e, para se aprofundar nesse assunto, confira a nossa página sobre a azoospermia!

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