Adenomiose e endometriose: conheça as diferenças - Elo Medicina Reprodutiva
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Por Elo Clínica

O útero é um dos órgãos mais importantes do sistema reprodutor feminino e desempenha funções fundamentais durante a gravidez e o parto.

O tecido que reveste o útero internamente é chamado de endométrio, onde ocorre a implantação, também chamada de nidação. O endométrio se torna mais espesso durante o ciclo menstrual para permitir que o embrião se implante. Se não houver gravidez, o tecido endometrial se desprende e é eliminado na menstruação.

Alterações nessa dinâmica podem desencadear doenças, como endometriose. Essa doença atinge muitas mulheres na idade fértil. Além disso, pode causar dor intensa e prejudicar a qualidade de vida.

Muito se tem falado da endometriose, entretanto pouco se fala da adenomiose, que também tem relação com o endométrio, mas de uma forma diferente.

O objetivo deste texto é abordar ambas as doenças, demonstrando como elas funcionam e quais são as suas diferenças. Saiba mais a seguir!

Entendendo o sistema reprodutivo feminino

As mulheres nascem com um número determinado de folículo, bolsas que ficam nos ovários e contêm os óvulos primários – cada folículo tem um único óvulo (também pode não ter nenhum). Os óvulos são as células sexuais femininas e, depois do início da puberdade, em cada ciclo menstrual, um óvulo é liberado para ser fecundado pelo espermatozoide e gerar um futuro bebê.

Esse processo ocorre até que a mulher não tenha mais folículos, o que geralmente acontece por volta dos 50 anos. Os principais órgãos do sistema reprodutor feminino são:

• Útero: caso o óvulo tenha sido fertilizado, o útero, além de ser responsável pela implantação do embrião, mantém e nutre o feto em desenvolvimento até o parto;

• Ovários: os ovários armazenam os folículos e são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos, estrogênio e progesterona. Quando um folículo amadurece, o óvulo é liberado na direção de uma trompa de Falópio;

• Trompas de Falópio ou tubas uterinas: a fecundação acontece nessas pequenas estruturas. As tubas capturam o óvulo liberado e promovem a sua movimentação na direção do útero. Durante esse deslocamento pode haver a fecundação, caso espermatozoides alcancem essa região.

Endometriose

endometriose é uma doença em que o endométrio (o tecido que reveste o interior do útero) está presente fora do útero. Esse tecido ectópico se desenvolve mais frequentemente em locais próximos do útero, como peritônio,tubas uterinas, ovários e ligamentos uterossacros.

Adenomiose

Na adenomiose, também ocorre o desenvolvimento de um tecido semelhante ao endométrio fora do seu lugar de origem. No entanto, ao contrário da endometriose, esse crescimento ocorre no próprio útero, no miométrio, camada muscular intermediária do útero. Na adenomiose, há uma invasão do tecido endometrial no miométrio.

Adenomiose e endometriose: doenças diferentes

Adenomiose e endometriose têm algumas características semelhantes, como alguns sintomas, por isso a adenomiose por muito tempo foi considerada uma forma de endometriose, mas hoje são consideradas doenças diferentes, principalmente porque a apresentação clínica e o desenvolvimento patológico das doenças são diferentes. Elas também podem coexistir nas pacientes.

A cada ciclo menstrual o endométrio é preparado para receber o embrião, tornando-se mais espesso. Essa ação é motivada inicialmente pelo estrogênio e, depois, pela progesterona. 

Da mesma forma que esse endométrio no útero, o tecido ectópico também responde à ação dos hormônios, estimulando o desenvolvimento dessas doenças.

Alguns sintomas são comuns às duas doenças:

1. Cólicas menstruais mais intensas;

2. Dor durante a relação sexual (dispareunia);

3. Dificuldade para engravidar ou infertilidade.

Ambas as doenças podem prejudicar a qualidade de vida da paciente, principalmente pela dor, que pode ser bastante intensa em ambos os casos.

O tratamento depende de uma série de fatores, incluindo os desejos reprodutivos da mulher. Tanto a investigação das doenças como o tratamento são individualizados porque essas doenças se manifestam de formas muito diferentes nas mulheres.

O mais importante é o diagnóstico. Quando sabemos contra o que estamos lutando fica mais fácil tratar. No entanto, geralmente demora-se muito para fazer o diagnóstico dessas doenças, principalmente porque muitas pessoas ainda consideram que sentir dor é normal. Sempre procure um médico quando tiver dor.

Endometriose, adenomiose e reprodução assistida

Todas as técnicas de reprodução assistida aumentam as chances de gravidez de mulheres com endometriose. Elas são indicadas de acordo com critérios como a idade da mulher e o estágio da doença.

As técnicas de baixa complexidade, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), por exemplo, podem serindicadas para mulheres com até 35 anos equando a doença ainda está em estágios iniciais e não provocou a formação de aderências. Nessas técnicas, a fecundação acontece naturalmente.

Já a fertilização in vitro (FIV) pode ser indicada para casos mais graves de infertilidade, incluindo quando a endometriose já provocou a formação de aderências que fecharam as tubas uterinas. Na FIV, as tubas não têm função porque a fecundação é feia em laboratório.

Assim, os tratamentos de reprodução assistida oferecem maiores chances de mulheres com endometriose ou adenomiose realizarem o sonho de ter filhos. 

Neste texto, procuramos esclarecer os principais pontos sobre a endometriose e adenomiose. Se você quiser saber mais sobre endometriose, toque aqui!

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